quem não merecia
Onze dias passaram,
e nem uma palavra me enviaste!
Rumaste sem aviso,
com a bagagem cheia de ideias,
de propósitos, de decisões,
cimentadas com os teus
quês e porquês.
Sem aviso,
brandiste a espada
e foste decepar o sonho.
Sem apelo, sem dó,
sem a dúvida por detrás,
sem ouvidos ao lamento.
Da fúria do gesto respinga
o sangue de quem ama.
Espanta-se a pureza das amizades
de gentes que não mereciam.
Espanta-se a dor de quem escancarou a alma
e se entregou sem limite.
Espanta-se a memória de quem já partiu,
inconsolável pela perda d'algo
que defendeu como ninguém.
Partiste célere para destruir
o sonho!
Assim, no silêncio do poder,
reservaste para ti
o gesto e o porquê.
Onze dias sem o sonho,
no vazio da perda
do mais precioso.
Não se foi ouro nem prata.
Foi-se a alegria de estar.
(Amaral Nascimento)
e nem uma palavra me enviaste!
Rumaste sem aviso,
com a bagagem cheia de ideias,
de propósitos, de decisões,
cimentadas com os teus
quês e porquês.
Sem aviso,
brandiste a espada
e foste decepar o sonho.
Sem apelo, sem dó,
sem a dúvida por detrás,
sem ouvidos ao lamento.
Da fúria do gesto respinga
o sangue de quem ama.
Espanta-se a pureza das amizades
de gentes que não mereciam.
Espanta-se a dor de quem escancarou a alma
e se entregou sem limite.
Espanta-se a memória de quem já partiu,
inconsolável pela perda d'algo
que defendeu como ninguém.
Partiste célere para destruir
o sonho!
Assim, no silêncio do poder,
reservaste para ti
o gesto e o porquê.
Onze dias sem o sonho,
no vazio da perda
do mais precioso.
Não se foi ouro nem prata.
Foi-se a alegria de estar.
(Amaral Nascimento)
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