Lisboa,

quarta-feira, agosto 31, 2011

kant

"Age de tal maneira que o motivo que te levou a agir possa ser convertido em lei universal."

A teoria ética de Kant oferece-nos um princípio da moral que deve poder ser aplicado a todas as questões morais. Kant enuncia-o de diferentes maneiras com o objectivo de esclarecer as suas implicações. Partiremos de um caso simples, de senso comum, para esclarecer essas diferentes formulações:

Silva reparou que uma pessoa que saía da sua pequena loja deixou cair uma nota de 50 €. Apanhou-a e ... que fez?

Avaliemos três decisões possíveis de Silva:

a) Ficou com os 50 €.

b) Devolveu os 50 € para ficar bem visto e ganhar reputação de honesto.

c) Devolveu os 50 € pelo simples facto de pertencerem ao cliente.


O princípio da universalidade

A teoria moral de Kant concilia a ideia de que os deveres morais são criações dos indivíduos e a ideia de que a moral é universal, comum a todos. Esta ideia pode surpreender-nos: não é verdade que "cada cabeça, cada sentença"?

A acção correcta é decidida pelo indivíduo quando adopta uma perspectiva universal. Como? Abstraindo dos seus interesses, a pessoa pensará como qualquer outra que também faça abstracção dos seus interesses adoptando, portanto, uma perspectiva universal.

Regressa ao exemplo dado e verifica que qualquer pessoa que abstrai dos seus interesses e pensa imparcialmente faz o mesmo: é honesta e devolve os 50 €. Aplica a mesma ideia a deveres morais comuns como "Cumpre as promessas", "Paga o que deves", "Sê leal", "Não roubes" e verifica, com Kant, que só o interesse e a parcialidade do agente podem levar à violação de tais regras ou deveres morais. Eliminada a parcialidade, pensamos segundo uma perspectiva universal e aprovamo-las. Kant exprimiu esta ideia numa fórmula conhecida por princípio da universalizabilidade:

"Age apenas segundo uma máxima tal que possas querer ao mesmo tempo que se torne lei universal."

Uma máxima é uma regra que deve valer para certos tipos de acção e será moral ou imoral consoante esteja ou não de acordo com o princípio moral, que é uma regra que deve valer para todas as acções. A máxima da acção a) poderia enunciar-se assim "Se isso servir os teus interesses, não devolvas dinheiro ao seu dono." Poderia Silva querer que ela fosse universalmente acatada? Não, porque a obediência universal a tal regra criaria um estado de coisas terrível em que mesmo os seus interesses acabariam por ser lesados ... Tenta transformar outras violações dos deveres em máximas e pergunta se podes querer que todos as cumpram. Pode o ladrão querer que todos roubem quando a oportunidade surge? Podes querer que todos façam promessas sem a intenção de cumprir?


O princípio da autonomia

Se juntares agora o princípio da universalizabilidade e o esclarecimento da origem dos deveres, compreenderás a ideia surpreendente de Kant de que nas decisões morais nós somos legisladores criando regras válidas para todos os seres racionais.

Esta ideia também pode parecer estranha porque nos parece que os deveres não estiveram à nossa espera para serem criados. Pensamos que são as tradições que constituem listas de deveres apoiadas em sistemas de punições e recompensas. Mas, aceitar esta teoria implica afirmar que a acção c) é impossível porque, nesse caso, Silva só poderia agir por causa do seu interesse em evitar punições ou de ser recompensado e, em consequência, a nossa aprovação moral de c) não teria sentido. Se aceitarmos os princípios já expostos, conclui Kant, aceitamos que em cada juízo ou decisão moral, o sujeito determina o dever. O facto de esses deveres coincidirem com alguns dos deveres tradicionais explica-se pela universalidade da razão. Kant sublinhou esta ideia de autonomia do sujeito em outras fórmulas do princípio moral:

"Age como se a máxima da tua acção se devesse tornar, pela tua vontade, em lei universal da natureza."

"Age ... de tal maneira que a vontade pela sua máxima se possa considerar a si mesma ao mesmo tempo como legisladora universal."

A fórmula da universalizabilidade ainda poderia sugerir que quando decide moralmente, o sujeito escolhe entre máximas que ele não criou mas que já estão disponíveis. A novidade mais notória destas fórmulas está no facto de acentuarem a autonomia do sujeito: o sujeito deve obedecer apenas a regras que criou, ao mesmo tempo, para si mesmo e para todos os seres racionais.

O princípio do respeito pela pessoa

Perguntemos como é que, em cada um dos casos a), b) e c), as pessoas são tratadas.

