a quem não aconteceu já?
"Vais a descer a rua e encontras uma velhota a pedir esmola. Percebes logo que é uma sem-abrigo e que vive da caridade. Sabes, de imediato, que por pouco dinheiro que tenhas tens certamente o suficiente para partilhar com ela. O teu primeiro impulso é dar-lhe umas moedas. Uma parte de ti mesmo até está disposta a meter a mão no bolso para tirar uma notazinha - uma de um ou mesmo de cinco dólares. Que se lixe, mostra-te generoso para com ela. Dá-lhe uma alegriazinha. Depois entra o pensamento. O quê, estás maluco? Só temos sete dólares para nos aguentarmos todo o dia! Queres dar-lhe cinco? Começas portanto a hesitar por causa disso.
Outro pensamento: Eh, lá, que é isso? Não estás assim tão abonado que possas desbaratar a massa! Vá lá, dá-lhe umas moedas e põe-te a andar.
Rapidamente, enfias a mão no outro bolso à procura de moedas. Os teus dedos só tacteiam moedas pequeninas. Ficas envergonhado. Um homem bem vestido, bem alimentado, e só vais dar umas moeditas a essa pobre mulher que não tem nada.
Bem tentas lá encontrar uma ou duas de vinte e cinco cêntimos. Ah, lá está uma mesmo no fundo do bolso. Mas nessa altura já passaste por ela com um sorriso contristado e é tarde de mais para voltar atrás. Ela não ganha nada."
(Neale Donald Walsch - CCD)
3 Comentários:
Acontece tanto! Às vezes volto, às vezes não.
Em toda parte do mundo existem pessoas que precisam pedir. Isto me deixa danada da vida. Tem certos momentos em que penso linearmente, sem me aprofundar nos aspectos de causa e efeito. Nestes momentos acho a vida neste planeta um inferno. Não parece um inferno algumas pessoas precisarem se humilhar para ter o mínimo?
O tanto que já me zanguei com Deus...
Savana
Também houve um tempo em que pensava assim: tanta miséria neste mundo, tanta guerra, tanto sofrimento... Porquê?
Hoje, não duvido da justiça nem dos propósitos divinos!
Nada acontece por acaso, quando tudo é perfeito!
Quanta gente PROCURA verdadeiramente um pedinte a quem dar esmola ou um pobre idoso a quem possa prestar ajuda?
Porquê?...
Nunca duvido da justiça, dos propósitos divinos, da inexistência dos acasos (por isto falei na lei de causa e efeito). Ainda assim, não deixo de me sentir absurdamente humana e de brigar e fazer as pazes com Deus. E bem que Ele gosta de ser questionado, desafiado. Ele me disse um dia que seria um tédio todo mundo adorando-O, sem uma crítica qualquer à Sua criação. :)
Nem se precisa procurar, Amaral. Quantos neste planeta não têm nada? Grave é que os têm o que dar fogem de quem nada tem.
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