Lisboa,

terça-feira, abril 19, 2005

o princípio


Este fim de semana, tive a oportunidade de encontrar um amigo que enfrenta os seus momentos mais difíceis, face à grave doença que repentinamente se abateu sobre ele.
Por ter sido sempre um homem dinâmico, saudável, decidido, foi-lhe complicado aceitar um mal que ele pensava só atacar outras pessoas. Quando se viu paralisado e dependente, não quiz acreditar que AQUILO estivesse a acontecer-lhe!
Pois, a verdade é que o Henrique tem mesmo um tumor no cérebro, foi operado uma vez e não sabe como as coisas vão evoluir. Desabafou e concordou. Agora, já encara a vida de uma outra forma. Já se sente uma pessoa dependente dos outros. Já se apercebe que precisa de ajuda. Já estende a mão para se pôr em pé. Já sente necessidade de amor. Já entende a "força de vontade", a "força de espírito", a "fé", a "confiança", o "querer", "Deus"!...
Só não lhe falei da morte! Nem devia! Apenas lhe falei da "força", da "vida", da "certeza"!
Porque toda a gente tem medo da morte! Ainda que o neguem ou evitem abordar o assunto.
Foi sempre assim! E assim vai continuar. Por isso, falemos, sem receio, da morte:
"A morte nunca é um fim, é sempre um princípio. A morte é uma porta que se abre, não uma porta que se fecha.
Quando compreenderes que a vida é eterna, compreenderás que a morte é uma ilusão tua, que te mantém muito preocupado com o teu corpo, contribuindo para que acredites que és o teu corpo. Mas tu não és o teu corpo, e portanto a destruição do corpo não te diz respeito.
Tu não és a ilusão, és o seu Criador .
Tu estás neste mundo, mas não és dele.
Utiliza pois a tua ilusão de morte. Utiliza-a!Permite que seja a chave que te abre para mais vida.
Vê a flor a morrer e vê-la-às com tristeza. Mas vê a flor como parte de uma árvore inteira que está a mudar, e que em breve dará fruto, e verás a verdadeira beleza da flor. Quando perceberes que o desabrochar e a queda da flor são sinal de que a árvore está prestes a dar fruto, então compreenderás a vida.
Lembra-te sempre que não és a flor, nem sequer és o fruto. Tu és a árvore. E as tuas raizes são fundas, enraizadas em Mim."

("CCD3" de Neale Walsch)

4 Comentários:

At abril 18, 2005 11:25 da tarde, Anonymous Anónimo diz...

Lamento.. por ele e por ti, mas é preciso acreditar, que tudo correrá bem. Quanto à morte ela é tão natural como a vida,nós é continuamos a lidar mal com ela. Mas é verdade, que as raizes que os outros deixam em nós perdurarão nas nossas memórias...

 
At abril 18, 2005 11:49 da tarde, Anonymous Anónimo diz...

Já este ano sofri aquilo que para mim foi, sem qualquer dúvida, "a minha maior dor". Perdi a minha Mãe. O meu blog registou, de início de forma tímida, este processo dilacerante que tenho atravessado. A ajuda de algumas pessoas, a minha vontade e algumas leituras têm-me ajudado a suportar este drama. Entre as leituras destaco as obras de Brian Weiss. Até agora eu pouco ou nada sabia de vidas passadas, terapias por regressão, reencontros de almas, etc. A ideia da imortalidade e da reencarnação tem-me sido particularmente gratificante nestes tempo. Já vejo a morte como um renascimento e não como final...

 
At abril 19, 2005 11:52 da manhã, Anonymous Anónimo diz...

Este será um post com que mta gente se identifica.

Compreendo aquilo que a Dora sente, já passei pelo mesmo, fará no dia 22 Abril 9 anos, no entanto e apesar da passagem do tempo há momentos mto complicados que vamos tentando levar o melhor que sabemos e que podemos.

Há pessoas que não entendem por vezes aquilo que colocamos nos nossos blog (determinados textos) mas depois de saber um pouquinho de nós tudo se clarifica.

Bjs para todos

 
At fevereiro 05, 2007 12:01 da manhã, Anonymous Anónimo diz...

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