Em a), Silva usou o outro como meio, como se a outra pessoa fosse uma coisa ou instrumento, para o aumento directo da sua fortuna. Em b), Silva usou a outra pessoa como meio de marketing e propaganda. Nestes dois casos, ao mesmo tempo que usou a outra pessoa apenas como meio, Silva usou-se como meio, abdicando da sua autonomia para favorecer impulsos e interesses que o escravizam. Que quer dizer "usar-se como meio"? Silva é uma pessoa, um ser autónomo. O que constitui esta pessoalidade ou autonomia é a capacidade de pensar e decidir por si. Mas nos casos a) e b) usou estas capacidades para servir fins ditados pelo interesse. Usar-se como meio é usar a sua autonomia para a perder.

Em c), Silva não tratou a outra pessoa como meio, tratou-a como sendo um fim. Devemos esclarecer esta ideia.

Se a devolução dos 50€ não visou servir qualquer interesse, então para quê fazê-lo? Qual é a sua finalidade? A finalidade, já vimos, foi a de cumprir o dever pelo dever. Mas isso, também já vimos, é, ao mesmo tempo, definir a única legislação adequada a qualquer a pessoa, ou seja, a todo o ser racional, capaz de ultrapassar interesses para pensar e decidir por si. Assim, cumprindo o dever que deu a si mesmo, Silva respeita todos os seres racionais, incluindo, claro, tanto o próprio Silva como a pessoa do seu cliente. O mesmo seria dizer que respeitando a pessoa do seu cliente, Silva respeita-se e respeita todos os seres racionais, tomando-os como fins da sua acção.

Kant sintetizou o seu pensamento em outra fórmula:

"Age de tal maneira que uses a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre e simultaneamente como fim e nunca apenas como meio."

Nota que a fórmula não proíbe as pessoas de serem meios umas para as outras, porque se o proibisse, proibiria qualquer prestação de serviços. A lei moral não proíbe Silva de usar os seus clientes para prosperar, mas se Silva enganar nos preços e não devolver dinheiro esquecido pelos clientes, está a tratá-los apenas como meios, instrumentos ou objectos.

(Júlio Sameiro, 2006)

segunda-feira, agosto 29, 2011

o ponto de contacto


"Podia ver que tudo o que fizera provinha de um sentimento guiado de verdade e que eu viera ao mundo para o revelar. Mas podia notar também que a minha verdade fazia parte de uma outra maior e oculta, de um plano para toda a criação.
Este reconhecimento guindou-me a outra abertura emocional ainda maior. O amor e o sentimento eufórico de estar em casa, imerso num universo com uma finalidade mais elevada, continuavam presentes. Mas, juntamente com eles, surgia um sentimento profundo de "agradecimento" por essa Ligação e apoio. Era como, de súbito, compreender que alguém, ou um grupo qualquer, estivera sempre atrás de nós, sem que disso nos apercebêssemos plenamente -e,agora, saíam todos, subitamente, a saltar da cortina, ao mesmo tempo, gritando: "Surpresa!"
Só que era mais profundamente sincero do que isso. Compreender, nesse nível de iluminação, que fazia parte de algo mais amplo e mais antigo era quase esmagador no seu impacto.
E ali, naquele momento de agradecimento, parecia acontecer algo mais. Estava a sentir uma espécie de ponto pessoal de Ligação donde emanavam o amor e a pertença. De que se tratava? Quando tentava analisá-lo, desaparecia, pura e simplesmente. Todavia, quando me concentrava em sentir o amor, o bem-estar e a gratidão, ele voltava. Era como se esta última fechasse de alguma forma um circuito de Ligação e trouxesse para mais perto o ponto de contacto.
Durante muito tempo, deixei-me ficar ali sentado, sentindo mais ou menos tudo ao mesmo tempo, a percepção exacerbada, o amor e o bem-estar, com a sensação de que há um plano para o qual estamos todos a ser guiados e, finalmente, aquele ponto de Ligação fugidio que não conseguia compreender. Não queria mexer-me."

