Lisboa,

quinta-feira, março 31, 2005

questionário

Dia 31, último dia de Março. Hoje, é daqueles dias em que me apetecia colocar aqui uma coisa qualquer diferente.
Não foi preciso vasculhar muito. No meio de centenas de ficheiros, encontrei este que me veio parar ao disco, há já um montão de tempo.


Aqui vai ele, preenchido sem batota:

1. Nome: (Amaral)
2. Apelido: (Nascimento)
3. Data de Nascimento: (19 Janeiro)
4. Telemóvel: (está em cima da secretária)
5. E- mail: (está no blog)
6. Signo: (capricórnio)
7. Hobby: (passear pelo mundo e navegar na Net)
8. Qualidade: (não sei se tenho)
9. Defeito: (sensibilidade)
10. Altura: (1,68)
11. Irmãos? (cinco)
12. Dá-se bem com eles? (Sim)
13. Você é moreno(a) ou loiro(a)? (nem uma coisa nem outra)
14. Colégio onde estuda: (estudo aquilo que me dá gosto, em casa ou no café)
15. Cor: (azul bébé)
16. Comida: (um bom peixe grelhado)
17. Bebida: (para além do maduro tinto alentejano, um bom licôr)
18. Fruta: (quase toda me agrada)
19. Carro: (contento-me com o que tenho)
20. Filme: (tantos...)
21. Actor: (Ui, quantos e tão bons)
22. Atriz: (Muitas mesmo. Aqui vão duas: Meryll Streep e Julia Roberts)
23. Programa de TV: (nada preferencial, mas gosto dum bom debate)
24. Música: (a do Neal Diamond ou The Corrs, passando pela dos Polo Norte ou Rui Veloso)
25. Banda: (The Corrs)
26. Desporto p/ assistir: (futebol)
27. Desporto p/ praticar: (já foi...)
28. Ídolo: (Nenhum)
29. Mulher bonita: (A minha)
30. Homem bonito: (Há disso?...)
31. Parte do seu corpo que mais gosta: (nunca pensei em tal!)
32. Parte do seu corpo que menos gosta: (nem sei...)
33. Um momento especial: (É difícil escolher... foram tantos...)
34. Um lugar: (o meu recanto)
35. Uma pessoa: (...)
36. Uma coisa bonita: (O sossego do pôr-do-sol à beira-mar)
37. Um livro: (O Deus de Amanhã)
38. Um animal: (o felino)
39. Um perfume: (Poeme)
40. Uma frase: (O Deus em mim vê o Deus em ti)
41. Equipa preferida: (Sporting)
42. Fandangos, Cheetos ou Doritos? (Nenhum)
43. 1 ou 2 almofadas? (Só uma)
44. Um jogo virtual: (Civilization3)
45. Um jogo de tabuleiro: (Xadrez)
46. Revista: (Premiere)
47. Chocolate ou gelado? (Chocolate)
48. Torrada ou Bolo? (Torrada)
49. Sabor de gelado: (morango)
50. Refrigerante: (Ice Tea)
51. O que te faz ficar envergonhado(a): (pouca coisa)
52. Adidas, Nike ou Reebok? (Reebok)
53. Caneta ou Lápis? (caneta)
54. Site: (www.amaralnascimento.com)
55. Matérias que mais gostavas no colégio: (Matemática)
56. Matérias que menos gostavas no colégio: (Química)
57. Uma viagem: (Palma Mallorca)
58. Feriado: (indiferente)
59. Montanha-russa: Assustadora ou excitante? (detesto!)
60. Tempestade? Legal ou assustador: (assustador)
61. Melhor espectáculo a que já assistiu: (The Lord of the Dance)
62. Tem vergonha de gostar de alguma coisa: (Não!)
63. Come alguma coisa diferente: (acho que não)
64. O que faria se traísse: (faria o que fosse melhor para mim!)
65. O que faria se fosse traído: (teria que compreender e aceitar!)
66. Um arrependimento: (tudo na vida são batalhas vencidas)
67. Mania: (ligar o computador ao chegar a casa)
68. Um sonho: (todos em que sabia voar)
69. Como foi o seu último sonho: (todos os dias são diferentes e esqueço muito)
70. Herói: (Não tenho)
71. Melhor amigo (a): (não são muitos (as)...)
72. Uma palavra boa: (amor)
73. Uma palavra ruim: (terrorismo)
74. Quando foi a última vez que chorou? (Há já um tempo! Estou quase curado!)
75. Tem colecção de quê? (gosto, mas não colecciono nada!)
76. A coisa que mais gosta no mundo: (amor e bem-estar)
77. Uma coisa nojenta: (Não gosto de baratas)
78. Quer casar? (Outra vez? Talvez!)
79. Ter quantos filhos? (Já estou aviado)
80. Uma pessoa que não te entende: (acho que são muitas...)
81. Uma pessoa que você não entende: (também haverá mais que uma)
82. Acha-se bonito(a)? (Não!)
83. O que gostaria de mudar em si: (quase tudo, quase nada)
84. Por quantas pessoas já se apaixonou? (Mais do que uma, menos de seis)
85. Que desodorante usa? (Axe, mas poucas vezes)
86. Que shampoo usa? (Linic)
87. Já foi condenado por algum crime? (De jeito nenhum!)
88. Bichos de estimação: (Nem um)
89. Palavras, gírias ou expressões que usa bastante: (Eiiichh! Xiça!)
90. Gosta de alguém neste momento? Quem? (Claro... da minha!)
91. Piercings e tatuagens: (Nada, nem pó!)
92. Pior sentimento do mundo: (medo)
93. Melhor sentimento do mundo: (amor incondicional)
94. Dá-se bem com os seus pais? (dava-me explendidamente)
95. Hora a que adormece: (essa não sei bem! Mas deve ser tarde!)
96. Dorme com bicho de peluche? (Nunca dormi)
97. Pessoa mais louca que você conhece: (louca, louca, nã tou a ver)
98. Quantos toques antes de atender o telefone? (procuro atender imediatamente)
99. O que procura no sexo oposto? (Amor, ternura e muito carinho )
100. Uma coisa que te deixa feliz: (passear com uma certa pessoa)
101. Uma coisa que te deixa triste: (o comportamento do homem contra a natureza)
102. Qual a primeira coisa em que pensa quando acorda? (depende, mas não tenho coisa certa!)
103. Se pudesse encontrar uma pessoa, viva ou morta? (encontrar uma pessoa morta deve ser uma coisa horrível)
104. Onde gostaria de estar neste momento? (com um alguém a meu lado, partilhando este questionário)
105. Se pudesse escolher o seu emprego, qual seria? (Escolheria um na área do cinema)
106. Imagine um copo com água pela metade. O copo está metade cheio ou metade vazio? (está metade vazio! A água deve beber-se com fartura e faz bem aos rins)
107. Você é destro(a) ou canhoto(a)? (destro)
108. Se pudesse ser uma ferramenta de jardim, qual seria? (As luvas, para acariciar; o regador para alimentar)
109. Uma lição que teve na vida: (Na vida, tudo são criações experienciadas)
110. Família: (um ponto de referência)
111. Amor: (é Deus, é a vida, é tudo o que nos rodeia)
112. Vida: (é Deus a expressar-se)
113. Morte: (não haverá nada morto, pelo que a morte não passará duma transição para outro lugar)
114. Felicidade: (encontrarmos a paz dentro de nós próprios)
115. Tristeza: (quando estamos sem paz interior e sem Deus no coração)
116. ...Ter um ataque de riso: (Uma piada bem contada por um africano)
117. ...Ficar de mal humor: (quando venham ferir a minha sensibilidade, mas passa..)
118. ...No seu mouse pad? (nada)
119. ...No écran inicial do seu computador (wallpapers atraentes)
120. ...Nas paredes do seu quarto? (alguns quadros)
121. ...Debaixo da cama? (Uma malinha e pouco mais)
122. Frase de filme: (Assim de repente...)

