Lisboa,

sábado, março 31, 2007

foi-se

A Roda da Vida continua a girar!
O Universo abre-se no contexto que nos permite esvoaçar no seu "mundo".

Foi-se o carinho,
foi-se a ternura,
foi-se o amor...
Já nada resta.
Nem um toque,
nem uma carícia,
nem um sorriso...
Tudo foi morrendo,
a pouco e pouco...
Tudo foi como uma força
a afastar-nos
e a fazer o sonho
cair por terra


ASSIM O QUISESTE
ASSIM SE FEZ!

sexta-feira, março 30, 2007

pedido a um anjo - IV



Respire novamente.
Outra vez.
Veja-se a si próprio maior do que o mundo.
Tente imaginar que é uma figura gigantesca e etérea, tão grande que pode segurar a Terra inteira na palma da mão. Imagine que este planeta está, de alguma forma, poisado numa das suas mãos.
Permita-se ser semelhante a um deus.
Imagine-se a si próprio, ao seu verdadeiro eu, ao seu eu superior, como a coisa mais poderosa de toda a Criação.
Porque é disso que você faz parte.
Sendo assim, em última análise, é isso que você é.
Agora, tente alcançar com a sua mente esta enorme, bondosa, intergaláctica e cósmica versão de si próprio, e diga...
"Ajuda-me, por favor".
Já não está a fazer um pedido a uma qualquer força incorpórea chamada "Universo".
Não está a apelar temerosamente a uma figura autoritária e desaprovadora de um deus ou uma deusa.
Nem sequer me está a pedir a mim.
Está a pedir a si próprio, na forma mais elevada do seu ser, um pouco mais de ajuda para se lembrar de quem realmente é... e um pouco mais de ajuda para obter aquilo de que realmente necessita.
Respire outra vez.
Novamente.
Não se preocupe com executar alguma destas instruções da maneira "certa" ou da maneira "errada".
Não se preocupe se só conseguir "semi-imaginar" alguma das etapas anteriores.
Se conseguir ver o processo no seu todo, por mais indistintamente que seja, é porque está mesmo a conseguir imaginá-lo.
E senti-lo.
E executá-lo.
Agora, é altura de transcender as leis do tempo e do espaço.
Ou, pelo menos, as leis convencionais.
É que a parte de si que é tão grande como todo o Universo não se deixa aprisionar pelo relógio e pelo calendário, da forma como os concebemos.
Nem está, a propósito disso, limitada pelas leis do nascimento e da morte... embora esse seja um assunto para outra altura.
Uma coisa é certa, porém.
Ela conhece o futuro.
Tão seguramente como conhece o passado.
Respire outra vez.
Pergunte-se a si mesmo, ao seu eu superior, ao seu eu mais sábio, ao seu eu futuro, o que deveria estar a pedir.
Peça a sabedoria de reconhecer a sua própria sabedoria superior, quando a ouvir.
Peça também a confiança para deixar que a sua sabedoria superior interceda.
E depois respire novamente.
Fique na sua posição confortável o tempo que quiser.
Adormeça, se conseguir.
O seu pedido foi feito.
Esteja à vontade para pensar nele quando quiser.
Ou para nunca mais pensar nele.
É indiferente.
Aquilo que vai obter é a resposta mais fiel ao seu pedido que o cosmos lhe conseguir dar.
E o cosmos é um lugar bastante generoso.
Pode demorar uma semana ou duas a chegar.
Pode demorar um ano ou dois.
Mas há-de chegar.
Lembre-se que não tem, de forma alguma, que fazer isto sempre que quiser estabelecer contacto comigo ou pedir algo ao Universo... ou fazer um pedido cósmico. Existirão muitas alturas em que tudo acontecerá naturalmente num único pensamento ou num único fôlego. Mas, se alguma vez sentir falta de objectividade, ou precisar de se concentrar, ou quiser invocar muitas mudanças positivas na sua vida... este método funcionará para si.

(Jonathan Cainer in Encomendas ao cosmos)

