fala com Deus - parte 3
"..."
"Disse alguma coisa errada?"
"Nada! O errado é teu. É desse mundo. O certo e o errado não existem aqui."
"Não há coisas erradas para Ti?"
"Não! Errar é humano, não é divino! Eu nunca me engano, nem enganei!"
"Queres dizer que devo ouvir-Te com o coração?"
"Quero dizer que estou dentro de ti, o tempo todo, falando contigo a todo o momento."
"Estás dentro de mim?"
"Estou, sempre estive. Quando eu quiser, deixo-te e volto para aqui!"
"E depois?"
"Depois, decides o que quiseres fazer a seguir."
"Decido, eu? Não disseste que me deixavas?"
"Disse! Eu, que sou Deus, estou dentro de ti. Quando quiser, deixo esse mundo. Quando aqui chegar, escolho outra coisa ou deixo-me ficar!"
"E eu?"
"Tu és eu! Somos só um a decidir! O que quiseres, eu quero!"
"Mas..."
"Tu não és o teu corpo! Esse ficará, transformar-se-à, será outra coisa nesse mundo físico! O teu Tu virá ter comigo, porque está ligado a mim, porque me pertence."
"E vou encontrar os meus amigos, a família, é isso?..."
"Vais encontrar, sim, porque nunca os perdeste. Estão todos comigo, todos fazem parte do tudo que eu sou. São bocados de mim, são recortes de mim, são imagens de mim."
"Mas estão todos aí?"
"Sim e não! Vocês são o meu corpo. Estão onde eu quero que estejam, fazem o que eu quero que façam. "
"Somos o Teu corpo?"
"São uma parte do meu corpo. Lembra-te que eu disse que nada existe fora de mim. Eu sou tudo o que existe. Eu sou e sempre fui."
"Esta conversa não é de Deus!"
"Ninguém existe para além de mim! Não há demónios nem infernos, no meu reino!"
"Então, estão noutro reino?"
"Repetir-te-ei muitas outras vezes: eu sou Tudo O Que Existe! Demónios e infernos existem na vossa cabeça, existem no mundo onde vivem como símbolos daquilo que vos aflige!"
"Posso, então, ficar tranquilo que não me vais julgar..."
"Porque havia de te julgar? Tu escolheste aquilo que querias fazer. Quando terminares a tua tarefa, tu próprio ajuizarás se conseguiste ou não aquilo que pretendias! As tuas conclusões, serão as minhas conclusões!"
"E se concluir que não procedi bem?"
"Não há bem nem mal. Isso são conceitos humanos, não são divinos. Comigo, ajuizarás se conseguiste ou não os teus objectivos."
"E se não?..."
"Voltas a escolher! Ou não! Podes querer ficar comigo! Podes querer continuar a ser Deus, somente! Ou talvez não!..."
"Continuo a ter a mesma liberdade para escolher, é isso?"
"O livre-arbítrio, continua, sim!"
"..."
colocado por Amaral @ 5:50 da tarde
20 comentários
20 Comentários:
este (texto) é teu né Amaral? e se não é como se fosse e é *****
:)
"Errar é humano e perdoar é divino"
Deixo beijinho e um ate breve
www.lbutterfly.blogs.sapo.pt
Os teus comentários tocam-me sempre. às vezes vejo em ti uma espécie de padre q me guia, padre esse q eu n procuro na vida real mas que me procura na vida virtual e me dá os bons conselhos. Obrigada...
Obrigada pela visita!
Este post é interessante, eu confesso que sou uma descrente mas uma open mind.
Bjs
Também é assim que vejo Deus: O mestre absoluto do não julgamento:)!Beijinhos!
"Tu escolheste aquilo que querias fazer. Quando terminares a tua tarefa, tu próprio ajuizarás se conseguiste ou não aquilo que pretendias! " Em vez de procurarmos nos outros ou em algo superior as razões e os motivos para o que temos à nossa frente, deviamos ter sempre em mente que, em última análise, somos nós que as escolhemos.
Esta é uma "pequena" verdade que tendemos a esquecer. Se calhar, porque é mais fácil culpabilizarmos o mundo que nos rodeia.
"E eu?"
"Tu és eu! Somos só um a decidir! O que quiseres, eu quero!"
"Mas..."
"Tu não és o teu corpo!..."
Antes de mais, se alguém depois de ler isto me quiser espancar virtualmente: delio_20@hotmail.com
Não é num tom de superior que falo, apenas de amigo. Espero que possam ver isso.
Não me leves a mal no que vou dizer mas acho que não mediste bem as tuas palavras.