quarta-feira, março 30, 2005

partilhar


"Deixem-me falar-vos de uma teoria interessante que nos foi colocada recentemente pela extraordinária escritora-filósofa Jean Houston, no seu último livro, Jump Time. Penso que é pertinente.
A ideia da Sra. Houston é de que a raça humana não evolui lentamente ao longo de um período de muitos anos mas sim que estagna durante períodos prolongados, avançando num abrupto solavanco, no equivalente a um abrir e fechar de olhos cósmico, dando passos evolutivos gigantescos quase da noite para o dia. Depois, a vida regressa à estase durante mais cem, mil ou um milhão de anos, até que a acumulação silenciosa de energias produz mais uma vez - como um vulcão adormecido que explode - o Tempo de Saltar.
A Sra. Houston teoriza ainda que estamos em Tempo de Saltar precisamente agora. A evolução, afirma, prepara-se para dar um dos seus saltos gigantescos.
Eu concordo. Vejo a mesma coisa. Na realidade, acho que a senti. Senti-a aproximar-se. Muitas pessoas sentiram. Barabara Marx Hubbard sentiu. Marianne Williamson sentiu. Deepak Chopra sentiu. Muitas, muitas pessoas sentiram. Talvez vocês tenham sentido.
Ora, para ajudar os seres humanos a darem também esse salto, e a não se deixarem ficar para trás, eis o que penso que devemos fazer. Devemos partilhar as nossas histórias acerca das coisas sagradas que sabemos, que aprendemos nos momentos mais sagrados da vida. Pois é nesses momentos sagrados, nesses Momentos de Graça, que as verdades sagradas se tornam reais para toda a cultura. E é na vivência das suas verdades mais sagradas que uma cultura avança à medida que o universo evolui, e pela incapacidade de vivência dessas verdades que uma cultura se extingue.
Mas sejamos claros. Não estou a falar de forçar alguém a acreditar seja no que fôr. Não estou a falar de fazer prosélitos, converter ou convencer, sequer. Falo de partilhar simplesmente uma experiência, em vez de a esconder."

("Momentos de Graça" de Neale Walsch)

terça-feira, março 29, 2005

a chuva

Faz tempo que não sentia o calor e o aconchego da chuva.
Que a chuva também aconchega nestes tempos em que tanta coisa muda, principalmente quando o homem faz mudar o que não é aconselhável que mude!
A chuva, chuva miudinha, chuva mais grossa, mais precisa!
A chuva que traz conforto, a chuva que mata a sede, a chuva que faz saúde, a chuva que cria vida!
A chuva da vida!
A chuva que faz acontecer!
A chuva que vive!

Quando não mais cair
a chuva,
não mais vai ter
o homem
onde viver,
e evoluir.

carta europeia da água

I. NÃO HÁ VIDA SEM ÁGUA. A ÁGUA É UM BEM PRECIOSO, INDISPENSÁVEL A TODAS AS ACTIVIDADES HUMANAS.
A água cai da atmosfera, na terra, onde chega principalmente na forma de chuva ou de neve. Ribeiros, rios, lagos, glaciares são grandes vias de escoamento para os oceanos. No seu percurso, a água é retida pelo solo, pela vegetação e pelos animais. Volta à atmosfera principalmente pela evaporação e pela transpiração vegetal.
A água é para o homem, para os animais e para as plantas um elemento de primeira necessidade.
Efectivamente, a água constitui dois terços do peso do homem e até nove décimos do peso dos vegetais.
É indispensável ao homem, como bebida e como alimento, para a sua higiene e como fonte de energia, matéria-prima de produção, via de transporte e suporte das actividades recreativas que a vida moderna exige cada vez mais.

II. OS RECURSOS DE ÁGUAS DOCES NÃO SÃO INESGOTÁVEIS. É INDISPENSÁVEL PRESERVÁ-LOS, ADMINISTRÁ-LOS E, SE POSSÍVEL, AUMENTÁ-LOS.
Em consequência da explosão demográfica e do acréscimo rápido das necessidades da agricultura e da indústria modernas, os recursos hídricos são objecto de uma solicitação crescente. Não se conseguirá satisfazê-la nem elevar os padrões de vida, se cada um de nós não aprender a considerar a água como um recurso precioso que deve ser preservado e utilizado racionalmente.

III. ALTERAR A QUALIDADE DA ÁGUA É PREJUDICAR A VIDA DO HOMEM E DOS OUTROS SERES VIVOS QUE DEPENDEM DELA.
A água na natureza é um meio vivo, portador de organismos benéficos que contribuem para manter a sua qualidade. Poluindo a água corre-se o risco de destruir esses organismos, desorganizando assim o processo de autodepuração e, eventualmente, modificar de forma desfavorável e irreversível o ambiente vivo.
As águas de superfície e as águas subterrâneas devem ser preservadas contra a poluição.
Todo e qualquer decréscimo importante da quantidade ou da qualidade de uma água corrente ou estagnada pode ser nocivo para o homem e para os outros seres vivos.