quinta-feira, março 29, 2007

dia 29



quarta-feira, março 28, 2007

pedido a um anjo - III


Respire, por favor.
Mais uma vez.
Esteja sereno. Calmo. Tenha confiança.
Agora, contemplemos outra questão.
Porque é que os seres humanos são, supostamente, "superiores" aos outros seres vivos?
Alguns dizem que é devido à sua capacidade de terem consciência da sua própria existência.
Neste momento, você está a respirar.
Está consciente da sua própria existência.
Também está consciente da sua interligação fundamental com tudo o que existe.
Por isso, considere agora, e pela última vez, por favor, o poder que está prestes a exercer, a força que está prestes a invocar, o pedido que me está prestes a fazer, a mim, o seu anjo da guarda, o seu eu superior.
Há algo nele que possa prejudicar outras pessoas?
Há algo nele que seja prejudicial ou vingativo?
Há algo nele que seja mesquinho ou rancoroso?
Há alguma forma de o modificar de modo a torná-lo tão "puro" e "nobre" quanto possível? Lembre-se que não lhe convém colocar-me numa situação de conflito cósmico.
Mesmo neste último minuto, não é demasiado tarde para o pôr outras palavras se se sentir subitamente inspirado.
Muito bem.
Quando estiver confortável, respire fundo outra vez e veja diante de si, por favor, o objectivo que quer atingir.
Olhe-o de frente.
Adopte-o.
Torne-o seu.
Torne-se nele.
Acredite nele.
Viva-o.
E...
agora...
deixe-o ir.
Este é o momento em que, se quiser, pode escrever o seu pedido num pedaço de papel e queimá-lo na chama de uma vela.
Caso contrário, deixe apenas que essa sua imagem mental se evapore.
Não a transforme em desilusão. Nem em vazio. Nem em arrependimento.
Transforme-a em amor. E em confiança. E em inspiração.
Pode descobrir que tudo isto lhe ocorre muito naturalmente.
Se não for o caso, deve proceder da seguinte forma.
Antes de mais nada, continue a respirar.
E feche os seus olhos durante breves momentos (claro que, quando precisar de consultar outra vez o livro, pode abri-los).
Agora, imagine-se a si próprio daqui a alguns anos.
Forte, realizado e profundamente feliz.
Tem tudo aquilo que quer.
Mas, neste preciso momento, você não tem necessariamente tudo aquilo que quer.
Ou já o teve e decidiu mais tarde que não precisava disso...
... ou nunca o teve.
Porque é que havia de se importar com isso?
Você está exultante de alegria e felicidade.
Tudo o que tem a fazer é imaginar-se a si próprio a sentir-se bem.
A sentir-se mesmo, mesmo bem.
Lembre-se: quando você se sente bem, não se interessa pela razão desse bem-estar.
Tudo o que sabe é que se sente dessa maneira.
É importante imaginar-se a si próprio nesse estado...
Porque, fundamentalmente, é esse o estado que quer pedir para si próprio, seja o que for que me esteja a pedir a mim.
Respire novamente.

(Jonathan Cainer in Encomendas ao cosmos)

