Lisboa,

sábado, março 31, 2012

ao acaso

Caminhando, absorto, pelas aberturas da floresta escura, já noite na vida e o peso do passado já longo, destapando uma luz desconhecida e brilhante... contemplei e li, desenhado em cada folha...

domingo, março 25, 2012

Aljustrel



Está dentro do distrito de Beja e é sede de um município com 455,66 Km2.
Quando saí de Aljustrel para enfrentar a vida numa capital desconhecida, este concelho alentejano tinha mais de 18 mil habitantes. Hoje terá pouco mais de 9 mil.
É uma vila encantadora, comparada com centenas de outras que se dispersam pelo País.

A pesquisa arqueológica indica que a ocupação humana do sítio do Castelo de Aljustrel remonta à pré-história (c. 5.000 anos AP), durante a Idade do Cobre. Adquiriu importância à época da Invasão romana da Península Ibérica, graças à exploração dos minérios de cobre, prata e ouro na região, cujo centro era a povoação de Vipasca. Posteriormente, quando da ocupação muçulmana, a povoação existente recebeu o nome de Al-lustre, sendo defendida, a partir do século X por uma fortificação erguida em taipa.

À época da reconquista cristã da Península Ibérica, a povoação e o seu castelo foram conquistados pelos cavaleiros da Ordem de Santiago da Espada, sob o comando de D. Paio Peres Correia (1234). Como reconhecimento pelos serviços prestados dilatando e defendendo as fronteiras ao sul do país, o rei D. Sancho II (1223-1248) fez a doação dos territórios dos actuais Concelhos de Aljustrel, Beja, Ferreira do Alentejo, Castro Verde, Odemira, Ourique e Santiago do Cacém àquela Ordem de Cavalaria.

O seu sucessor, D. Afonso III (1248-1279) outorgou Carta de Foral a Aljustrel (1252), confirmado por D. Manuel (1495-1521) (Foral Novo, 1510).

No século XIX, com a reestruturação dos concelhos (1855), Aljustrel absorveu o antigo Concelho de Messejana.



Recentemente classificados como Imóvel de Interesse Público (Decreto 26-A/92, de 1 de Junho de 1992), os vestígios do castelo consistem em pequenos troços das fundações em alvenaria de pedra e das muralhas em taipa (a noroeste e sudeste), e em troços de muralhas de taipa, de origem islâmica, na face exposta a nordeste. O muro que fecha a escadaria monumental foi assente, em parte, nas estruturas do castelo, evidenciando-se ainda os troços de uma provável torre a sudeste.

(Notas retiradas da Wikipédia)





sexta-feira, março 23, 2012

a beleza da polinização

Não são necessárias quaisquer palavras! Apenas ver, apreciar... e reflectir.
A Vida "esconde" da nossa vista habitual estas pequenas maravilhas.
São estas pequenas pérolas que nos permitem olhar a Natureza com outro respeito. Com muito respeito e admiração.




segunda-feira, março 19, 2012

outro dia


Eles ficaram assim. Contentes, felizes, juntinhos como não podem fazer muitas vezes...
O mais pequerrucho veio fazer uma visitinha e afirmar que está a crescer todos os dias.
É o futuro a rir e a reclamar a sua presença.
São eles que nos fazem sorrir e nos fazem sentir a paz.
A minha missão está cumprida!

sexta-feira, março 16, 2012

porquê?




ANJOS - Porquê?

Nunca, nunca mais chega a noite
Em que te vou despertar
Nunca mais vou poder esperar
E então ver-te sorrir
Nunca mais este amor eterno poderá me tornar
No calor do teu inverno
Que te aquece a dormir
Eu quero as palavras que me tocam
E me dizem que sem mim não és feliz
Suave, a tua voz tão suave

Porquê te arrancaram de mim, assim?
Diz-me porquê, se te esqueceste ou não de mim
Porquê, não somos imortais?
Porquê? Pergunto
Não posso mais, eu não posso mais

Guarda no teu peito a chama
Onde irás sempre ouvir
A voz de quem te ama
E que te quer sentir
Eu quero o teu corpo que me enche
Que me enche e que eu só quero tocar
Suave, a tua pele tão suave

terça-feira, março 06, 2012

lembrar-te

Lembrar-te é...
... sonhar e...
sentir um vazio
no peito...


quinta-feira, março 01, 2012

experiências


"Há cada vez menos coisas que me fazem realmente feliz. Muito daquilo que antes me tocava profundamente, ou me entusiasmava extremamente, hoje em dia quase que me aborrece. Ao mesmo tempo, há acontecimentos que antigamente me irritavam e que também se tornam indiferentes para mim. É como se vivesse cada vez mais por detrás de uma espécie de carapaça de falta de interesse. Quando observo isto assim, receio tornar-me depressivo e duvidar do sentido de tudo.

Quanto mais o caminho da nossa alma avança através de uma das nossas últimas incarnações humanas, mais as forças que nos prendem ao mundo se soltam. Um dos canais que nos ligam especialmente ao mundo material é o nosso corpo, com as experiências dos seus sentidos, as "sensações corporais".
Amamos este mundo e gostamos de aqui estar, porque temos experiências positivas. "Boas experiências" criam boas sensações. São "percepções sensoriais agradáveis", ou seja, boa comida e bebida, aromas sedutores de flores ou perfumes, boas sensações corporais, tais como no desporto, com medidas de bem-estar ou na sexualidade, impressões bonitas para os olhos, tais como paisagens, obras de arte ou filmes, experiências auditivas maravilhosas, tais como música ou conversas construtivas... tudo isto são experiências sensoriais agradáveis que nos ligam ao mundo material.
Perto do final da nossa longa viagem através de muitas vidas, a nossa alma estará quase a abandonar este mundo material para sempre. Então, talvez nos apercebamos de que algumas percepções sensoriais enfraquecem. Aquilo que antes tinha para nós um sabor tão intenso, ou nos dava tanto prazer, perde cada vez mais intensidade. A música que antes apreciávamos pode aborrecer-nos. As conversas e as opiniões que antes conduzíamos ou perseguíamos com paixão tornam-se indiferentes. Ocupações de tempos livres que tínhamos, até então, perdem o seu encanto e, mesmo, a sexualidade, que até então era tão fascinante, pode parecer-nos cada vez menos satisfatória. Onde antes sofríamos e sentíamos solidariamente, parece hoje ter-se perdido a ligação. Como se uma parede invisível nos impedisse de sentir. O nosso sentir altera-se, porque no nosso sistema já não há mais nenhuma ressonância para com o respectivo tema. Ele foi vivido e encerrado. Quando olhamos para trás e comparamos o ontem com o hoje, apercebemo-nos de muitas daquelas fases da mudança.
Nenhuma está errada. Tem de ser assim, se não, não poderíamos prosseguir a viagem. Se não, o "prazer nas coisas" continuaria a prender-nos ao mundo material."


(Ruediger Schache in O segredo de Deus)