IV. A QUALIDADE DA ÁGUA DEVE SER MANTIDA A NÍVEIS ADAPTADOS À UTILIZAÇÃO PARA QUE ESTÁ PREVISTA E DEVE, DESIGNADAMENTE, SATISFAZER AS EXIGÊNCIAS DA SAÚDE PÚBLICA.
As normas de qualidade podem variar conforme os tipos de utilização: alimentação, necessidades domésticas, agrícolas e industriais, pesca e actividades recreativas. Todavia, sendo a vida, na sua infinita diversidade, tributária das qualidades múltiplas das águas, deverão ser tomadas disposições para lhes assegurar a conservação das suas propriedades naturais.

V. QUANDO A ÁGUA, DEPOIS DE UTILIZADA, VOLTA AO MEIO NATURAL, NÃO DEVE COMPROMETER AS UTILIZAÇÕES ULTERIORES QUE DELA SE FARÃO, QUER PÚBLICAS QUER PRIVADAS.
A poluição é uma alteração, geralmente provocada pelo homem, da qualidade da água, que a torna imprópria ou perigosa para o consumo humano, para a indústria, agricultura, pesca e actividades recreativas, para os animais domésticos e para a vida selvagem.
O lançamento de resíduos ou de águas utilizadas que provoquem poluições de ordem física, química, orgânica, térmica ou radioactiva não deve pôr em perigo a saúde pública e deve ter em conta a aptidão das águas para os assimilar (por diluição ou auto-depuração).
Os aspectos sociais e económicos dos métodos de tratamento das águas revestem grande importância.

VI. A MANUTENÇÃO DE UMA COBERTURA VEGETAL ADEQUADA, DE PREFERÊNCIA FLORESTAL. É ESSENCIAL PARA A CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS.
É necessário manter a cobertura vegetal, de preferência florestal; sempre que essa cobertura desapareça deve ser reconstituída o mais rapidamente possível.
Salvaguardar a floresta é um factor de grande importância para a estabilização das bacias de drenagem e do respectivo regime hidrológico. As florestas são, de resto, úteis não só pelo seu valor económico mas também como lugares de recreio.

VII. OS RECURSOS AQUÍFEROS DEVEM SER INVENTARIADOS.
A água doce utilizável representa menos de um por cento da quantidade de água do nosso planeta e está repartida muito desigualmente.
É indispensável conhecer os recursos hídricos superficiais e subterrâneos, tendo em conta o ciclo da água, a sua qualidade e a sua utilização.
Entende-se por inventário a prospecção e a avaliação quantitativa dos recursos aquíferos.

VIII. A BOA GESTÃO DA ÁGUA DEVE SER OBJECTO DE UM PLANO PROMULGADO PELAS AUTORIDADES COMPETENTES.
A água é um recurso precioso que necessita de uma gestão racional segundo um plano que concilie ao mesmo tempo as necessidades a curto e a longo prazos.
Impõe-se, pois, uma verdadeira política no domínio dos recursos hídricos, que implica numerosos ordenamentos com vista à sua conservação, regularização e distribuição. Além disso, a conservação da qualidade e da quantidade da água exige o desenvolvimento e aperfeiçoamento das técnicas de utilização, de reciclagem e de depuração.

IX. A SALVAGUARDA DA ÁGUA IMPLICA UM ESFORÇO CRESCENTE DE INVESTIGAÇÃO, DE FORMAÇÃO DE ESPECIALISTAS E DE INFORMAÇÃO PÚBLICA.
A investigação sobre a água, e especialmente sobre a água já utilizada, deve ser encorajada ao máximo. Os meios de informação devem ser ampliados e o intercâmbio internacional facilitados, ao mesmo tempo que se impõe a formação técnica e biológica de pessoal qualificado para as diferentes disciplinas que interessam.

X. A ÁGUA É UM PATRIMÓNIO COMUM, CUJO VALOR DEVE SER RECONHECIDO POR TODOS. CADA UM TEM O DEVER DE ECONOMIZAR E DE A UTILIZAR COM CUIDADO.
Cada indivíduo é um consumidor e um utilizador da água. Como tal, é responsável perante os outros. Utilizar a água inconsideradamente é abusar do património natural.

XI. A GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS DEVE INSCREVER-SE NO QUADRO DA BACIA NATURAL, DE PREFERÊNCIA A SER INSERIDA NO DAS FRONTEIRAS ADMINISTRATIVAS E POLÍTICAS.
As águas que correm à superfície seguem os maiores declives e convergem para formar cursos de água. Um rio com os seus afluentes pode comparar-se a uma árvore extremamente ramificada que serve um território chamado bacia.
Deve ter-se em conta o facto de que, nos limites duma bacia, todas as utilizações das águas de superfície e das águas subterrâneas são interdependentes e que, portanto, é desejável que também o seja a sua gestão.

XII. A ÁGUA NÃO TEM FRONTEIRAS. É UM RECURSO COMUM QUE NECESSITA DE UMA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL.
Os problemas internacionais que as utilizações da água podem suscitar devem ser resolvidos de comum acordo entre os Estados, com o fim de salvaguardar a água, tanto em qualidade como em quantidade.

CARTA EUROPEIA DA ÁGUA do Conselho da Europa
(Proclamada em Estrasburgo em 6 de Maio de 1968)

domingo, março 27, 2005

fala com Deus - parte 3



"..."
"Disse alguma coisa errada?"
"Nada! O errado é teu. É desse mundo. O certo e o errado não existem aqui."
"Não há coisas erradas para Ti?"
"Não! Errar é humano, não é divino! Eu nunca me engano, nem enganei!"
"Queres dizer que devo ouvir-Te com o coração?"
"Quero dizer que estou dentro de ti, o tempo todo, falando contigo a todo o momento."
"Estás dentro de mim?"
"Estou, sempre estive. Quando eu quiser, deixo-te e volto para aqui!"
"E depois?"
"Depois, decides o que quiseres fazer a seguir."
"Decido, eu? Não disseste que me deixavas?"
"Disse! Eu, que sou Deus, estou dentro de ti. Quando quiser, deixo esse mundo. Quando aqui chegar, escolho outra coisa ou deixo-me ficar!"
"E eu?"
"Tu és eu! Somos só um a decidir! O que quiseres, eu quero!"
"Mas..."
"Tu não és o teu corpo! Esse ficará, transformar-se-à, será outra coisa nesse mundo físico! O teu Tu virá ter comigo, porque está ligado a mim, porque me pertence."
"E vou encontrar os meus amigos, a família, é isso?..."
"Vais encontrar, sim, porque nunca os perdeste. Estão todos comigo, todos fazem parte do tudo que eu sou. São bocados de mim, são recortes de mim, são imagens de mim."
"Mas estão todos aí?"
"Sim e não! Vocês são o meu corpo. Estão onde eu quero que estejam, fazem o que eu quero que façam. "
"Somos o Teu corpo?"
"São uma parte do meu corpo. Lembra-te que eu disse que nada existe fora de mim. Eu sou tudo o que existe. Eu sou e sempre fui."
"Esta conversa não é de Deus!"
"Ninguém existe para além de mim! Não há demónios nem infernos, no meu reino!"
"Então, estão noutro reino?"
"Repetir-te-ei muitas outras vezes: eu sou Tudo O Que Existe! Demónios e infernos existem na vossa cabeça, existem no mundo onde vivem como símbolos daquilo que vos aflige!"
"Posso, então, ficar tranquilo que não me vais julgar..."
"Porque havia de te julgar? Tu escolheste aquilo que querias fazer. Quando terminares a tua tarefa, tu próprio ajuizarás se conseguiste ou não aquilo que pretendias! As tuas conclusões, serão as minhas conclusões!"
"E se concluir que não procedi bem?"
"Não há bem nem mal. Isso são conceitos humanos, não são divinos. Comigo, ajuizarás se conseguiste ou não os teus objectivos."
"E se não?..."
"Voltas a escolher! Ou não! Podes querer ficar comigo! Podes querer continuar a ser Deus, somente! Ou talvez não!..."
"Continuo a ter a mesma liberdade para escolher, é isso?"
"O livre-arbítrio, continua, sim!"
"..."