terça-feira, março 27, 2007

pedido a um anjo - II


Aqui está mais uma questão para você ponderar.
Qual é a diferença entre o mecanismo que governa em si toda essa inspiração e expiração, e o mecanismo de todos os outros seres humanos deste planeta?
Obrigado.
Era aí que eu queria chegar.
Não diferença.
Os eus superiores das pessoas são tão semelhantes, em termos de propósito e de consciência, quanto os seus "eus inferiores" aparentam ser diferentes.
Muito bem. Continue a reparar nessa preciosa respiração que entra e sai. Faça-o de forma lenta e suave.
E deixe-me colocar-lhe outra questão.
Qual é a diferença entre a força que impele a sua respiração e a força que mantém este planeta a rodar sobre o seu eixo enquanto gira interminavelmente em torno do Sol?
Mais uma vez, obrigado.
Agora estamos a chegar a algum lado.
Há uma força muito grande dentro de si.
E, em última análise, não está dentro de si.
Você está dentro dela.
Vamos continuar a respirar.
É altura de reflectir sobtre outra coisa.
Pense, por favor, numa árvore.
Uma grande e bela árvore com um tronco direito, ramos altos e muitas folhas.
Imagine, por uns instantes, que é apenas uma folha daquela árvore - uma folha pequena mas que quer ser tão verde, tão brilhante, tão saudável e "no lugar próprio" quanto possível.
Você está sozinho nesse feito?
Não.
Tem o apoio de toda a árvore.
As outras folhas em seu redor podem estar demasiado ocupadas a concretizar o seu próprio potencial para lhe darem muito mais do que um pouco de "compromisso social", mas o ramo quer o melhor para si. E o tronco está mesmo por detrás dele. Tal como as raízes.
Eles proporcionar-lhe-ão, na medida das suas posssibilidades, tudo aquilo de que precisa para se tornar o melhor que puder ser.
Muito bem. Continue a respirar.
Você não é uma folha. Nem é uma árvore.
Mas estamos a chegar a algum lado.
A algum lado importante.
Respire outra vez e, mentalmente, dê mais uma vista de olhos à árvore. Pense nas raízes que se afundam nas profundezas do solo.
Farão parte da terra ou estarão separadas dela?
Esqueça tudo o que aprendeu nas aulas de biologia ou de horticultura. Há uma distinção técnica entre o fim da raíz e o início da terra... mas, na sua essência, são uma única entidade - tal como o são todas as coisas à superfície deste planeta, e que dele fazem parte.
Dê apenas um pequeno passo de imaginação criativa e visualização cósmica... e respire mais uma vez.
Respire de novo. Profundamente, por favor.
Quero levá-lo às entranhas da terra.
E quero que coloque a si próprio uma das mais importantes perguntas que um ser humano pode fazer.
O que é este planeta em que vive?
É algo separado de si?
Ou você faz parte dele?
Se faz parte dele...
... talvez deva conceber toda a Terra como um único organismo vivo. Tal como a árvore com os seus ramos e as suas folhas.
As folhas podem pensar que são "entidades independentes", mas também se encontram unidas ao resto da planta.
As pessoas da Terra podem ver-se a si próprias como separadas do planeta e das outras pessoas, mas estão fisicamente ligadas ao planeta e, consequentemente... a todas as outras criaturas que nele habitam.
Respire outra vez. E reflicta no seguinte.
A Terra não passa de uma minúscula bola de pedra num cosmos de dimensão infinita.
Contudo, faz tanto parte desse cosmos como qualquer outro planeta, lua, cometa ou estrela.
E, por isso, tal como consegue pensar nesta Terra como um grande organismo vivo, também pode pensar no cosmos da mesma maneira.
Se todo o cosmos é uma única e enorme entidade, quem pode dizer onde se encontra a sua parte mais (ou menos) importante?
Respire mais uma vez.
E mais uma.
E agora, embora eu saiba que acabámos de passar muito tempo a comunicar um com o outro, gostaria de me apresentar formalmente.
Eu sou você. Você é eu. Nós somo-nos um ao outro. Eu sou uma parte de si que nunca nasceu e, por isso, nunca pode morrer. Eu sou uma parte de si que existe desde sempre e, dessa forma, nunca deixa de existir. Sou aquilo a que algumas pessoas chamam o seu superior. Outras podem dizer que sou o seu verdadeiro eu. Sou a energia divina que pulsa através do seu ser a cada respiração. Não sou a sua personalidade, o seu corpo nem mesmo o seu coração. Sou a sua consciência. Sou a parte de si que está "consciente de si própria". E também sou a parte de si que tem consciência desta ligação com todas as outras coisas vivas neste planeta e, na verdade, neste Universo.
Respire, por favor.

(Jonathan Cainer in Encomendas ao cosmos)

segunda-feira, março 26, 2007

pedido a um anjo - I


Achei tão encantador que não resisti a transcrever este capítulo de Jonathan Cainer. É um pouco longo, mas vale a pena:

Onde está você?
Num lugar calmo? Confortável? Pacífico?
Está sozinho? Tem algum tempo para si? Pode dispensar uma hora desse tempo, se for preciso?
Óptimo.
O pedido cósmico pode ser feito à pressa... Pode dirigir-se a mim onde quer que esteja, em qualquer altura que precise. Mas existem alguns processos na vida que não vai querer mesmo apressar, especialmente quando tem um pedido profundo para fazer... ou um desejo intenso de transportar a sua vida para um nível novo e mais feliz.
Bom.
Tem um pau de incenso que possa acender?
Ou uma garrafa de um puro e exótico óleo de aromaterapia?
Que tal uma vela? Podemos correr as cortinas e baixar um pouco a luz?
Na verdade, você não precisa de nada disto, nem sequer precisa de estar sozinho. Certamente que não quer ficar dependente dessas regras enquanto fala comigo. Detestaria que pensasse que só o consigo ouvir se criar uma atmosfera romântica. Mas, ao mesmo tempo, se quiser criar um estado de grande concentração e aprofundar realmente a sua ligação comigo, alguns toques como estes podem ser muito úteis.
Hmmm... é uma pergunta disparatada mas... você está sóbrio, não está?
Se tiver bebido álcool, fumado um charro, tomado drunfos, speeds ou ácidos... aconselho-o a esperar até que a influência dos químicos tenha passado. Não é essencial. Aceitarei o seu pedido independentemente do estado de espírito em que se encontrar no momento em que o faz, mas você gostará bastante mais da experiência se, enquanto conversamos, estiver tão calmo e próximo do seu estado natural quanto possível.
Certo.
Vamos respirar um pouco.
Inspire uma vez. Sustenha a respiração por uns momentos.
Saboreie o ar nos seus pulmões.
E agora expire lentamente.
Repita o exercício.
Enquanto o faz, pense no seguinte:
De onde vem esse ar?
O que é que, dentro de si, o continua a inalar... mesmo quando você não está a fazer nenhum esforço para que esse processo aconteça?
Algures dentro de si, existe um poder que o transcende.
Gere sistemas que estão para além dos sistemas submetidos ao seu controlo consciente.
Não se trata, prometo, de um mecanismo automático e "inconsciente".
É uma função da sua própria consciência superior.
É, na verdade, uma evidência do seu eu superior em acção.
Mostremos-lhe algum respeito e juntemo-nos a ele enquanto respiramos fundo mais umas vezes.
Poise o livro por uns momentos e limite-se a respirar.
Veja como o ar entra no seu peito. Veja como sai.
Dê graças à parte de si próprio que vigia incansavelmente a entrada e saída de ar, hora após hora, dia após dia.
Quando estiver preparado, pegue outra vez no livro.

