Lisboa,

terça-feira, junho 14, 2005

existe o inferno?

Há muito que procurava uma resposta! Mas aquelas que se me têm deparado esbarram naquilo a que eu chamo a "desarmonia com a verdade interior". A aceitação natural não se verifica.
Subitamente, quando menos esperava, folheava eu o Livro 3 das CCD, e dei comigo a ler o seguinte:


"Tudo aquilo em que pensam é o que criam e experienciam... O lapso de "tempo" entre o pensamento e a criação - que pode ser de dias, semanas, meses ou mesmo anos - cria a ilusão de que as coisas te estão a acontecer a ti, e não por tua causa. Isso é uma ilusão... Esse esquecimento está "integrado no sistema". Faz parte do processo. Porque não podes criar Quem Tu És enquanto não esqueceres Quem Tu És. Portanto a ilusão que cria o esquecimento é um efeito criado de propósito."

"Quando morres, não deixas de criar... Assim, no momento da tua morte o que acontece é... que continuas a viver.
Na vida física pode haver um lapso de tempo entre o pensamento e a experiência. No domínio do espírito não existe esse lapso; os resultados são instantâneos.
"

Quando eu me concentro, tenciono e decido ser qualquer coisa, isso torna-se a minha realidade. Esta realidade manifesta-se porque foi essa a minha intenção, criada portanto pelo meu pensamento.

"Alguns de vocês têm expectativas, mesmo sem o saberem. Toda a vida pensaram no que acontece depois da morte e, quando "morrem" esses pensamentos tornam-se manifestos, e realizam (tornam real) subitamente aquilo em que tinham pensado. E são os vossos pensamentos mais fortes, os mais fervorosos que, como sempre na vida, irão prevalecer."

Isto coloca-nos então a seguinte questão: "Se as pessoas acreditarem durante toda a vida que o inferno é um lugar que certamente existe, que Deus virá julgar "os vivos e os mortos", que separará "o trigo do joio" e as "cabras das ovelhas", e que irão seguramente "para o Inferno", então irão para o Inferno?!... O fogo do Inferno e a condenação podem existir e existem para quem acredita neles..."

"Tens razão em apontar que vocês podem criar qualquer sub-realidade à vossa escolha - incluindo a experiência do Inferno, tal como o descrevem. A maior parte do que vocês experienciam não existe, mas mesmo assim vocês experienciam-no."



O filme "Para além do horizonte" (What Dreams May Come) tentou transmitir que nós vamos experienciar, depois da morte, exactamente aquilo que esperamos e escolhemos experimentar.

"Isso vai prevalecer enquanto te mantiveres na tua realidade criada. Mas não criarás essa realidade para sempre. Alguns de vós não a experienciarão durante mais do que aquilo que chamam um "nanosegundo"."

Mas será que isso é bom? Não me vai trazer sofrimento? Não me vai "deixar perdido"? O que posso então fazer, para evitar tudo isto? Como devo proceder, o que devo utilizar para que isso possa ser ultrapassado?

"O teu conhecimento e entendimento. Tal como nesta vida, o momento seguinte é criado de acordo com novos entendimentos que adquiriste do teu momento anterior, assim também, no que chamas a outra vida, criarás um novo momento a partir do que vieres a saber e a conpreender do antigo.
Os resultados na outra vida são instantâneos e não conseguirás perder a ligação entre os pensamentos sobre uma coisa e a experiência que esses pensamentos criam.
Perceberás que estás a criar a tua própria realidade.
A alma reage, re-cria a sugestão mais poderosa da mente, produzindo-a na sua experiência.
Há almas que permanecem nessa experiência durante algum tempo, tornando-a muito real... outras almas adaptam-se rapidamente, vêem a experiência pelo que ela é, começam a ter novos pensamentos e passam imediatamente para novas experiências.
"

"Mas se optares por deixar de criar a tua realidade individual e começares a compreender e a experienciar a realidade unificada mais lata, terás imediata oportunidade de o fazer.
Aqueles que "morrem" nesse estado de escolha, de desejo, de disponibilidade e de conhecimento, passam imediatamente à experiência da Unidade. Outros só passam para essa experiência se, como e quando o desejarem.
"

Mesmo para além da morte, o livre arbítrio que temos hoje prolongar-se-à na outra vida. Quer dizer que eu vou experienciar aquilo que eu poder imaginar. Se quiser experienciar-me como uma determinada alma, num determinado lugar ou "tempo", posso fazê-lo. Mas se quiser também experienciar-me em mais de um lugar ao mesmo tempo, também posso fazê-lo. Como tudo está a acontecer ao mesmo tempo e no mesmo lugar, eu posso estar sempre em todos eles.

