memes

De há uns meses a esta parte, a blogosfera tem dedicado muito do seu espaço à criação de "correntes de memes", que acabam por se perder algures em qualquer parte, não sem que, a seu tempo, tenham produzido os seus efeitos...
Afinal, a blogosfera é o local ideal para a propagação dos memes.
Diz a Wikipédia que memes são "unidades de informação, que se multiplicam de cérebro em cérebro... podendo ser ideias ou partes de ideias, línguas, sons, desenhos que se autopropagam por imitação...", blá,blá,blá... blá,blá,blá...
Naturalmente, o "meme" é tudo aquilo que se aprende copiando o que uma outra pessoa faz ou diz... O que quer dizer que toda a história da humanidade se desenvolveu a partir de "memes" semeados ao longo dos milénios, adoptados como conceitos, verdades, regras, leis e comportamentos por organizações, estados, religiões, seitas, etc..

Isto a propósito da sugestão proposta pela brisa de palavras, que trouxe o tema ao seu blogue.
Para os mais atentos, nada disto é novidade, já que cada blogue, em si, contém os seus "memes", ideias ou mensagens que procuram difundir ou, simplesmente, dar a conhecer...

A ILUSÃO
Mergulhados na realidade que criamos, envolvidos pela ilusão que nos cega, apenas nos resta aceitar o que a Vida nos dá. E será que a vida "nos dá" alguma coisa? Vivemos permanentemente numa busca constante. Alcançado isto ou aquilo, logo achamos que não é o suficiente, e imediatamente procuramos algo mais que nos satisfaça.
É assim, desde há séculos e milénios. É a história que se conta de geração em geração, de pais para filhos, de avós para netos. A História cultural, baseada em alicerces ilusórios, faz parte da Verdade onde todos nós, peões humanos, nos movimentamos. Os conceitos adquiridos balizam a nossa forma de estar e a nossa forma de entender o que nos rodeia. Por isso acreditamos que temos de lutar para sermos felizes, temos de competir para sermos os melhores, temos de nos portar bem para merecermos a vida eterna. O truque que nos ilude tapa-nos a visão, tão fácil e profundamente, que o esforço que fazemos não é o de abrirmos os olhos para uma Realidade diferente, mas mergulharmos mecanicamente na realidade que está enraizada entre nós.
Tudo fazemos para sermos felizes. Como se a felicidade resultasse de certas condições que acreditamos serem as causas de tal felicidade. Não nos lembramos, nem mentalizamos que a felicidade pode ser um estado de espírito.

Só a ilusão permite que não vejamos O QUE SOMOS REALMENTE.

Só a ilusão faz com que estejamos continuamente dependentes de coisas e pessoas para sermos felizes, quando o sermos felizes depende sobretudo duma forma de estar, duma forma de ser...