(Jonathan Cainer in Encomendas ao cosmos)

sábado, março 24, 2007

a magia


Se você já observou um bando de andorinhas em voo, viu-as avançando e virando juntas num piscar de olhos.
Como é que cada pássaro sabe como virar no instante exacto que os outros o estão fazendo?
Os cientistas já constataram que não existe uma ave líder, o impulso é de alguma forma compartilhado por todas as andorinhas ao mesmo tempo.
A magia está em cada uma, e também entre elas, acima e em torno delas.
Ela é mais fluída e invisível do que o ar.


(Deepak Chopra in Vida incondicional)

quinta-feira, março 22, 2007

uma pergunta e uma resposta num e-mail

Pergunta:
Se nós estamos a criar as nossas realidades através dos nossos pensamentos, palavras e acções, o que dizer das vítimas de crimes brutais, bombistas, actos horrendos sem sentido? Aquelas pessoas escolhem morrer daquela maneira?

Resposta:
Amiga, você fez uma pergunta muito justa e penetrante. E ela tem uma abrangência muito maior do que aquela que indicou. Porque não se trata apenas de uma intenção ou uma escolha nossa, mas também de Deus. Isto significa que é vontade de Deus (mesmo que não seja a nossa) que estas coisas horríveis devam acontecer? Filósofos e teólogos têm tentado responder a esta questão desde o início dos tempos.

Primeiramente, compreendia claramente que não há vítimas nem vilões nesta vida. Agora isso torna-se difícil aceitar, porque, a meus olhos, muitas das coisas que fazemos uns aos outros são muito cruéis, muito horríveis, e para mim as pessoas que perpetraram crimes horrendos eram para mim certamente os “vilões” da nossa sociedade. Disse ainda Deus em CwG 2, “eu não vos enviei senão anjos.” E a parábola "A pequena alma e o sol" em CwG, livro 1, explica como isto pode ser verdade.

Em resumo (relendo CwG ou o livro para crianças, "A pequena alma e o Sol) para obter a essência plena disto, a alma humana é um aspecto da divindade, escolhendo livremente experimentar a vida no universo (e, como parte dessa experiência, a vida na terra através dos tempos) como meio de recriar e experimentar-Se como quem é. No reino do relativo (que é o reino no qual nós vivemos fisicamente), você não pode experimentar Aquele Que Você É excepto no espaço dAquele Que Você Não É. Na ausência dAquilo Que Você Não É, aquilo que você é - não é!

Isto é, Alfreda, na ausência do “pequeno,” o conceito do “grande” não pode ser experienciado. Pode-se imaginar, mas não pode ser experimentado. A única maneira de experienciar uma idéia puramente conceptual, por exemplo “grande”, é experimentar uma idéia puramente conceptual tal como “pequena”. Portanto, em termos muito elementares, Alfreda, foi por isso que Deus criou o “demónio.” Para que Deus se pudesse experimentar como todo-consumidor bom, tinha que ser algo chamado como todo-consumidor demónio.

Inicialmente nada havia. Havia somente Deus. Deus é tudo aquilo que foi, tudo o que é, e tudo o que alguma vez haverá. Contudo, Deus desejava conhecer-Se na sua própria experiência. É o mesmo desejo que todos nós temos.

Na verdade, este “nós todos” de que eu falei é Deus ele-próprio. Cada parte da vida é um aspecto da divindade, buscando a expressão e a experiência do divino. Contudo, aquilo que é divino não pode conhecer e experimentar a sua própria divindade excepto na presença daquilo que não é divino. E o problema é que aquilo que não é divino não existe. Assim, desde que nós tenhamos o poder de criar alguma coisa, nós fazemo-lo simplesmente acontecer! Quero dizer, nós imaginamo-lo. Chamamo-lo fortemente.