(Extractos de "Conversas com Deus 3" de Neale Walsch)

24 Comentários:

At junho 14, 2005 12:06 da tarde, Blogger Conceição Paulino diz...

vou comprar. Só li o 1º. E encontro aqui tudo aquilo em kacredito (cheguei lá reflectindo com os meus botões) a este propósito. Bj

 
At junho 14, 2005 1:13 da tarde, Anonymous Anónimo diz...

Este é daqueles livros que li,onde regresso...é uma conversa inacabada...interessa-me.
Eu gostava de conversar com Deus,coisas!...
Ler-te é também uma forma de conversa,gosto de as ter contigo.
Beijo
M

 
At junho 14, 2005 1:17 da tarde, Anonymous Anónimo diz...

Confesso que não conheço o livro, mas adorei estas palavras. Somos parte de um ciclo eterno, será? Bj da Fernanda

 
At junho 14, 2005 3:39 da tarde, Blogger augustoM diz...

O autor de Conversa com Deus, não pode deixar de ser um espírita, o que o leva a discursar de acordo com as teorias espíritas, entre as quais a fundamental é a vida do espírito para além da morte física. Esta estrada não é a minha, prefiro um atalho sinuoso a um asfalto demasiado atractivo.
Só podemos pensar e imaginar o que é tangível, isto é, o que está no âmbito dos sentidos. Fora destes as ideias são intangíveis, por isso inacessíveis.
"A maior parte do que vocês experienciam não existe, mas mesmo assim vocês experienciam-no" O postulado só pode estar certo para a totalidade, a existência é uma ilusão, só existe no mundo sensitivo. Não o considerando um todo mas só parte, a maior parte, então qual é a parte do que experienciamos que existe?
O Inferno é uma ideia interiorizada no homem pelo homem, como tal no mundo dos sentidos, por isso com as características deste. Fora do mundo sensitivo o Inferno não faz sentido.
Muito mais poderia contrapor ao texto, mas o fundamental é a sua pergunta.
Mas se quisermos debater o problema do Inferno como fim que o justifique, a punição, teremos primeiro de abordar o problema do bem e do mal, sobretudo do seu criador. Neste campo teria de me alongar um pouco mais, ficando o comentário demasiado grande, por isso, se estiver interessado em saber o que eu penso sobre o assunto, convido a visitar o meu blog e ler o post com o título Paradoxo que publiquei no dia 24 de Maio. Se o ler gostaria de saber a sua opinião.
Um abraço. Augusto

 
At junho 14, 2005 5:23 da tarde, Blogger Manuela B. diz...

Adoro ler-te pena q tenha pouco tempo, mas aquele yempo que roubo ao trabalho é simplesmente delicioso....
Um sorriso para ti...

 
At junho 14, 2005 9:46 da tarde, Blogger Unknown diz...

porque temos de nos rever nessa história, será um dever? um direito? ou será um estrangulammneto aos sonhos?
o inferno poder+á ser essas coisas todas

 
At junho 14, 2005 11:01 da tarde, Anonymous Anónimo diz...

Existe inferno. O que nós criamos. Com nossos pensamentos, nossas ações, nossas palavras.
Existe inferno para além desta vida.
E o inferno além desta vida é o que levamos, impregnado em um de nossos corpos, como consequência de pensamentos, ações e palavras.
A mentira é o inferno. O paraíso é a verdade.
O que é a Verdade? Fica com cada consciência, com cada alma deste mundo de meu Deus. A Verdade é Ele, a Verdade é a semente que todos trazemos. Quem trata bem dela frutifica e nem precisa mais voltar aqui. Volta se quiser.
SAVANA

 
At junho 15, 2005 1:24 da manhã, Blogger Amaral diz...