sábado, março 26, 2005

felicidade num email

Ontem, recebi um email da Fátima, onde me enviava este texto. Assim, sem mais nada. Sem um aviso, sem uma introdução, sem um comentário.
Não conheço o autor, mas li com atenção. E resolvi partilhá-lo.

"O autor deste texto é o João Pereira Coutinho, jornalista:
Não tenho filhos e tremo só de pensar. Os exemplos que vejo em volta não aconselham temeridades. Hordas de amigos constituem as respectivas proles e, apesar da benesse, não levam vidas descansadas. Pelo contrário: estão invariavelmente mergulhados numa angústia e numa ansiedade de contornos particularmente patológicos. Percebo porquê. Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar. Hoje, não. A criança nasce, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis. E um exército de professores explicadores, educadores e psicólogos, como se a criança fosse um potro de competição. Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida - mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito. É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho, as quecas de sonho. Não admira que, até 2020, um terço da população mundial esteja a mamar forte no Prozac. É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos, mais queremos. Quanto mais queremos, mais desesperamos. A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade. O que não deixa de ser uma lástima. Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é a excelência, mas sim a felicidade!"

sexta-feira, março 25, 2005

a nossa energia

"O mundo físico é, no fundo, um vasto sistema de energia.
Nós, os seres humanos, andamos há muito a competir, sem o saber, pela parte dessa energia que está ao nosso alcance: precisamente a que flui entre as pessoas. Foi sempre com isto que teve que ver o conflito humano, a todos os níveis, desde os pequenos conflitos nas famílias e nos empregos até às guerras entre as nações. Tudo isto é consequência da nossa sensação de insegurança e de fraqueza e do facto de termos necessidade de tirar a energia aos outros para nos sentirmos bem.
A única razão por que não se consegue solucionar imediatamente um conflito é porque um dos lados se agarra a uma posição irracional, para obter energia.
Quando se admira a beleza e a singularidade das coisas, recebe-se energia. Quando se atinge um nível em que se sente amor, pode reenviar-se a energia para onde se quiser, basta querer."
("A profecia celestina" de James Redfield)

quinta-feira, março 24, 2005

quando damos


Quando damos, recebemos de facto em troca, devido à maneira como a energia interage no universo.

("A profecia celestina" de James Redfield)

quarta-feira, março 23, 2005

ficar de fora da ilusão

Se, afinal, "fomos postos aqui", algum propósito esteve na "mente" do Criador! Ou "a um outro nível de consciência" na MINHA mente. Quando concluo que "Deus está a servir-se de nós para Se experienciar", estou a questionar-me sobre a importância da minha relação com tudo e com todos. Porque é nisto que penso estar o equilíbrio entre as coisas do corpo e as coisas do espírito. Até que ponto é que, se eu procurar unicamente o transcendente, se eu me entregar "de corpo e alma" à procura da espiritualidade, se eu ignorar o que se passa à minha volta - até que ponto eu estarei a cumprir o que me propuz(eram) fazer aqui, nesta Terra?
Afinal, eu "tomei um corpo" para poder dar ao meu Eu a experiência mais grandiosa de ser. O meu Eu não é mais do que uma parte do Todo, porque todos nós não somos mais do que uma parte do Todo, por isso Somos Um, porque só no espaço físico do relativo eu (como ser individual) posso ir além da conceptualização. Donde Eu venho, do Todo a que pertenço, esta experiência era impossível.
Portanto, será através das relações que estabeleço com as outras pessoas, com todas as coisas, com a Vida e todos os seus elementos, através da minha relação com o dinheiro, com a amor, o sexo e Deus, com as árvores, os animais, o vento, o céu e o mar - será através da minha relação com a Natureza e com Deus, que eu vou exprimir e experimentar Quem Eu Quero Ser, nesta vida. Esta tarefa, eu tenho que cumprir. Ou não? O saber que estou a representar não é batota, não poderá condicionar a minha forma de actuar? Dizem que aos mestres que conhecem a ilusão, basta-lhes vivê-la, manterem-se atentos e evitarem mergulhar nela...
Quando eu quiser falar com a minha alma (essa que tudo sabe e não tem necessidades), aí sim, terei que silenciar o mundo exterior, terei que procurar o silêncio e o vazio, terei que ordenar à minha mente: "Aguenta aí, que eu já te atendo, agora deixa-me sozinho!" Logo depois, lá tenho que voltar a "entrar" na ilusão, a pisar o palco, onde estão todos os outros actores, e continuar o meu "papel"...
Espiritualizar poderá ser também "ajudar os outros a ver a ilusão". Poderá ser também ajudá-los a "ver a beleza divina em todas as coisas e em todas as pessoas". Poderá ser ajudar os outros "a contemplar o Deus de tudo e todos, e amá-Lo, e abençoá-Lo, partilhá-Lo, bendizê-Lo". Poderá ser também ajudar os outros a sentirem que "destruir, matar, maltratar, não resulta"! Poderá ser isto e poderão ser tantas e tantas mais coisas!...