Não reduzas Deus àquilo que tu és no fim da tua vida (ou até durante). Dizeres que o que tu queres é o que Deus quer é abrir uma janela para uma divindade sem mente própria.
Deus quer amor porque é Amor.
Dizeres que eu não sou o meu corpo é correcto mas não totalmente verdade. O meu corpo é condição da minha existência e parte importante na minha vida: como é que demonstras afecto se não for pelo corpo?
Eu percebo que tenhas querido ligar o eu a Deus. Eu próprio acredito que somos feitos à imagem de Deus e o facto de amarmos como ELE é "a" prova, apenas acho que não o fizeste da melhor maneira.
O que eu vou fazer agora não para mostrar que sou bom, mas apenas para dar a minha opinião sob certos comentários que li aqui.
Para a Ana Paula: não é que Deus nos ponha à prova só por si; ou por mal, as provas estão lá porque nós temos liberdade de escolha...como Ele está lá para nos ajudar.
Para a "mulhergorducha": atenção ao individualismo!
Delio Melo há-de desculpar o desacordo, já Deus dizia "Quem nunca pecou que atire a primeira pedra" aqui aplica-se a quem nunca se pensou como ser individual que dite as primeiras palavras...eu não serei...
Seila: Os textos que não são meus estão perfeitamente identificados com o nome do livro e respectivo autor.
O importante aqui é se o texto te diz alguma coisa, a ti! De espírito aberto, sem preconceitos adquiridos, podes verificar se o teu Eu mais profundo "concorda" ou não. Porque se os posts deste blog não te disserem nada, não te preocupes! O que importa é a tua verdade, e a paz e tranquilidade que ela te traz!
lbutterfly: É, o "erro" só existe na nossa cabeça. Tudo o que fazemos "certo ou errado" deve ter a sua utilidade. Todos aprendemos com aquilo que fazemos que não funciona. Mas, é preciso vivenciar "o que não funciona", para podermos escolher a seguir "o que funciona"! Por vezes, já nem precisamos de passar pelos "erros". Antecipadamente, sabiamente, já sabemos que ele não funciona e passamos à frente, não é?...
missantipatia: Se os conselhos são "bons", se eles te trouxerem tranquilidade e paz, deves aceitá-los, venham eles de quem vierem! Mas não sou padre, não, e se, eventualmente, algum me lesse, certamente que "mudaria imediatamente de canal"!
Mas o importante, aqui e agora, é que estejas bem e que vás encontrando conforto nas muitas palavras amigas que te vão chegando através desta blogosfera.
Ana Paula: O livre-arbítrio foi a maior prova de amor com que Deus nos presenteou. Neste palco que pisamos, ao longo dos anos que aqui passarmos, vão-nos "aparecendo" pela frente as mais diversas situações. Sempre, mas sempre, vai depender de nós, as opções que tomarmos! Como se fosse um jogo no nosso PC, temos sempre mais do que uma opção a tomar; se vamos por aqui ou por ali, se fugimos, se nos escondemos, se falamos ou se matamos...
As barreiras e as dificuldades estão lá. Depois, depende de cada jogador as escolhas que fizer durante o jogo. Entretanto, Deus pode ajudar? Claro, se Ele "é" o nosso Eu Superior, e está dentro de nós! Quase sempre, ele está a ajudar toda a gente! Quase sempre ele está a falar com toda a gente! Olha, profunda e conscientemente, para a coisa mais pequenina da natureza, e sentes logo que estás na presença de Deus!
Clitie: Não serás toda uma descrente, mas basta-te essa "open mind" para que um dia tudo se clarifique no teu coração. Nessa altura, vais sentir que estão a falar-te de coisas que tu "já sabias" há muito tempo, e que nada é novidade para ti.
É sinal que alguma coisa se alterou e vais querer saber o quê...
trintapermanente: Claro que não são "divinos", mas eu entendo as tuas palavras. Gostaria de saber muito, muito mais do que este pouquinho que consigo escrever.