À persephone:
Há milhares de anos que o homem vive balizado entre crenças e temores. Tudo o que tem sido ensinado é incutido através do medo. Obedece-se por temor a Deus, mata-se em nome de Deus!
Quando surge um conceito diferente, é claro que a pergunta vem logo atrás: "Será?"

 
At junho 15, 2005 1:25 da manhã, Blogger Amaral diz...

À TMara:
Os teus botões são um amor de botões, porque te sabem ouvir, aconselhar, tranquilizar.
Continuar a ler não irá alterar a verdade em que acreditas, porque, imediatamente, ela iria dar por isso...

 
At junho 15, 2005 1:25 da manhã, Blogger Amaral diz...

À M:
Concordo que seja uma conversa inacabada. A qualquer momento, damos connosco a reler, a continuar o que foi interrompido, a repetir tudo de novo...
Conversar com Deus é tão bom como conversar com o nosso eu!

 
At junho 15, 2005 1:26 da manhã, Blogger Amaral diz...

À Fernanda:
Um ciclo eterno!... Gostei da observação. Quanto mais procuramos saber quem somos, mais "desconfiados" ficamos que podemos ser eternos, tal como a vida que se renova e expande, tal como "aquilo" que sempre foi, sempre é, porque não há mais nada!...

 
At junho 15, 2005 1:26 da manhã, Anonymous Anónimo diz...

Há imenso tempo que ando para ler qualquer coisa de Neale Walsch, acho que vai ser desta. beijo de boa semana!

 
At junho 15, 2005 1:26 da manhã, Blogger Amaral diz...

Ao augustoM:
Irei ler o post indicado, mas antes, quero, singelamente, dizer o seguinte:
Em momento algum, Neale Donald Walsch me mostrou, em toda a sua obra, qualquer colagem aos conceitos de Allan Kardec.
A minha verdade encontra a verdade de N.W., o que me deixa feliz!
A minha verdade quer que Deus, a Natureza e Eu sejamos UM, o que me deixa feliz!
A minha verdade desmonta o espírito e a mente, pelo que o tangível e o intangível deixa de ser inacessível. "Saber" que sou espírito e mente, deixa-me feliz!
O bem e o mal são formas que a consciência poderá querer assumir. Diferentes estados de consciência terão definições próprias sobre isso. "Saber" que não existe um "rei do mal" deixa-me feliz!
O inferno só existe na minha cabeça, e a punição e o julgamento - isso deixa-me igualmente feliz!
Vou continuar a ler a mensagem de Neale Walsch!

 
At junho 15, 2005 1:27 da manhã, Blogger Amaral diz...

À Angela:
É verdade que o Rampa fala disso, como qualquer budista o faz.
Há muitos anos que as edições do Lobsang Rampa foram editadas em português e, futuramente, incluirei algumas ideias suas nos meus posts.
É muito difícil aceitar a ideia de que continuamos a dispôr do nosso livre-arbítrio, mesmo depois desta vida, não é?...

 
At junho 15, 2005 1:28 da manhã, Blogger Amaral diz...

À Catty:
Benvinda ao meu cantinho! O trabalho é importantíssimo. Só tu deves definir as prioridades para o teu dia-a-dia. Quando o pôr-do-sol não surgir ao fim do dia, o mundo dos sentidos vai virar do avesso...

 
At junho 15, 2005 1:29 da manhã, Blogger Amaral diz...

Ao Carlos Barros:
Algumas coisas temos como certas: temos caminhos diferentes pela frente, liberdade para escolhermos, podemos optar por sermos o que quisermos, podemos tentar saber ou simplesmente deitarmos isso pra trás das costas!...
Somos seres livres por natureza! O resto terá que ser o reflexo de crenças e habilidades com que encheram a vida toda!...

 
At junho 15, 2005 1:31 da manhã, Blogger Amaral diz...

