sophia de mello breyner andresen
Sophia de Mello Breyner Andressen nasceu no Porto no dia 6 de Novembro de 1919.
Em 1944, publicou o primeiro livro, POESIA, uma edição paga pelo seu próprio pai, que integra uma escolha de poemas escritos quando tinha 14 anos.
Com oitenta anos, depois de vários prémios acumulados, ao longo da sua carreira de poesia e ficção, foi galardoada com o Prémio Camões.
“A minha poesia é a minha convivência com as coisas, a minha participação no real, o meu encontro com as vozes e com as imagens, por isso o poema não fala de uma vida ideal, mas sim de uma vida concreta.”
Quando eu morrer voltarei para buscar
Os instantes que não vivi junto do mar.
*
Em todos os jardins hei-de florir,
Em todos beberei a lua cheia,
Quando enfim no meu fim eu possuir
Todas as praias onde o mar ondeia.
Um dia serei eu o mar e a areia,
A tudo quanto existe me hei-de unir,
E o meu sangue arrasta em cada veia
Esse abraço que um dia se há-de abrir.
Então receberei no meu desejo
Todo o fogo que habita na floresta
Conhecido por mim como num beijo.
Então serei o ritmo das paisagens,
A secreta abundância dessa festa
Que eu via prometida nas imagens.
*
As ondas quebravam uma a uma
Eu estava só com a areia e com a espuma
Do mar que cantava só para mim.
*
No infinito sorriso das espumas,
No chamar da maresia, no convite das brumas,
Na exaltação de cada maré cheia,
No teu ritmo de dança e bebedeira,
O que eu procuro e encontro extasiada,
É a tua alma, viva, nunca profanada.
(Antologia Mar)
18 Comentários:
conheço melhor a literatura infantil do que a poesia dela. Adoro!
Gostei tanto! Não a conhecia.
Beijo,
Jo
Olá amigo Amaral, parabéns por falares dessa grande senhora, ela era realmente fantástica, eu adoro ler os livros dela. beijinhos amigo
Gosto muito dos escritos dela...
....e como hoje é sexta-feira, venho desejo-te um belo fim de semana.
beijinho
Sublime! O último livro que li, foi a correspondência dela com Jorge de Sena. Um livro fabuloso. De dois génios. Beijos, bom fim de semana.
:)
Boas escolhas!
Bom fim de semana
A minha poetisa de eleição. Palavras claras, cristalinas. O mar, sempre o mar.
Beijos
Obrigada pela partilha de tão linda poesia... um xi...bom fim de semana
Olá Amaral!
Amei a escolha que fizeste! Sophia é ETERNA...as suas poesias encantam-me! O mar...essa paixão que também eu guardo dentro de mim... deixam-me perceber o segredo das conversas que a poetisa tinha com o mar!
Há melodias que só algumas almas conseguem entender!
Um abraço de estrelinhas*
☆Fanny☆
Ainda bem que há quem consiga por em palavras que muitos outros sentem.
Escreveu poemas lindos!!
Problemas com a net me têm impedido de visitar os blogs amigos que mais gosto. Agora que o consegui deparo-me com o encanto e beleza de uma das figuras femininas que muito admiro. Ela povoou também as ruas da minha memória infantil continuando na minha/sua idade adulta...
Dizer Sophia é dizer MAR, aromas, cores.
Sentires únicos e tão belos
Amaral, cairam-me lágrimas por Sophia, caiem sempre que a leio,
cairam aqui de novo
vive em mim a sua poesia
como digo sempre Sophia sabe [a]mar
bela homenagem , não me canso de a ler e reler, é a poetisa que adoro e está sempre presente
um beijo meu, querido amigo
lena
Lembro-me de a encontrar na rua. Uma senhora destinta :)
(e tantas vezes tão incisiva na sua escrita)
Beijinho
Não poderia encontrar maior delícia de palavras,numa noite de insónia, como estas...
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