terça-feira, março 22, 2005

o mundo num grão de areia


Apanho da praia um grão de areia.
Agarrado nos dedos, não vem o grão como queria, mas vêm noventa desses grãos. Coloco-os sobre a folha de papel e tento isolar um deles. Não é tarefa fácil, mas um só vai ficando, finalmente. O meu respirar afugenta-o e tento de novo. Um grão de areia não é fácil de conseguir. Ele deixa-se apanhar com muitos outros mas, quando se vê sozinho, rodopia inquieto e assustado.
Segredo-lhe baixinho.
Grão de areia pequenino, que a vista quase não vê. Luzidio, atraente, majestoso. Quem és tu, que te atreves a ser, neste universo sem fim?
Coisinha quieta, que pareces sem vida nem chama.
Fixando o teu corpo, vou entrando em ti.
Vou descobrindo que és imenso, que tens um mundo lá dentro.
No esplendor onde me vejo, tens uma grandeza de sonho.
Estás vivo de ser e vibras de vida.
És uma ternura de cores.
És alegre e brincalhão.
És grande e és belo.
És movimento.
És Deus!

segunda-feira, março 21, 2005

o que é o sexo


"Talvez saibas o suficiente sobre relações sexuais para perceberes como funcionam, mas sabes o suficiente sobre sexo?
Se souberes, então também sabes que já "tens sexo" todos os dias.
Há troca de energia sexual entre as pessoas desde o momento em que se conhecem.
Todos vocês são transmissores de energia, e enviam os vossos sinais num círculo em vosso redor. Estes raios prolongam-se até ao infinito. Entrecruzam-se com raios de energia de outros seres e coisas, formando uma rede interminável de emanações que se interceptam. Esta rede altera fisicamente o espaço onde existe, produzindo vibrações muito específicas.
Tudo aquilo que existe liberta estas emanações.
É esta "vibração" que vocês sentem, e à qual reagem, quando estão num determinado lugar. Podem "sentir a vibração" mal entram numa sala ou chegam a um sítio. Da mesma forma, podem sentir que a vibração se altera assim que a emanação de qualquer outro ser se altera - para não falar de quando as emanações de todo um grupo de seres se alteram.
As pessoas reagem a estas emanações, os animais e plantas reagem a estas emanações, a própria Terra reage a estas emanações.
O Universo inteiro reage a estas emanações.
O Universo inteiro É estas emanações. É tudo o que o sistema É. É o que mantém o sistema unido. É o que envia informação sobre o sistema ao sistema. É a essência de tudo.
O processo espectacular segundo o qual esta essência emana de, para e através de tudo o que existe chama-se S-E-X-O, ou... troca sinergética da energia (Synergistic Energy eXchange).
Sim, é como... o Matrix. E, tal como no filme, também é uma realidade imaginada. A única diferença é que não existe nenhuma força sinistra por detrás, nenhuma colónia de inteligência artificial, nenhum exército de robots.
A realidade imaginada da vossa matriz é criada por vocês. São vocês que criam e que são criados. A vossa matriz é o campo de energia integrada gerado por todos vocês."
(Neale Walsch - "CCD para adolescentes")

domingo, março 20, 2005

A pomba do Ramires


Conta o Chico Ramires que a pomba lhe apareceu ali há dois anos atrás. Talvez perdida, talvez cansada, o certo é que ele tratou-a no pequeno quintal da casa, e ela não mais saíu daquele lugar. É livre pra voar, mas volta sempre.
Segue o Chico no caminho para casa, segue-o enquanto dá comida aos animais.
Por vezes entra na sala, com á-vontade e sem receio.
Um dia, estava ele a varrer a parte de trás e sem querer pisou-a na numa pata. A pomba quis voar, mas não conseguiu levantar voo. O Chico agarrou-a e levou-a consigo. Tratou-lhe da patinha com um creme da mulher para as artroses e, durante algum tempo, foi-lhe massajando a zona pisada.
Quando, ontem, estávamos na rua a falar, a pomba sobrevoou o sítio onde estávamos e pousou num muro ali próximo. Depois, bateu as asas e subiu ao telhado em frente. Repetiu tudo três ou quatro vezes. Então, pousou no chão a um passo do Ramires. Parecia esperar qualquer coisa. Mais uns passinhos e ficou bem perto dele, quase aos seus pés.
Comentávamos o facto, quando o Chico se agachou e levou a mão para a apanhar. A pomba encolheu-se, sem qualquer temor, e deixou-se envolver pelas mãos do Chico Ramires. Ele afagou-a com os dedos, durante uns minutos, e ela deixou-se ficar até voar para o telhado fronteiro.

sábado, março 19, 2005

3 dias com o Armindo

3 dias em Aljustrel, em terras alentejanas.
O dia 17 de Março não era um dia completamente igual aos outros, e quiz partilhá-lo com alguns familiares especiais.
O Armindo, que nos deixou há menos de 2 meses, esteve em espírito, no coração e na lembrança. Lembrei os seus lugares, recordei os seus hábitos. A vila, que ele serviu com dedicação e amor, naquilo que ele mais adorava, o hóquei em patins, não se esquece dele e irá homenageá-lo em breve. Uma atitude louvável e merecida. A memória do jogador e dirigente, do homem e, principalmente, do ser humano de grande dimensão que todos lhe reconhecem, está viva no pensamento de toda a gente e não vai ser fácil o tempo fazer esquecê-lo.
Esteja onde estiver, o Armindo permanece connosco!