Porém, este processo inteiro não é exclusivo de qualquer alma individual que empreende conscientemente. Nós ajustamos as nossas agendas, Alfreda, muito antes de nós entrarmos no corpo humano. Nós fazemos mesmo acordos com outros seres divinos para melhor criarmos e experimentarmos o aspecto da divindade que nós escolhemos para esta vida. Assim, não, não se pode razoavelmente dizer que, a um nível consciente, as pessoas escolheram as experiências horríveis a que muitas delas foram sujeitas. Então, o que acrescenta isto à teoria de que nós estamos criando a nossa própria realidade através dos nossos pensamentos, palavras e acções? Isto não muda nada nem um bocado.

Explica apenas o mecanismo pelo qual aquela realidade vem a ser experienciada. Como CWG explicam cuidadosamente, no momento em que pensamos, dizemos ou fazemos uma coisa que inicía o processo de expressarmos Quem Nós Somos Realmente, tudo o que é contrário aparece no espaço. Isto é necessário, a fim de ser criado um contexto dentro do qual a experiência do Eu que nós escolhemos pode ser realizada. É por esta razão que os mestres não julgam, nem condenam nada. Nada nem ninguém. Nem sequer aqueles que os perseguem. Cada religião na terra ensina o perdão como o caminho para a salvação. A maioria deles ensinam-na simplesmente pela razão errada, dizendo que nós devemos perdoar, e deixar o julgamento para Deus. Bem, a verdade é que Deus não julgará, tão pouco. Deus pedir-nos-ia que nós fizessemos algo que Deus não faria? Isso seria pedir que nós fossemos maiores do que Deus! Contudo, a razão por que Deus nunca nos julgará, e pede para não julgarmos, estará claro para nós quando regressarmos ao reino do absoluto. É então que compreenderemos outra vez a promessa de Deus: “Eu não vos enviei senão anjos.”

Recomendo vivamente que obtenha uma cópia de "A pequena alma e o Sol. E leiam-no às suas crianças - ou algumas crianças com quem você vier a ter contacto regular. Porque se as crianças compreenderem este conceito mais cedo, o mundo irá mudar.

(Newsletter CWG)

segunda-feira, março 19, 2007

porque hoje é dia do Pai


Porque hoje é dia do Pai,
porque hoje sou pai,
e já não tenho pai, nesta vida;

Porque, como pai,
vivi a experiência única
de ter sido
o companheiro,
o amigo,
o protector,
o colo;

Porque, como pai,
dei-me em bocados,
dei-me por completo,
alternando o carinho,
a ternura,
com um amor que não é explicável;

Saúdo o universo,
dou vivas à Vida
e agradeço à Vida
ter sido o que fui;
e agradeço à Vida
o que a Vida me deu,
proporcionando-me conhecer
Aquilo que Sou;

Porque o fui na procura
única de Me encontrar
Comigo,
com a Vida,
com a Consciência,
com a Presença,
com a Esperança
de que um dia
estejamos de novo,
pai,
filhos,
unidos no mesmo Ser,
na Energia Única,
que é o Amor,
Único e Eterno!

domingo, março 18, 2007

causa e efeito


Se, acidentalmente, pusermos uma mão em cima de um fogão quente, o nosso corpo reage de imediato.
Todavia, nesse caso, o nosso cérebro está realmente a avaliar a dor e a atribuir-lhe a intensidade que percebemos como objectivamente real.
E ao não renunciarem ao seu controlo sobre elas, as pessoas ficam perdidas na dor. "Que posso fazer? A minha mãe acabou de morrer e estou destroçada. De manhã, nem sequer me consigo levantar da cama".
Numa afirmação como esta parece haver uma ligação directa entre causa (a morte de um ente querido) e efeito (depressão).

Mas, na verdade, o caminho seguido entre causa e efeito não é uma linha recta; toda a pessoa entra na imagem, com uma enorme abundância de factores do passado. É como se a dor entrasse numa caixa negra antes de a sentirmos e, nessa caixa, fosse comparada com tudo o que somos - toda a nossa história de emoções, recordações e expectativas.
Se nos conhecermos, a caixa negra não será tão estanque nem estará escondida.

Sabemos que podemos afectar o que se passa dentro dela. Mas, quando sofremos, vitimizamo-nos.
Porque é que a dor tem uma classificação de 10 e não de 1? Porque é assim, mais nada. Na verdade, o sofrimento só persiste na medida em que nos deixamos ficar perdidos na sua própria criação.


