Lisboa,

domingo, junho 05, 2005

poeira

Do alto da nuvem contemplo a poeira.
É fina, é seca, é vaidade e presunção.
Poeira levantada, baloiçada, compassada.
Poeira deserta, poeira acamada.
Poeira nos olhos das gentes.
Gentes que mandam, comandam, que são e não são.
Poeira sorriso, poeira da dôr.
Poeira dos céus, compasso de amor.
Poeira que é nome, que és tu, que sou eu!
Poeira que enxerga, que vale o que vale.
Poeira eterna, que é parte do Ser.
Poeira dos tempos, poeira distante.
Poeira da vida,
poeira que morre, que não e que sim,
poeira de Deus,
De ti e de mim!


(Amaral Nascimento)

6 Comentários:

At junho 05, 2005 2:03 da manhã, Anonymous Anónimo diz...

Bonito :) A 'má poeira' sacode-se bem, felizmente. Pior é quando não se dá por ela. Mas há sempre formas, nem que sejamos alertados por alguma alergia. Adorei o último trecho :) Beijo grande e bom domingo :)

 
At junho 05, 2005 10:18 da manhã, Blogger Conceição Paulino diz...

Pequenas partículas de poeira somos o que vê e o k é visto. O pior são as poeiras "k são e não são"! Bj grande de f.s.

 
At junho 05, 2005 8:52 da tarde, Blogger Manuela Neves diz...

Sábias palavras. Poeira eu sou sim. Deixo poeiras de carinho.

 
At junho 05, 2005 9:49 da tarde, Anonymous Anónimo diz...

Muito bonito.

 
At junho 06, 2005 2:06 da manhã, Blogger trintapermanente diz...

poeira? sacode-a

 
At fevereiro 22, 2007 3:06 da tarde, Anonymous Anónimo diz...

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