sexta-feira, março 18, 2005

fala com Deus - parte 2


Madrugada de 11 de Março 2005. Acordei e olhei o relógio: 4 horas, escuridão absoluta. Levantei-me para um chichizinho. Quando voltei, a Alice pressentiu-me. Mexeu-se na cama e despertou também. Acomodei-me, sentindo os olhos pesados, sinal de que adormeceria rapidamente...
Ouvi-me respirar por pouco tempo. Dali prá frente foi um desassossego. A Tua voz, sem som, ocupou-me a cabeça, os sentidos todos. Quanto mais procurava "pôr de lado" o restolhar constante da mente em alvoroço, menos resultados conseguia. Pensei que talvez não fosse o pensamento. Desisti. Fosse o que fosse, tinha ainda umas horitas até ao amanhecer. Mexi-me na cama. A Alice também. Pressenti-Te, sem poder evitar.
"Como é que eu vou ter a certeza que estou agora Contigo?"
"Não vais tê-la tão cedo!"
Perguntei, perguntei, falou, falou!... Em catadupa! Horas! Foram duas, mais que duas?... Tanta pergunta, tanta resposta, tanto sossego, tanto diálogo, tanto aconchego!
Não consigo lembrar de tudo. Talvez a pouco e pouco. Talvez quando fôr oportuno.
"Merda! Que confusão de vida!" lembro-me de dizer. "Merda!" ouvi-Te dizer.
"Disseste um palavrão!"
"Foram as tuas palavras que ecoaram em Mim! Eu não preciso de palavras!"
"Não precisas de palavras? Como falas com aqueles que estão aí Contigo?"
"Aqui só existe Um que sou Eu!"
"E as outras almas, as que estão no Céu? As que estão no Teu reino?"
"O meu reino sou eu! Aquilo a que chamas almas são recortes de mim, que são livres para serem o que quiserem ser!"
"Ah, mas então há almas aí Contigo!"
"Claro, mas não como estás a imaginar. Essas almas são também aquilo que eu sou. Quando deixares essa vida e voltares para mim, vais entender tudo, porque tu és um bocadinho de mim que foi aí abaixo!"
"Eu sou Tu?"
"Nada existe que não seja eu!"
"Que complicação! Porque não imaginaste uma coisa mais fácil?"
"Foste tu que quiseste assim! E achaste divertido, sabes?"
"Divertido?"
"Sim, acho que criei uma coisa engraçada!"
"E as desgraças? As pessoas que sofrem?"
"As pessoas sofrem porque querem sofrer. Apenas isso. Mas não te preocupes, isso é somente a ilusão."
"Uma ilusão que faz doer. Não tem graça nenhuma."
"É uma graça maravilhosa! Uma criação soberba! Tu sabes isso, só que não te lembras!"
"Porque é que não me lembro?"
"Porque, se assim fosse, não tinha graça nenhuma. É o pacto que fiz contigo, se é que pensas que és alguma coisa que não eu."
"Porque raio é que somos Tu e eu, e estás a dizer que somos só um?"
"És simplesmente um bocado que recortei de mim. Estando a falar contigo, é a mesma coisa que estar a falar comigo. Eu estou a falar comigo próprio. Tu não existes fora de mim!"
"Isto é paleio que li em qualquer livro..."
"Seja! Não é isso que vai alterar nada!"
"És, então, um Criador?"
"Sou o Criador! Não há mais ninguém!"
"Há outros seres... Há o diabo e o inferno, conforme dizem os livros!"
"A iluminação é difícil de alcançar! Mas a falta dela só vos faz continuar a procurar."
"Mas há outros?"
"Só existo eu! Nada existe fora de mim! Eu sou a única coisa que existe, percebes?"
"Não, porque pode ser que um demónio qualquer esteja a meter-me isto no pensamento. Eu devo estar a pecar, a ofender-Te, a injuriar o Deus Todo Poderoso que És!..."
"Ninguém me pode ofender! Ninguém me pode injuriar, ou fazer alguma coisa contra mim!"
"Posso estar a blasfemar..."
"És livre para dizer, és livre para fazer, és livre para pensar! Fui eu que te dei essa liberdade! Nada do que disseres, ou fizeres ou pensares, me pode atingir! Nada acontece que não seja permitido por mim! Nada! E lembra-te: Tu e eu somos a mesma coisa! Não existes fora de mim!"
"Já o tinhas dito!"
"E vamos continuar a dizê-lo muitas vezes mais!"
"P'ra que é que serve este palavreado todo?"
"Talvez para nada! Talvez para tudo! Foste tu que me chamaste!"
"Porque é que não és Tu a falar mais vezes connosco?"
"Eu falo convosco a toda a hora, em todos os momentos! Muita gente sabe disso!"
"Mas podias falar claramente, para que não tivéssemos dúvidas."
"A dúvida está na tua cabeça. O coração não duvida!"
"Isso do coração, já não pega! O coração é um órgão! Tira-se este, põe-se outro de plástico."
"..."

quinta-feira, março 17, 2005

a minha verdade


A minha verdade não é imutável.
Nem é a verdade absoluta, nem melhor que a tua ou pior que a do meu vizinho. Devo dizê-la, consciente da repercussão que ela provocará no tecido cósmico de que faço parte.
A minha verdade harmoniza-me com as coisas e com as pessoas que me rodeiam, e cria-me a sensação de bem-estar que me envolve naquela auréola de tranquilidade e paz.
A minha verdade flui livremente, quando o universo a aceita na teia da sua perfeição.
A minha verdade não é imutável, porque a versão de Mim que estou a criar, em todos os momentos, pretende ser melhor e mais grandiosa, e pode mudar de acordo com essa nova experiência.
A minha verdade equilibra-me quando tropeço e recorda-me O Que Sou quando a mente se acalma.
A minha verdade salpica-me de felicidade quando Tudo se une ao meu redor.
A minha verdade sou Eu quando Sou.
A minha verdade é também a Vida, porque é também Deus, e porque és Tu também.

quarta-feira, março 16, 2005

perfeição

Num momento especial, muito especial, dum Novembro de 1997, despertara havia pouco dum "desmaio".
O quarto do hospital estava limpo!
Estava tudo nos seus lugares! Excepto um papelinho no chão, um nadinha de qualquer coisa!
De um lado para o outro, "algo inebriado", "estranhamente confuso", "maravilhosamente extasiado", apanhei o papelito, aqueles nadinhas de nada, e coloquei-os no lixo.
Procurei, procurei, como se precisasse, urgentemente, colocar tudo nos seus lugares!
Voltei à cama!
Será que eu tinha "estado" nalgum local onde tudo era perfeição, equilíbrio e divinamente belo?...

terça-feira, março 15, 2005

somos excêntricos


"Impelidos pela vitalidade da alma, tornamo-nos excêntricos.
Um aspecto importante da descoberta do nosso núcleo original reside em compreendermos que quanto mais mergulhamos no "self", mais poéticas se tornam a nossa linguagem e ideias."
Comungo esta ideia de Thomas Moore, porque a exigência que manifestamos vem muito de nós, e o esforço em carregarmos de beleza e verdade a obra que estamos a realizar, leva-nos a uma comunhão estreita com o nosso interior. A imaginação e a criatividade "sai-nos" quando menos esperamos e de sítios impalpáveis. Brota de sítios onde Deus se aninha!

(Foto encontrada em akt-forum.de )

segunda-feira, março 14, 2005

fala com Deus - parte 1


Fala com Deus!
Fala com Ele na tua intimidade, fala com Ele no teu silêncio, fala com Ele na tua alegria!
Se estás triste, partilha a tua tristeza!
Se tens um problema súbito, clama o Seu nome!
Se rejubilas, agradece-Lhe!
Faz Dele o teu companheiro permanente!
Abusa Dele!

domingo, março 13, 2005

A corda

Contam que um alpinista, desesperado por conquistar uma altíssima montanha, iniciou a sua travessia, depois de anos de preparação.Mas como queria a glória só para si, decidiu subir sem os companheiros.

Começou a subir, mas foi-se fazendo tarde, e mais tarde, e em vez de se preparar para acampar, decidiu continuar a subir, até que anoiteceu.