(Deepak Chopra in O livro dos segredos)
(imagem de Jessie E Brown)

quarta-feira, março 14, 2007

a nova dança



Não queres amar de novo
nem sequer crês no amor
escolhes a vida que tens
muita tristeza com dor

É teu filho que adoras
é teu patrão que te segue
é teu marido não é
já não é e te persegue

O que te apetece ser
vindo do fundo do peito
é aquilo que aceitaste
aquilo que não tem jeito

Adoras rosas e túlipas
adoras vida na flor
porque não escolhes de novo
porque te escondes do amor

E já que o mundo não pára
já que a roda gira e diz
faz da tua nova dança
a dança que baila feliz

(Amaral Nascimento)

terça-feira, março 13, 2007

a corda

No dia 13 de Março de 2005, estava este blog no seu começo, trouxe aqui esta história. Repeti-a no ano seguinte, no mesmo dia. Na minha opinião, é uma história fantástica, soberba! Por isso, pelo terceiro ano consecutivo, aqui vem ela de novo:

Contam que um alpinista, desesperado por conquistar uma altíssima montanha, iniciou a sua travessia, depois de anos de preparação. Mas como queria a glória só para si, decidiu subi-la sem os companheiros.

Começou a subir, mas foi-se fazendo tarde e mais tarde, e em vez de se preparar para acampar, decidiu continuar a subir, até que anoiteceu.

Caiu a noite muito escura na montanha, ao ponto de não se poder ver absolutamente nada. Tudo era negro, sem visibilidade, a lua e as estrelas estavam escondidas pelas nuvens.

De súbito, ao subir uma escarpa, a apenas poucos metros lá de cima, resvalou e precipitou-se no ar, caindo a uma velocidade vertiginosa. O alpinista apenas via velozes manchas escuras e a terrível sensação de ser sugado pela gravidade. Seguiu caindo... e nesses angustiosos momentos, passaram-lhe pela mente todos os episódios felizes e não felizes da sua vida.

Pensava na proximidade da morte quando, de repente, sentiu um fortíssimo esticão da corda que o amarrava da cintura às estacas cravadas na rocha da montanha.

Nesse momento de quietude, suspenso no ar, não teve outra alternativa senão gritar:
"AJUDA-ME, MEU DEUS!!!"

De repente, uma voz grave e profunda vinda dos céus perguntou-lhe:
"QUE QUERES QUE FAÇA?"

"Salva-me, meu Deus!"

"REALMENTE, CRÊS QUE EU TE POSSO SALVAR?"

"Com certeza, Senhor!"

"ENTÃO, CORTA A CORDA QUE TE SUSTEM..."

Houve um momento de silêncio. No meio da escuridão, o homem agarrou-se ainda mais à corda que o sustinha.


Se fosse você, o que faria? Soltaria a corda?...

Pois o final da história é muito curto:
Conta a equipa de resgate que, no outro dia, encontraram um alpinista pendurado, morto, congelado, com as mãos agarradas fortemente à corda...… A APENAS DOIS METROS DO SOLO...

domingo, março 11, 2007

poema incompleto

Nas asas duma gaivota
esvoacei teus lábios trementes
nem os teus olhos falaram
nem...

sexta-feira, março 09, 2007

simples reflexão


Por todo o lado lemos que não há prova científica alguma de que o Universo seja consciente. A ciência não consegue essa demontração. A sua expansão imparável não quer dizer muito mais do que isso... Nascem estrelas, morrem estrelas, estimam-se movimentos, velocidades. Descobre-se luz em planetas extra-solares, planetas gigantes, galáxias e buracos negros.

As tempestades electromagnéticas na atmosfera são uma cópia dos impulsos electromagnéticos que o cérebro de cada um recebe para compreender o que os olhos vêem ou os ouvidos ouvem.
Ao nível químico, os genes dos nossos pais combinam-se para dar origem a uma outra forma de vida que, por sua vez, se expande, não sendo uma simples réplica de elementos recombinados.
A partir do momento em que a mulher engravida, algo acontece que ela deixa de controlar. É a natureza a chamar a si o comando das operações. É o universo a expandir-se.

quinta-feira, março 08, 2007

dia mundial da mulher


Durante séculos, o papel da mulher incidiu sobretudo na sua função de mãe, esposa e dona de casa.
Ao homem estava destinado um trabalho remunerado no exterior do núcleo familiar.
Com o incremento da Revolução Industrial, na segunda metade do século XIX, muitas mulheres passaram a exercer uma actividade laboral, embora auferindo uma remuneração inferior à do homem. Lutando contra essa discriminação, as mulheres encetaram diversas formas de luta na Europa e nos EUA.

LENDA E
REALIDADE

A lenda do Dia Internacional da Mulher como tendo surgido na sequência de uma greve, realizada
em 8 de Março de 1857, por trabalhadoras de uma fábrica de fiação ou por costureiras de calçado - e que tem sido veiculada por muitos órgãos de informação - não tem qualquer rigor histórico, embora seja uma história de sacrifício e morte que cai bem como mito.
Em 1982, duas investigadoras, Liliane Kandel e Françoise Picq, demonstraram que a famosa greve feminina de 1857, que estaria na origem do 8 de Março, pura e simplesmente não aconteceu (Se consultarmos o calendário perpétuo e digitarmos o ano de 1857, poderemos verificar que o 8 de Março calhou a um domingo, pelo que nunca poderia ter ocorrido uma greve nesse dia de descanso semanal), não vem noticiada nem mencionada em qualquer jornal norte-americano, mas todos os anos milhares de orgãos de comunicação social contam a história como sendo verdadeira («Uma mentira constantemente repetida acaba por se tornar verdade»).

