Lisboa,

terça-feira, janeiro 11, 2005

serenidade

Neste meu deambular bloguista, cabe bem esta, porque não é inventada!
Uma manhã, acabara de acordar e decidi ficar mais uns minutinhos no quentinho da cama. Estava sozinho quando, repentinamente, senti a presença de "alguém" a meu lado. Quiz despertar, abrir os olhos, mexer-me, mas não conseguia. Os olhos estavam cerrados, os músculos dos braços não obedeciam e um medo apoderou-se de mim. Sentia a presença tão perto de mim, como se estivesse a um palmo. Quando, a muito custo, consegui abrir os olhos e voltar-me na cama, verifiquei que não havia ali ninguém.
Não passara duma sensação estranha ou dum sonho fugaz...
Deixei-me ficar. Não sei por quanto tempo.
No "instante seguinte", tornei a sentir exactamente a mesma coisa. Pareciam passos, parecia um respirar, uma presença a aproximar-se da cama...
Serenei. Deixai-a vir. Afastei o medo. Calmamente, senti que algo se aproximou, envolveu-me, rodeou-me e "encheu-me". Assim mesmo! Não ofereci qualquer resistência. Depois, num lado vi uma labareda, no outro lado uma luzinha mais pequena.
Quando abri os olhos, não estava certo que tivesse acontecido um simples sonho. Fiquei a pensar na serenidade que se apossara de mim, mas não estava seguro do seu significado. Mas foi assim!...



Não sei quantos dias depois, algo aconteceu de semelhante. O curioso e a satisfação de tudo isto, é a constatação de que voltei a não ter medo. Quando se aproximou a sensação de que algo estava a acontecer, aceitei e esperei. E desta vez, tive a felicidade de "receber" um grupo de crianças, que brincaram entusiasmadas na minha cama, com objectos e brinquedos que não recordo, mas que partilharam comigo em sã comunhão.
Deliberadamente, agarrei um brinquedo, fechei-o na mão e guardei-o, como prova do que estava a acontecer, quando fosse acordar.
E acordei. Só que na minha mão nada existia e no quarto e na cama não estava mais ninguém, a não ser eu e só eu!...

1 Comentários:

At março 15, 2005 2:58 da manhã, Blogger Amaral diz...

Savana: Sobre a pergunta "Será que você é?" eu somente sei que esta vida terrena dá-nos a oportunidade de nos lembrarmos "quem somos"!
O pacto que fizémos com Deus, esquecendo a verdade de quem somos para tomarmos este corpo terreno, leva-nos a viver a ilusão para podermos evoluir.
Esta busca "daquilo que somos" está permanentemente no nosso caminho e permanece presente enquanto jogamos o "jogo divino" no palco deste mundo terreno.

 

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