Lisboa,

quarta-feira, agosto 02, 2006

amar o amor


Atingimos o ponto alto quando compreendemos que o amor é um sentimento que não tem limites, não tem condições, não tem fronteiras, não precisa de nada nem de ninguém.
Como entender um amor assim? Como descrever o que sentimos, quando partilhamos o amor com uma companheira e esse amor nos torna um ser cheio e pleno e, ainda assim, ousamos pretender que seja um amor sem condições nem limites?
O amor permite-nos a liberdade de exprimirmos o lado mais feliz daquilo que interiormente acreditamos ser. Somos um com toda a gente, somos um com tudo o que nos cerca. Mas mesmo assim, queremos amar uma companheira como se ela fosse a única, a verdadeira e a coisa mais valiosa do mundo.
Retornamos à mesma dúvida. Sou o que sou com tudo o que me cerca e procuro a forma divina de mim mesmo no relacionamento com a natureza da vida. A sensação da unidade derrapa no amor a dois, desejado, incontido, sublimado? Destruída esta relação, desmoronam-se os céus sobre mim e perco definitivamente a alegria de viver, o sentido de estar, o interesse do dia seguinte?
Onde está, agora, o amor sem limites nem fronteiras, o amor que age e alegra, o amor que grita e liberta?
Não é fácil atingir o cume. Mas é possível ver o cume no interior de mim mesmo. É possível amar incondicionalmente quando "estou comigo mesmo" com a companheira que me ama. É possível expressar o amor quando descobrir que abro a porta e abraço o amor no encontro comigo próprio.
De repente, tudo faz sentido, e apercebo-me que, naquele banco do jardim, naquela cadeira à minha espera, naquela sala onde entro, só há, afinal, uma só pessoa. Eu próprio, na unidade sublime com aquela que amo, a experiência ímpar de sermos um no pensamento, na emoção, no amor...

12 Comentários:

At agosto 02, 2006 8:06 da tarde, Anonymous Anónimo diz...

fantástico, Amaral!
Sim nós connosco, em união com o universo, amando o amor...
Ainda bem que abriste a comentários.
Beijinhos

 
At agosto 03, 2006 12:27 da manhã, Blogger Desassossego diz...

Acima de tudo somos, e só depois nos poderemos dar?!

Xi grande para ti...

 
At agosto 03, 2006 12:32 da manhã, Blogger Carla diz...

lindo texto :)
A complexidade simples de se amar...
Beijos

 
At agosto 03, 2006 2:38 da manhã, Blogger Ni diz...

Sorrio-te...
...
Amar é a aventura maior que se apresenta ao ser humano. Mas só ama aquele que se atreve a amar-se a si mesmo e permite que os outros o amem. Ninguém que não se ame a si mesmo poderá amar o outro.

Se amar o outro como a mim mesma, já me amo de verdade, isto é, sem barreiras, censuras, mentiras, dissimulações. E farei o mesmo com quem amo: amá-lo-ei sem data de caducidade, sem exigências nem contratos, sem hipocrisias.

Isto... enche-nos a alma de felicidade e expande-nos o coração para que respiremos plenamente a UNIDADE COM O UNIVERSO, COM O TODO.
...

Amor... quando existe ao nível da alma, não importa a idade cronológica nem as diferenças sociais ou qualquer outra coisa.

Uma relação no âmbito da alma nota-se porque as duas pessoas envolvidas se entendem, se sentem muito bem juntas e tudo flui harmoniosamente.

...

Eu, Nina, sei do que falo porque já o senti, já o vivi, em cada poro.

Há uma pergunta inevitável: se era Amor de alma, amor... AMOR... A*M*O*R... então... porque acabou?

Poderia escrever aqui sobre a fluidez de tudo, própria do evoluir... poderia falar que nada acaba, porque nada começa... apenas É... mas não. Não escreverei sobre isso.

Gostaria apenas, se me permites, Amaral, de murmurar ao ouvido do coração de cada amigo(a) que por aqui passa que sem amor a vida permanece fria... e desejar que possam sentir a suave carícia do alento divino e amar o ser mais importante das suas vidas: eles próprios.

Difícil?
Muito.
Muito mesmo.
Mas é o caminho...

Abraço de vento...

Ni*

Ama e o mundo amará contigo, criando assim brisas de eterna melodia, pois o Amor é o alento do Universo.

 
At agosto 03, 2006 9:38 da manhã, Blogger Dulce Gabriel diz...

Amar é das melhores descobertas da vida.É impar,imcomensurável,faz-nos sorrir e sentir mais gente.Melhor...só ser mãe e para isso também tens de amar MUITO.
Um abraço,Dulcineia.

 
At agosto 03, 2006 11:25 da manhã, Blogger Maria Carvalho diz...

É verdade. Concordo com as tuas palavras que tão bem exprimem Amor. Beijos.

 
At agosto 03, 2006 7:12 da tarde, Anonymous Anónimo diz...

Como faz bem ler-te!!!

 
At agosto 04, 2006 4:24 da manhã, Blogger Esther diz...

Amar a nós próprios antes de amar o outro...saudades, Amaral..pareces-me melhor ..que bom!!!!Grande beijo!

 
At agosto 04, 2006 11:57 da manhã, Blogger Aragana diz...

Ás vezes parece que tenho um dedo que adivinha coisas. Outras, se calhar, até não, e certas coisas são apenas coincidências incríveis. Adiante...

O amor incondicional existe? Todo o amor não existe apenas durante um determinado tempo?
E não há amores que são incondicionais apenas quando o "impossivel" o rodeia? E depois?

O divino e o "uno" do amor entre duas pessoas existe apenas no utópico.

Há amores fortes, há companheirismo, há muita coisa por aí...
só nao se pode contruir castelos no ar e/ou prejudicar meio mundo à nossa volta por causa de utopias e incondicionalismos...

.. nao concordas?

Beijos e bom fim de semana!

 
At agosto 04, 2006 1:41 da tarde, Blogger Estrela do mar diz...

...o maor é sublime!...


Jinhossssssss e tem um bfs.

 
At agosto 04, 2006 4:18 da tarde, Blogger Paulo Nabais diz...

É comum a todos, mas nem todos têm consciência do que se passa e, pior ainda, nem se questionam sobre...

Um abraço!!!

 
At agosto 05, 2006 6:45 da tarde, Blogger Su diz...

belo..gostei de ler.te
jocas maradas

 

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