Verdade é que em 1909, um grupo de mulheres socialistas norte-americanas se reuniu num "party’, numa jornada pela igualdade dos direitos cívicos, que estabeleceu criar um dia especial para a mulher, que nesse ano aconteceu a 28 de Fevereiro. Ficou então acordado comemorar-se este dia no último domingo de Fevereiro de cada ano, o que nem sempre foi cumprido.
A fixação do dia 8 de Março apenas ocorreu depois da 3ª Internacional Comunista, com mulheres como Alexandra Kollontai e Clara Zetkin. A data escolhida foi a do dia da manifestação das mulheres de São Petersburgo, que reclamaram pão e o regresso dos soldados. Esta manifestação ocorreu no dia 23 de Fevereiro de 1917, que, no Calendário Gregoriano (o nosso), é o dia 8 de Março. Só a partir daqui, se pode falar em 8 de Março, embora apenas depois da II Guerra Mundial esse dia tenha tomado a dimensão que foi
crescendo até à importância que hoje lhe damos.
A partir de 1960, essa tradição recomeçou como grande acontecimento internacional, desprovido, pouco e
pouco, da sua origem socialista.

Tivémos e temos em Portugal grandes mulheres que se notabilizaram no mundo das letras e das artes. Estes são apenas 9 nomes, porque o espaço não permite muito mais.






(Texto e fotos de "o
Leme.pt")


POESIA QUE A MULHER FAZ


SETE LUAS

Esta noite sete luas,
sete luas cheias,
rolaram juntas nos céus.
Dançaram nuas
sem pudor nem véus.
Vieram as estrelas,
as fadas e os anjos
deram-se as mãos
e fizeram roda
à roda da lua
sete vezes branca.
Vem, meu amor,
escuta seu canto.

(Eugénia Tabosa )


À VIDA

É vão o amor, o ódio, ou o desdém;
Inútil o desejo e o sentimento...
Lançar um grande amor aos pés de alguém
O mesmo é que lançar flores ao vento!

Todos somos no mundo "Pedro Sem",
Uma alegria é feita dum tormento,
Um riso é sempre o eco dum lamento,
Sabe-se lá um beijo de onde vem!

A mais nobre ilusão morre... desfa-se...
Uma saudade morta em nós renasce
Que no mesmo momento é já perdida...

Amar-te a vida inteira eu não podia,
A gente esquece sempre o bom de um dia.
Que queres, meu Amor, se é isto a vida!

(Florbela Espanca )



SEM TI

Não quero viver
sem ti
mais nenhum tempo

Nem sequer um segundo
do teu sono

Encostar-me toda a ti eu não invento
Tu és a minha vida o tempo todo

(Maria Teresa Horta)


COMO TE AMO?

Como te amo? Deixa-me contar de quantas maneiras.
Amo-te até ao mais fundo, ao mais amplo
e ao mais alto que a minha alma pode alcançar
buscando, para além do visível dos limites
do Ser e da Graça ideal.
Amo-te até às mais ínfimas necessidades de todos
os dias à luz do sol e à luz das velas.
Amo-te com liberdade, enquanto os homens lutam
pela Justiça;
Amo-te com pureza, enquanto se afastam da lisonja.
Amo-te com a paixão das minhas velhas mágoas
e com a fé da minha infância.
Amo-te com um amor que me parecia perdido - quando
perdi os meus santos - amo-te com o fôlego, os
sorrisos, as lágrimas de toda a minha vida!
E, se Deus quiser, amar-te-ei melhor depois da morte.

(Elizabeth Barrett Browning )

segunda-feira, março 05, 2007

desafio

Fui desafiado pela Paula Raposo e, embora não alinhe muito nestes desafios, não pude recusar este.