Há pessoas que guardam para si aquilo que sentem. Mas estamos a chegar a uma etapa importante da consciencialização colectiva e todos somos poucos para dar o nosso testemunho. O importante é que nada seja absorvido à "força", e que nenhuma ideia seja metida na cabeça doutra pessoa, por ser mais verdadeira, ou por ser a única verdadeira. Poderá ser unicamente uma "outra maneira" de conceber Deus e conceber a vida!
elisa: Se Deus nos deu o livre-arbítrio, se nos concedeu a liberdade de escolhermos aquilo que queremos fazer da nossa vida - porque razão, nos iria depois julgar por aquilo que fizémos? Que raio de liberdade era essa? Que livre-arbítrio seria esse que, com uma mão dava e com a outra punia? Que espécie de Deus Criador quereria isso para a "sua criação"?...
mulhergorducha: É verdade que estamos sempre a escolher: as pequenas e as grandes coisas! A questão é que nós não nos lembramos de "quem somos", quando encarnamos neste mundo. Nós somos Luz, somos o próprio Deus a experienciar-se fisicamente. Só que, para que a ilusão surta efeito, "esquecemos" tudo, e representamos, no palco da vida, a peça que, antecipadamente, escolhemos para nós.
Se conhecêssemos toda a verdade, olharíamos o nosso vizinho como se estivéssemos a ver-nos ao espelho, e aceitaríamos as catástrofes e outros males como peças duma ilusão criada com determinado fim. Pensando e agindo, dentro da ilusão, permite-nos criar uma realidade que nos vai proporcionar sensações e emoções que o nosso corpo reflecte e muitos sentimentos que a nossa alma vai entender.
délio: Obrigado por teres vindo aqui, a este pequenino espaço.
Não vou levar-te a mal coisa nenhuma, és livre para pensares o que melhor se coaduna com a tua verdade. Portanto, estamos à vontade. Aliás, na diferença, está a grandiosidade de tudo o que existe. Não tens que ter os mesmos gostos que eu nem a minha verdade tem que ser a tua. Nem a minha é melhor que a tua verdade, claro! Nestas circunstâncias, podemos opinar sobre aquilo que sentimos.
Dito isto, para ficarmos à vontade, importa esclarecer o seguinte: Como posso eu "reduzir Deus àquilo que" eu sou no fim ou durante a minha vida? Aquilo que eu possa pensar ou dizer não vai CERTAMENTE deixar Deus preocupado... Eu disse (e digo) que aquilo que eu quero, Deus quer, porque eu e Deus somos um! Tu e Deus são um! Todos somos um! Deus não existe fora de nada! Tudo o que existe É DEUS! A um outro nível de consciência, antes de encarnar no corpo que tenho hoje, "eu" e Deus (certamente) "elaborámos o plano" que me permitiu vir experienciar neste mundo físico aquilo que preciso para a minha evolução. Não posso imaginar que esteja aqui, nesta fase da minha vida, dissociado do plano de Deus ou fora das suas intenções. Nada está a acontecer com o qual Deus não esteja de acordo! Tens toda a razão: Deus é amor! Deus "só" conhece outras coisas, através de mim ou de ti! Como podes pensar que eu esteja "reduzindo Deus"... Eu e tu e todos e tudo fazemos parte do corpo de Deus! Não há nada nem ninguém que possa evitar isso e, portanto, NADA o pode reduzir ou afectar!
Quando digo que eu não sou o meu corpo, quero dizer que não sou SÓ o meu corpo. Claro que o corpo é parte importante, enquanto neste mundo físico. O corpo permite-me exactamente experienciar fisicamente aquilo que a alma quer. Eu sou "a minha alma"! Aquilo que vai ficar, quando o corpo físico desaparecer. Quando deixar esta vida terrena, não me servirá para nada o corpo que vai jazer, inerte, debaixo da terra. Quando deixar esta vida, eu vou continuar "a ser", mas com a parte espiritual que FAZ PARTE de Deus! É o único bocado de mim que voltará para Ele, para continuar a caminhada da evolução. E sempre "dentro de Deus"!
Finalmente, repara que eu acho que Deus não nos está a pôr à prova, como se Deus fosse um velho de barbas, no cimo dos céus, atento àquilo que cada um faz, pronto a julgar a qualquer momento...
A um outro nível de consciência, a minha tarefa nesta encarnação terá sido delineada. As situações, os acontecimentos, os intervenientes, foram claramente escolhidos para que essa tarefa pudesse ser cumprida. Se vou por este ou aquele caminho, o livre-arbítrio que me foi atribuído, há-de conduzir-me a determinadas e diferentes emoções, sentimentos.
Se vou conseguir aquilo "a que me propuz", só no final, quando a alma se libertar do corpo, ela poderá constatar. Até lá, será o meu "ego", a minha relembrança, as minhas opções, as criações que eu fizer "daquilo que quero ser", enfim, os degraus que vou ou não subir na escada da minha evolução.
PS: Fui visitar o teu blog e creio que vou passar a ser um leitor assíduo! Mesmo que não concorde com algumas coisas, irei visitar-te regularmente. Com todo o gosto, tá?...