Oi, Savana! Há muito tempo que não te mostras, com pena minha.
As tuas palavras, o teu testemunho, são sempre benvindos. O porquê da ausência só a ti diz respeito, sabemos isso!
Também podemos entender que tudo o que nos foi imposto, recalcado, reprimido, todas as teorias, crenças, regras e obrigações que nos atafulham a mente desde que nascemos, vão contribuir para "acreditarmos" que alguma coisa vai acontecer. É aqui que a nossa verdade vai ter uma palavra a dizer. E a consciencialização de que somos um com Deus irá criar uma realidade nova, que nos permitirá serenamente "passar para o lado de lá".

 
At junho 15, 2005 1:35 da manhã, Blogger Amaral diz...

À Elsa:
Com o espírito aberto, podemos ler tudo, sem nos confundirmos.
Se com aquilo que leres sentires harmonia e sossego dentro de ti, podes ficar tranquila. Não foi leitura vã. Nem te beliscou. É um convite para repetires, quando achares que deves... sem obrigações nem comprometimentos...

 
At junho 15, 2005 2:52 da manhã, Anonymous Anónimo diz...

Amaral, sabe o que tenho tido? Preguiça, tanta... só não deixo de te ler. Nunca.
Tenho preguiça de escrever, de exprimir coisas tais como: o lado de lá não é tão "de lá" como pensamos. Já vi tanta coisa que é não é do lado "de cá". E não sou psicótica, não tenho alucinações. :) Já vi tantas coisas de outras dimensões! E é tudo tão mais nítido do que aqui! E as dimensões se entrecruzam, de tal forma que creio que não há LÁ nem CÁ. Embora não seja muito ilustrada em religiões, em Bíblia, lembro de uma frase dela - uma das que não foram truncadas pelos homens: NA CASA DO MEU PAI HÁ MUITAS MORADAS.
Fiz-me entender?
beijo Savana

 
At junho 15, 2005 5:18 da tarde, Blogger Amaral diz...

À Savana:
Faz muita falta o teu testemunho. Já to disse noutra ocasião. Repito agora. Não guardes para ti o que sabes e o que experiencias nesta vida. Partilha connosco, com os teus, com toda a gente, aquilo que nem toda a gente tem o previlégio de alcançar. Sei de gente que teme ser considerada maluca, que evita os dizeres e os mexericos, que foge do espanto de quem não entende. Sempre foi assim, sempre aconteceu, em todos os tempos. Há pessoas que têm mensagens que só são compreendidas para além da sua geração.
Volta, Savana! Dá-nos mais da tua sabedoria. Divide o que sentes e o que és!

 
At junho 15, 2005 5:19 da tarde, Blogger Amaral diz...

À Joanissima :
Talvez por isso, tens um blog que encanta!
"Aquilo Que Eu Amo", do dia 13, só pode ser escrito por uma pessoa iluminada.
Quem te for ler, vai voltar diferente, porque tu tens o dom de encantar e de reunir à tua volta o amor que anda disperso.

 
At junho 16, 2005 12:11 da manhã, Anonymous Anónimo diz...

Prometo a mim mesma e a você que continuo este assunto (e outros) por aqui ou no meu espacinho que anda abandonado. Perdoa esta preguiça. Andei doente, lembra?
Combinado?
beijo
Savana

 
At junho 20, 2005 1:23 da manhã, Blogger Susana Nunes diz...

Lamento o atraso do comentário, mas só hoje me deparei com este blog. Quando vi a referência ao livro "Conversas com Deus" num post intitulado de "existe o inferno?", o meu interesse disparou. Isto porque "Conversas com Deus" (Livro 2)teve um grande impacto na minha vida. Antes de o ler, vivia numa busca incessante pela verdade e em encontrar um rumo para a minha vida. Ler "Conversas com Deus", entre outra coisas, ajudou-me a perceber que não existe A verdade, que não existe O rumo. Tudo tem um sentido, tudo tem a sua razão, embora isso possa não ser visível à partida. Por isso, agora, em vez de andar sempre à procura de algo, desfruto (conscientemente) daquilo que tenho. Com isto não quero dizer que a vida de toda a gente mudará ao ler "Conversas com Deus", mas poderá ser um contributo.

 
At fevereiro 16, 2007 9:00 da tarde, Anonymous Anónimo diz...

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