1 - Altura? 1,70 m.
2 - Que sapatos estás a usar? Ténis.
3 - Medo? Tento controlá-lo e ser mais forte que ele.
4 - Objectivos a alcançar? Não alcancei o último; agora não tenho nenhum.
5 - Frase que mais usas no messenger? Força!!!.
6 - Melhor parte do corpo? Não sei, talvez os olhos.
7 - Palavrões? Não costumo utilizar, mas às vezes apetecia...
8 - Lado da cama? O lado esquerdo.
9 - Tomas banho todos os dias? Só no Verão!
10- Gostas de toalhas quentes? Não.
11- Ursinhos de pelúcia? Sim, se forem fofinhos.
12- Acreditas em ti mesmo? Acredito em mim, na minha verdade interior e no Deus do meu entendimento.
13- Dás-te bem com os teus pais? Dava-me muito bem. Estão ambos com Deus.
14- Gostas de tempestades? Não gosto.
15- Desporto? Gosto de ver futebol e, se tiver companhia, qualquer um outro.
16- Passatempos e hobbies? Ler, escrever, cinema e... passear por outras terras, desde que tenha companhia.
17- Fobias e manias? Fobias, não; tenho manias, certamente, mas não acho que sejam relevantes.
18- Quantas vezes o teu nome apareceu nos jornais? Algumas vezes, no jornal do Quartel onde fiz tropa.
19- Cicatrizes no corpo? Uma pequenina, no pescoço, duma operaçãozita.
20- De que te arrependes de ter feito? Não estou arrependido das acções que pratiquei. E algumas alteraram por completo a minha vida.
21- Cor favorita? O azul e o verde.
22- Um lugar em que nunca estiveste e gostarias de ir? Certamente muitos. Mas sozinho não me apetece e nem penso nisso...
23- Manhãs ou noite? São diferentes. Acho as noites mais confortáveis.
24- O que tens nos bolsos? Um lenço.
25- O que farias se fosses Primeiro Ministro? Faria Portugal dar uma volta de 180 graus!
26- Se ganhasses o Euro Milhões que farias ao dinheiro? Se fosse muito dinheiro, ia ficar com muito pouco para mim!
27- Se te caísse a lâmpada de Aladino o que farias? Que desejos pedirias? Ia ter uma conversa pessoal com Deus e voltava.
28- Se o mundo acabasse hoje às 23h59m que farias até lá? Nada de especial. Procurava agarrar a minha consciência e estar o mais possível presente no que iria acontecer.
29- Se tivesses um filho sem saber como, sem razão nenhuma, que farias?
Não percebi a pergunta. Se quisesse ter um filho duma mulher que o quisesse também, tê-lo-ia, e ponto final.

Agora, tenho que escolher alguém?...

Porque não
a Elsa,
a Broken ,
a Lena
a Jonice
a Fanny
e a Ni ???...

sábado, março 03, 2007

o hino dos céus


Ouvi o sabor da brisa no ar
dancei as cantigas que agitam os ramos
e pulei os degraus
que escondem a erva húmida
rumo ao arco e ao sino
que lá em cima
esperam a fantasia de luz
para a festa da noite

Fantasia dos sonhos rebeldes
degraus de pedra
que um dia fizeram delírios
de corpos nus
quentes de afecto
escondidos das vistas
fundidos no escuro
embalados pelo cair da folhagem
ligeira
outonal
silenciosa

Há dias em que
a luz tremula na sombra
e com ela desenha
outros jogos de amor

Longe das multidões
na quietude altiva
duma forma nova de ser
sabe bem ser luz
de entre a noite
e ouvir o verde da esperança
cantar o hino dos céus

(Amaral Nascimento)

quinta-feira, março 01, 2007

uma brisa suave


Sento-me na areia, encostado às paredes da fortaleza.
Na minha frente, o mar, só o mar.
Lá no alto, o Sol, só o Sol.
E as nuvens, em flocos brancos, adelgaçados uns, mais compactos outros.
Fecho os olhos e tento desprender-me do que me envolve. A luz do sol entra-me pelos olhos fechados, pela pele do corpo. A voz do mar soa no fundo, fala-me do que não vejo. Ouço o respirar tenuamente e cantam os dois, em uníssono. Uma brisa suave passa por mim, único afago exterior que me traz de volta.
O peito já não bate descompassado.
O ar quente reparte-se e reflecte-se no rosto das poucas pessoas que se aproveitam da tarde soalheira.
O horizonte, longo e distante, marcado numa linha quase perfeita, lembra-nos a curvatura da Terra, como uma bola enorme, redonda.
As ondas, sem cansaço, cintilam de vida, como pirilampos de luz.
Este é o Agora.
O Agora que apreendo e sinto.
O Agora que vê partir da praia um pequeno barco de pesca; que vê uma criança rebolar-se na areia; que acena a três turistas que se deixam "apanhar" pelas ondas que rebentam aos pés; que encanta o azul do céu com o rasto deixado por um avião que passa; que se delicia com o planar duma gaivota que completa o quadro do artista imaginário.
Sob a escadaria, ali perto, o poema adormece no sol que se põe:


"Canta suavemente a água, sob as quilhas,
com um vago rumor, cetinosa e azul,
as líquidas canções, as finas baladilhas
deste mar sonhador, do meigo mar do Sul."

(poema de João Lúcio)