Caiu a noite muito escura na montanha, ao ponto de não se poder ver absolutamente nada. Tudo era negro, sem visibilidade, a lua e as estrelas estavam escondidas pelas nuvens.

De súbito, ao subir uma escarpa, a apenas poucos metros lá de cima, resvalou e precipitou-se no ar, caindo a uma velocidade vertiginosa. O alpinista apenas via velozes manchas escuras e a terrível sensação de ser sugado pela gravidade. Seguiu caindo... e nesses angustiosos momentos, passaram-lhe pela mente todos os episódios felizes e não felizes da sua vida.

Pensava na proximidade da morte, quando, de repente, sentiu um fortíssimo esticão da grossa corda que o amarrava da cintura às estacas cravadas na rocha da montanha.

Nesse momento de quietude, suspenso no ar, não lhe restou mais que gritar:
"AJUDA-ME, MEU DEUS!!!"

De repente, uma voz grave e profunda vinda dos céus perguntou-lhe:
"QUE QUERES QUE FAÇA?"
"Salva-me, meu Deus!"

"REALMENTE, CRÊS QUE EU TE POSSO SALVAR?"

"Com certeza, Senhor!"

"ENTÃO, CORTA A CORDA QUE TE SUSTEM..."

Houve um momento de silêncio. No meio da escuridão, o homem agarrou-se ainda mais à corda que o sustinha.


Se fosse você, o que faria? Soltaria a corda?...

Pois o final da história é muito curto:
Conta a equipa de resgate que, no outro dia, encontraram um alpinista pendurado, morto, congelado, com as mãos agarradas fortemente à corda...…A APENAS DOIS METROS DO SOLO...

sábado, março 12, 2005

aquela manhã de Fevereiro

Fevereiro de 2004. Fez agora um ano, mas acho bom recordar o episódio que me apressei na altura a passar para o papel.
Nessa quarta-feira, ao deitar, sentia o meu campo de energia à velocidade de 200 ou 400 à hora. Parecia inquieto, mas não estava inquieto! Fervilhava qualquer coisa num caldeirão de quietude e bem-estar. Faria sentido? Ou seria mesmo a minha aura inchada de energia? O curioso, depois, era que dava por mim absorvido por uma mente demasiado activa. Apercebia-me disso e logo "dizia": "Lá tás tu! Ok, fica-te pr'aí a 'trabalhar', mas eu agora quero dormir". E não lhe liguei! Calmamente, deixei o pensamento. Mas logo, logo, ele vinha de novo.
E isto foi um exercício curioso. Eu, que nunca frequentei curso nenhum, tipo Louise Hay, ou outro, dava por mim a controlar os meus pensamentos, aceitando-os, sorrindo para eles, sabendo que eles estavam ali, mas sempre com uma resposta presente: "Tá bem, mas agora não tou interessado em ouvir-te. Agora, apetece-me dormir."
Engraçado e divertido!

Na manhã seguinte, na minha caminha quentinha, esquecido já de tudo, mas sem pressa pra despertar, deixei-me ficar mais um tempinho, que não tinha programa combinado.
De súbito, senti que a cama se levantava no ar, devagar, calmamente. Dantes, quando qualquer coisa acontecia "de esquisito", a minha reacção imediata era: "Chiça! Qu'é isto?..." E toca a abrir os olhos e a pôr os pés fora da cama e bem assentes no chão!
Naquele momento, não! Deixei-me ficar e deixei-me ser içado. Isso mesmo! Sem qualquer medo. A cama (e eu deitado nela) fomos até lá acima, não sei até onde. Depois, outra vez, tudo repetido da mesma forma, serenamente, eu olhando lá para baixo, num estado de paz e serenidade.
Até onde fui? Não sei! Fazer o quê? Não sei! Receio, medo? Nenhum!
Foi assim aquela quinta-feira duma manhã de Fevereiro de 2004, que agora recordo.

sexta-feira, março 11, 2005

castigo?

Se tens uma dôr de dentes, o corpo vai ajudar-te a criar a experiência da dôr, a não ser que o teu Eu interior interceda junto da tua mente e ordene o contrário, e essa dôr de dentes passe a ser "sentida" na ilusão do palco da vida onde estás a actuar.
Sem me aperceber, a minha alma fala com a tua, o meu Deus pode ver o teu Deus. O teu corpo é o instrumento que te permite experimentar, neste mundo, o que a alma quiser e escolher experimentar.
A prova estará na dôr de dentes?
Tudo o que se passa por esse mundo fora, tu tens que aceitá-lo, porque nada se passa que Deus não permita que se passe!
Algures, a um outro nível de consciência, "alguém" (porque não TU?) decidiu que todas as coisas acontecessem - aquelas agora, as de ontem ou de amanhã, que estão, afinal, a acontecer no Eterno Momento do Agora.
Aquela mulher que morreu, após grande sofrimento, veio, afinal, viver (sabe-se lá?) a experiência mais grandiosa que se propôs "conhecer" neste mundo terreno, onde impera a dualidade. A dôr e a tristeza experimentadas por ela, não podes tu considerá-las um castigo divino (ou um acaso...), mas apenas e só uma dádiva - "aquilo" que ela escolheu para Si, sabendo que, em todo o sempre, nunca deixou de conhecer a Verdade de tudo e de todas as coisas!

quinta-feira, março 10, 2005

ser eficaz


"Se queres ser eficaz, tenta ter, todas as noites, um encontro contigo mesmo. Visiona rapidamente o filme do teu dia. Fixa-te sobre a imagem daquilo que te 'marcou', sobretudo negativamente, e depois de teres feito sinceramente o exercício de tomada de consciência e de aceitação, experimenta oferecer tudo à corrente da vida. Pois, essa vida que passa por ti e te ultra-passa, como o rio caudaloso, vai sempre ao encontro do mar, transportando consigo os resíduos que o homem nele lançou."

("Construir o Homem" - Michel Quoist)
(Foto: akt-forum.de)

quarta-feira, março 09, 2005

aquecimento da Terra


Um estudo divulgado esta quinta-feira pelo jornal londrino «Independent» revela que o aquecimento do planeta é pior do que aquilo que se pensava inicialmente; com períodos de seca e escassez de água, o ponto de não-retorno poderá ser atingido antes dos 10 anos até agora previstos.

Segundo o relatório «Enfrentar o desafio do clima», elaborado por cientistas de universidades britânicas e norte-americanas através de um modelo de computador, culpabiliza os danos causados pela poluição provocada pelo ser humano, que provoca um perigoso efeito de estufa.

