pode?...
Pode a consciência aperceber-se que um tremor suave se apodera do corpo que transporta?
Pode uma branda tontura criar um misto de receio e inquietação contido a custo?
Pode o todo dos nossos sentidos dar-se conta que algo suave nos vai roubando lentamente a realidade que, pouco antes, era cor consistente aos nossos olhos?
Pode a sensação de bem-estar, a tranquilidade de ser, a alegria de ter, pode tudo isto perder fugor, diluir-se devagar, desvanecer-se lentamente, inesperadamente?
Pode a "vida" começar a "ir-se" lentamente, como se o peito doesse brandamente, e as coisas fossem empalidecendo, as pessoas próximas se tornassem mais/menos importantes, e a nossa mente questione, recuse, receie, abrande, aceite, renuncie?
Pode a realidade desvanecer-se, segundo a segundo, dissolver-se, esmaecer, e, segundos depois, reaparecer lentamente noutras formas, noutros rostos, noutros planos?
Pode a consciência acompanhar, num misto de tranquilidade e paz, uma alteração da realidade que concebemos e onde estamos?
Sem dores nem danos nem conflitos nem recriminações?...
Apenas no suave receio do que é, do que será?...
Apenas com a necessidade de abraçar, em silêncio, a pessoa que se ama?...
Apenas com o instinto de segurar-lhe a mão... e esperar?...
Pode uma branda tontura criar um misto de receio e inquietação contido a custo?
Pode o todo dos nossos sentidos dar-se conta que algo suave nos vai roubando lentamente a realidade que, pouco antes, era cor consistente aos nossos olhos?
Pode a sensação de bem-estar, a tranquilidade de ser, a alegria de ter, pode tudo isto perder fugor, diluir-se devagar, desvanecer-se lentamente, inesperadamente?
Pode a "vida" começar a "ir-se" lentamente, como se o peito doesse brandamente, e as coisas fossem empalidecendo, as pessoas próximas se tornassem mais/menos importantes, e a nossa mente questione, recuse, receie, abrande, aceite, renuncie?
Pode a realidade desvanecer-se, segundo a segundo, dissolver-se, esmaecer, e, segundos depois, reaparecer lentamente noutras formas, noutros rostos, noutros planos?
Pode a consciência acompanhar, num misto de tranquilidade e paz, uma alteração da realidade que concebemos e onde estamos?
Sem dores nem danos nem conflitos nem recriminações?...
Apenas no suave receio do que é, do que será?...
Apenas com a necessidade de abraçar, em silêncio, a pessoa que se ama?...
Apenas com o instinto de segurar-lhe a mão... e esperar?...
8 Comentários:
Quem dera ter a resposta. saíndo da esfera poética. claro k pode. Acontece todos os dias, cada vez mais, aos doentes de Alzheimer...Bom f.s Bjs e ;)
Tanto pode como poderá também ser inevitável... That's the way it goes... feliz ou infelizmente.
Não sei se haverá preparação possível para percorrer esse caminho... Mas se o puderes fazer com tranquilidade, dando e recebendo ao máximo o amor e carinho das pessoas que se tornam mais importantes, talvez seja mais fácil.
Beijo*
Pode?! Talvez sim! Talvez não! Texto agradavel de se ler.
tu fazes cada pergunta mais complicada!!
A minha resposta é um titulo dum "best seller": Sei lá!
Com o envelhecer...tudo isso pode acontecer. Com este teu post fizeste-me lembrar um livro qu li e adorei. «O Díário da nossa Paixão».
Boa semana.
Adorei és fantático na escrita vir cá é um óasis.
beijos
muito giro..já ka nao vinha a ns..voltarei..bj
Pode...é bom termos alguém a quem darmos a mão, em qualquer momento da nossa vida, mas sobretudo se o fim se aproxima, deve ser uma paz a envolver-nos...deve ser...não sei! Um beijo, gosto do teu blog, e esta música que oiço agora é absolutamente linda!!
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