(James Redfield in A décima segunda revelação)

sábado, agosto 27, 2011

se eu quiser falar com deus




SE EU QUISER FALAR COM DEUS
Gilberto Gil
1980

Se eu quiser falar com Deus
Tenho que ficar a sós
Tenho que apagar a luz
Tenho que calar a voz
Tenho que encontrar a paz
Tenho que folgar os nós
Dos sapatos, da gravata
Dos desejos, dos receios
Tenho que esquecer a data
Tenho que perder a conta
Tenho que ter mãos vazias
Ter a alma e o corpo nus

Se eu quiser falar com Deus
Tenho que aceitar a dor
Tenho que comer o pão
Que o diabo amassou
Tenho que virar um cão
Tenho que lamber o chão
Dos palácios, dos castelos
Suntuosos do meu sonho
Tenho que me ver tristonho
Tenho que me achar medonho
E apesar de um mal tamanho
Alegrar meu coração

Se eu quiser falar com Deus
Tenho que me aventurar
Tenho que subir aos céus
Sem cordas pra segurar
Tenho que dizer adeus
Dar as costas, caminhar
Decidido, pela estrada
Que ao findar vai dar em nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Do que eu pensava encontrar


quinta-feira, agosto 25, 2011

sem barreiras




terça-feira, agosto 23, 2011

olhos guerreiros




Nesses lábios vermelhos de carmim
imaginei os meus, tremendo e gemendo...
Um frio gélido gritou no escuro
dum olhar fechado e recém-nascido,
e uma espada cruzou os céus
no seu destino calculado e inevitável...
O tempo voou e parou
e a tua boca fez-se vulcão,
insuspeita, atordoada,
mas quente e quieta...
Os lábios sensuais
ficaram macios,
a tez bronzeada
brilhou com mais luz,
e uns olhos guerreiros
soltaram a chama
duma vida nascida na estrela mais longínqua...
Não sei se me viste,
se o teu olhar me olhou,
se as narinas me sentiram
ou se os teus lábios me ergueram
do inferno gelado que me afundara...
Só sei que o mundo se curvou
e nos versos soltos dum desejo,
vi o teu rosto vibrar,
como se uma vida gigante
fizesse daquele momento
o beijo que me ias dar...


(Amaral Nascimento)


domingo, agosto 21, 2011

quando o sino tocar



O Agora está repleto de adeus. Uns atraem-nos, outros não! Alguns não são sequer despedidas. São profundas chegadas. São brisas aquecidas pelo respirar dos anjos.
Mesmo que chova lá fora, o sol sempre brilha nalgum cantinho do nosso ser.
Há sempre sol nos sentimentos que brilham de bem-estar. Há sempre sol nos silêncios que não afligem. Naqueles silêncios que são aconchegos, que são doce colo de ventura.
Quando o sino tocar sei que a festa se coloriu de sonhos. Chegam arco-iris de todos os reinos.
Mas o teu é o mais deslumbrante, porque é feito de murmúrios e carinhos desenhados em pedaços de suaves silêncios...
É do céu que te contemplo e te abraço.
E neste teu aconchego, enrosco-me nas tuas palavras, tão ternas e tão sentidas...
Aquelas que mais do que nunca, me trazem tranquilidade, preenchimento e felicidade.
Se eu fosse um anjo não hesitaria em escolher-te para ser a tua protecção...
Talvez seja a tua alma gémea que faz estas vibrações parecerem tão íntimas e aproximadas...
Talvez os nossos caminhos tenham sido idealizados no comum convívio do amor absoluto...
Isso é belo de sentir...
Quando fôr dar o passeio celeste e olhar para trás, vais sentir que o meu olhar pousou no teu...

sábado, agosto 20, 2011

weo consulting


Facturação grátis on-line?... Qualquer pesquisa no google garante meia dúzia de respostas, com alguma facilidade. O mais importante e o mais difícil, porém, é encontrar o IDEAL, o verdadeiramente GRATUITO e o verdadeiramente EFICAZ.
O sítio certo é este: WEO CONSULTING!
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sexta-feira, agosto 19, 2011

stay in bed


Stay in bed all day with the person you love.

Imagine! Inove! Crie! Desperte para um outro olhar!

Se continuar a fazer o que sempre fez, vai continuar a receber o que sempre recebeu!

quarta-feira, agosto 17, 2011

love is


segunda-feira, agosto 15, 2011

poderias ouvir-me


Tacteio, num sentido teu,
em minúsculos gestos que se soltam de mim...
Toco, de olhos fechados,
o teu silêncio que me chega e me preenche..
Ouço o que não me dizes
e vejo o que não me mostras.
Que estranha forma do universo se abrir!
Vou falar às estrelas e dormir o silêncio com elas.
Vou procurar a lua cheia para que ela me encante de amor.
Busco o horizonte, relembro o mar
e eles enfeitam-me com asas de sonho
e murmúrios despejados em ondas salgadas...
Porque eu sei que poderias ouvir-me...
se deixasses a brisa trazer-te até mim...

