eugénio de andrade
Na madrugada do dia 13 de Junho de 2005, falecia Eugénio de Andrade, na sua casa do Porto, de onde se avistava o Douro a entrar no mar...
Um ano depois, o poeta respira connosco a sua obra, esteja ele onde estiver.
Um ano depois, o poeta respira connosco a sua obra, esteja ele onde estiver.
Respiro o teu corpo:
sabe a lua-de-água
ao amanhecer,
sabe a cal molhada,
sabe a luz mordida,
sabe a brisa nua,
ao sangue dos rios,
sabe a rosa louca,
ao cair da noite
sabe a pedra amarga,
sabe à minha boca.
O amor
é uma ave a tremer
nas mãos de uma criança.
Serve-se de palavras
por ignorar
que as manhãs mais limpas
não têm voz.
Levar-te à boca,
beber a água mais funda do teu ser
se a luz é tanta,
como se pode morrer?
3 Comentários:
Eugénio de Andrade continua vivo entre nós através da sua bela poesia
bem lembrado aqui Amaral
beijinhos meu amigo
lena
Descubro aos poucos os poetas portugueses e estou gostando muito!
Também me lembrei.
E você,não vém á festa da cereja?
Um abraço.
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