Na revolução industrial, em 1750, o ponto de não-retorno foi fixado nos 0,2 graus centígrados acima da temperatura média, e desde então subiu 0,8 graus.

De acordo com o director desta investigação, David Stainforth, da Universidade de Oxford, que se mostrou bastante preocupado com os resultados do estudo, uma subida de 1 grau no aquecimento da Terra resultará num mundo completamente diferente, desde o aumento do nível do mar até ao aparecimento de novas doenças.

Os cientistas realçaram ainda que as tentativas de controlar o aquecimento global através do Tratado de Quioto, que estabelece um limite na emissão de gases por parte dos países industrializados, não serão suficientes para evitar a situação que já se vive actualmente.

Este estudo, dirigido aos lideres políticos do mundo inteiro, coincide com o início da presidência da Grã-Bretanha no Grupo dos Países mais Industrializados do Mundo (G-8).

( Jornal Digital / 2005-01-27 18:25:03 )

john de lombardo

Numa visita a este site, vi este conjunto de belas imagens:









vadio

Dunas vastas, luzidias.
Quisera deixar correr o pensamento.
Vadio, sonâmbulo.
Está, porém, quieto.
Ouvindo o mar que se agita, espraiando-se na costa a perder de vista, imensa, deserta.
Pegadas sumidas, mas vivas, ainda de alguém que passou, mais apressado não sei.
Dois vultos no horizonte, crescendo, crescendo, tornando-se gente, mãos dadas, contentes, que a felicidade está perto.
Esbranquiçadas, as ondas falam, murmuram, gritam.
No céu, são sobras de algodão, enfeitando o azul, salpicado, ondulado.
Misturas de cores, que o Sol esbate, sem vícios nem traumas.
Dunas que se perdem, que se desinteressam.
Dunas que de verde têm pouco, escondendo uma sombra, inquieta, irrequieta, nervosa.
Surfistas que teimam, impaciência contida, sorriso nervoso.
Esbracejam na onda, no início e no fim, e quando ela chega, brincalhona e farta, explode a seus pés, no jogo a dois, com o seu quê consentido.
O além, cortado bem longe, quieto no sempre, vincado na côr, desinteressado e mudo.
Trago-o para mim, farto e enorme, e aconchego-o brandamente,
no silêncio do que sou.
Eu sou o mar.
Sou o céu e a vastidão.
Sou o tudo que não vejo.
Sou!
Nesta consciência de ser,
posso ser ainda mais!

terça-feira, março 08, 2005

espaço é notícia

Cinquenta caracóis a caminho do espaço


Mais de 50 caracóis vão participar numa aventura espacial. Na próxima semana, os pequenos astronautas aterram na Estação Espacial Internacional (ISS) onde vão ser submetidos a experiências biológicas.
( TSF-OnLine 14:58 / 21 de Fevereiro 05 )


Mars Express pode ter descoberto mar subterrâneo em Marte

Se é gelo, também é água. Investigadores da Agência Espacial Europeia (ESA) acreditam ter descoberto, pela primeira vez, uma grande quantidade de água num outro planeta que não a Terra.
Desta feita, trata-se do planeta vizinho, que dá pelo nome de Marte, que actualmente está ser explorado pela sonda Mars Express. Os investigadores da ESA recorreram à câmara de alta resolução estéreo que está incorporada na sonda para levantarem a hipótese de, debaixo de uma camada de poeira com alguns centímetros de espessura, poderem encontrar-se placas de gelo.
( Exame informatica-3/3/2005 )


Japoneses projectam base habitada na Lua para 2025

Júlio Verne e os autores de Espaço 1999 tinham razão. E a Agência Espacial Japonesa (JAXA) pretende levar à prática este espírito visionário até2025, com a instalação de uma Estação Espacial Habitada na Lua.
O projecto contempla também a criação de uma constelação de satélites para a prevenção de desastres naturais e deverá ser apresentado ao Governo nipónico até ao final de março, refere o jornal Mainichi Shimbun.
( Exame informatica-3/3/2005 )


Fenómeno inédito intriga astrónomos

Um impulso periódico de energia até agora desconhecido dos astrónomos foi detectado pelos cientistas espaciais a partir de um radiotelescópio situado no Novo México.
O elemento espacial inédito caracteriza-se por ser uma fonte poderosa de ondas rádio a emitir a partir do centro da nossa galáxia e que, de acordo com um artigo publicado hoje na revista Nature, poderá derivar da presença de um outro objecto espacial não identificado.
( Exame informatica-3/3/2005)

o sentido da vida

"É um erro encarar a pscoterapia como a arena em que as pessoas mudam. Quando as pessoas dizem que querem mudar, escuto uma rejeição subtil da pessoa que elas são. Suponho que a mudança é necessária a um certo nível - quando a vida é um tormento, quando uma pessoa se sente neurótica ou psicótica, quando o casamento é sufocante, quando um trabalho não é compensador em termos emocionais. Porém, mesmo nesses momentos, um plano consciente de mudança provém usualmente da mesma imaginação que nos causou problemas. Um novo projecto de transformação pessoal pode lançar-nos novamente para o desconfortável buraco que acabámos de deixar.
Quando as pessoas falam em descobrir um sentido na vida, insinuam que serão capazes de compreender e de resolver as coisas. Mas o que torna a vida digna de ser vivida pode ser apenas uma intuição momentânea, uma sensação, como o toque da pele de um filho bebé, um súbito apreço pela casa ou a excitação fugaz quando nos recordamos do amor que sentimos pelo nosso companheiro. O sentido pode ser uma revelação e não uma compreensão.
Pensar é muito importante e podemos usufruir de um mundo melhor se aprendermos todos a pensar. Mas, ao mesmo tempo, pensar pode ser apenas o prelúdio do significado. Lemos, frequentamos cursos, conversamos, estudamos e até podemos escrever. Estas actividades intelectuais são inestimáveis, mas o seu valor talvez resida em nos prepararem para um instante de reconhecimento da semente vital, aquilo a que os Antigos chamavam a scintilla, a centelha, que dá vida a tudo o que fazemos e vemos. Quando vislumbrarmos essa centelha, teremos compreendido que existe realmente um além que pode ser encontrado no que está mais perto de nós. Podemos orientar toda a nossa educação para o momento que nos permita vislumbrar à nossa frente, maravilhados, o mais ténue sopro da vida."
(Texto de Thomas Moore:"O Self Original")


segunda-feira, março 07, 2005

o olho de Deus

Fui espreitar o site http://hubblesite.org e retirei estas imagens espectaculares, entre inúmeras outras que lá se encontravam.
São imagens para serem apreciadas, partilhadas e divulgadas por todo o mundo.

Clicar para ampliar.