sábado, agosto 13, 2011

bordão de ajuda



Nem sempre os fragmentos se manifestam naquela explosão de vida que imaginamos.
Mas as estradas de quem se ama caminham o mesmo caminho, e nem a poeira do tempo os faz desviar do seu destino.
Quem ama reconhece-se nos versos da poesia que geme, nas palavras que se buscam, na mão que aperta como um bordão de ajuda mútua.
A brisa não confunde os olhares, apenas clarifica a esperança e o desejo comum.
Neste tempo que se estende por entre folhas ressequidas, as cores unem-se numa só, ainda que mais cinzenta e mais curta.
Mas, guardada junto ao peito, está a força intemporal, promessa de reencontros, certeza de voos que só acontece em sonhos...



quinta-feira, agosto 11, 2011

idade para amar



terça-feira, agosto 09, 2011

vem


Anda, sorri pra mim,
e vem!
Vem sonhar o sopro
do meu sonho,
nadar no gosto do meu riso
beber o sumo
do meu corpo,
como se fosse o paraíso...


domingo, agosto 07, 2011

verdades imaginadas


Por vezes, o que desejamos não é possível transpôr para a verdade física, por motivos vários. As pinturas que imaginamos criam o tapete ilusório e mágico da nossa existência.
E nem sempre as podemos observar com a profundidade necessária à sua materialização...
O mural está repleto, está cheio com desejos enormes, loucas fantasias, sentimentos vários... e nele cabe sempre mais um pensamento, mais uma palavra ou um verso...
Um dia, "alguém" passará pelo mesmo local, deslumbrar-se-à com tanta ternura, tanta poesia de vida... que a vai agarrar para a sua realidade, para tornar expresso para ele aquele momento particular...
Nada do que fazemos se perderá, portanto!...
Isso é bom de saber ou, pelo menos, de imaginar que possa ser verdade...


sexta-feira, agosto 05, 2011

destino e livre-arbítrio


Da mesma forma que a alma faz uma recapitulação no fim de uma vida, também parece fazer uma previsão da vida antes de nascermos. Ela planta a vida. Eu vou trabalhar na compaixão, ou na empatia, ou na não-violência, por exemplo. Ela vê como a vida está organizada, quem vamos conhecer, quem irá ajudar-nos ao longo do caminho espiritual e como vamos nós ajudá-los. (É complicado porque existe uma interacção com outras almas, e elas também têm os seus planos.) As pessoas que conhecemos e as experiências que são organizadas ajudam-nos a aprender - isto é o destino.
Passo a explicar! Você conheceu uma pessoa linda e a sua previsão de vida planeava que passassem o resto das vossas vidas juntos, aprendendo juntos, ajudando-vos um ao outro à medida que progrediam em direcção à imortalidade. Mas a pessoa pretence à religião errada ou vive demasiado longe, ou os seus pais interferem, ou você não tem coragem para ignorar a influênciaq da sua cultura, portanto decide não casar com essa pessoa nem espiritual nem fisicamente. Isto é o livre-arbítrio. Você tinha uma escolha e, livremente feita, a escolha foi não. A escolha irá levá-lo até um ponto do destino que poderia não ter surgido se a sua escolha tivesse sido sim. É assim que alteramos o nosso futuro nesta vida.
Se conhecer uma pessoa e casar, será levado para um caminho que escolheu através do seu livre-arbítrio, e ele irá afectar o resto desta vida e as suas vidas futuras. Se escolher separar-se, vai estar num caminho diferente e pode estar a aprender lições diferentes. Pode conhecer outra alma gémea ou ter uma experiência diferente.Vai trabalhar primeiro ne empatia, digamos, em vez de na não-violência. As questões mais importantes são as que se referem à rapidez com que vai aprender e à quantidade de felicidade, espiritualidade, tranquilidade e afins que vai ter na sua vida.
As respostas dependem em grande parte do seu livre-arbítrio.

(Brian Weiss in Muitos corpos, uma só Alma)

quarta-feira, agosto 03, 2011

sem retorno



sumiste na sombra
foi triste foi fado
ri com os teus olhos
sem os ter encontrado




segunda-feira, agosto 01, 2011

vou perguntar ao sonho



Quando um dia sonhar contigo, vou perguntar ao sonho quem sou eu,
e dizer-te bem alto as palavras que ele contou...
Dizer-te que os sonhos aconchegam
e falam a fala que só eles entendem!
E que as verdades, aquelas que nos limitam,
nunca são demasiadas, para que nos impeçam de ver a luz!
E que as asas,
essas,
permanecem sempre abertas,
para o tal voo em direcção ao horizonte
e ao descobrimento de emoções verdadeiras,
alimento da alma e da mente!
Talvez, quando um dia sonhares comigo,
descubras o Deus que está em ti
e encontres a resposta que Ele te deu
quando sorriu ao Deus
que habita em mim...