Clitie: A tua "open mind" permite-te pensar assim. Estás aberta a pensamentos novos, diferentes daqueles que te ensinaram; a tua concepção de Deus e das coisas não está estática; a tua verdade não é imutável. Isso é tudo o que desejamos para nós e para os outros: que, em cada novo instante da vida, possamos criar uma versão de nós, cada vez mais bela e grandiosa!
Desculpa só por isto aqui agora, mas não consegui outro dia.
Para o/a Clittie: Suponho que estejas a falar do comentário à "mulhergorducha".
Há uma diferença entre julgar e aconselhar. Mesmo que fosse julgar, isso não deveria ser um travão a um ouvido aberto.
Obrigado pelos comentários e obrigado por teres ido ler o meu blog. Se não concordaste com algo deixa lá para eu saber o que é, ok?
Para o Amaral:
Depois de ler o teu comentário ainda tenho algo para dizer:
"Eu disse (e digo) que aquilo que eu quero, Deus quer"
Dizer isto é o mesmo que pensar por Deus e isso não é inteiramente verdade às vezes. As pessoas cometem erros porque às vezes não sabem na verdade o que os outros querem.
Neste caso tu estás a reduzir Deus pelo simples facto de o teres pensado totalmente (em teoria) e isso não é possível. Tal como a tua pessoa não é 100% definivel, Deus também não o será.
Segundo, acabas por dizer que se quiseres o mal Ele também o quer. Achas isso certo? Eu não.
"Deus "só" conhece outras coisas, através de mim ou de ti!"
Quando dizes isto não achas que estás a dizer que Deus é necessitado?
Nós somo-lo e precisamos Dele. mas o que estás a fazer é po-lo ao nosso nível.
"A um outro nível de consciência, a minha tarefa nesta encarnação terá sido delineada. As situações, os acontecimentos, os intervenientes, foram claramente escolhidos para que essa tarefa pudesse ser cumprida."
Ao dizeres isto acabas por fechar as portas à liberdade. Quando tudo está escolhido, que posso eu realmenet escolher?
Acabas por dizer que os actos maus cometidos numa vida tavam meio que previstos, logo, naturais.
Eu percebi a tua intenção. Apenas acho que devias tentar expor melhor.
É verdade que há determinismos: outras pessoas, etc. mas cuidado.
Délio: Ainda bem que as nossas opiniões não são iguais. Isto dá-nos a possibilidade de discutirmos as coisas (no bom sentido).
Eu concordo que é difícil expôr-te as minhas ideias, porque as tuas estão já compreendidas e aceites pela Tua verdade. Isto indica que não tens que mudar! A tua verdade traz-te bem-estar e tranquilidade espiritual e, por isso, não tens que alterar nada!
Mas a minha verdade não é assim, e terás que aceitá-la!
Repito: O que eu quero Deus quer, porque Ele deu-me o livre-arbítrio e não faria sentido Ele julgar-me por um "erro", originado por esse livre-arbítrio.
Deus é 100% definível: "Eu sou Tudo O Que Existe, e nada existe que não seja Eu!"
O "mal" como tu dizes, foi "criado" por Deus, para que o "bem" possa existir. Nunca poderia existir o "bem" se o oposto não fosse criado!
Deus não necessita de nada, porque Deus é Tudo o que existe!
Deus QUIZ experimentar Aquilo que, no absoluto não é possível, já que no absoluto Só existe Ele, que é AMOR! Ao criar o mundo físico, Deus expressa-se nele, através do homem, da natureza, e de tudo o que existe na natureza. Tudo o que vemos não é mais do que expressões de Deus, individualizadas.
A um outro nível de consciência, tudo está a ser decidido!
Tudo está a acontecer NESTE MOMENTO! Deus, individualizado, determina antecipadamente o que quer experienciar neste mundo terreno. Nenhuma alma faz mal a outra alma, aqui na Terra, sem que, noutro plano, ela não tenha já consentido que isso pudesse acontecer.
O facto de todos nós termos esquecido A VERDADE de quem somos, permite-nos, através do livre-arbítrio, escolher o que queremos ser no dia-a-dia.
Não há "actos maus" nem "actos bons". Há aquilo que funciona e aquilo que não funciona.
Todos eles são necessários para a evolução. E todos eles têm efeitos em quem os pratica e a quem são dirigidos.
A tua verdade não deixa de ser a tua verdade!
Deves prezá-la se ela te trás alegria ao coração.
A minha verdade continua a ser esta, enquanto Deus não me der indícios do contrário.
Quero toda a alegria do universo para ti, Délio!
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