Lisboa,

quinta-feira, setembro 17, 2009

luz da sombra

Se não sou o que estou a ser
nem vivo o que estou vivendo
tenho medo de ter medo
calo fundo este segredo
de ver errado o que estou vendo

Se me quisesses como eu quero
e me amasses como eu amo
faria o longe estar mais perto
mil oásis num deserto
mil ramagens num só ramo

Saudades de ter saudade
um querer de querer alguém
ao sonhar o nosso sonho
ri do teu rosto risonho
tive o céu que a lua tem

Já m'importa o que não sinto
já só sinto o não sentir
viro louco de loucura
terno no seio da ternura
flor do teu corpo a florir

A sombra já se fez luz
a luz da sombra luziu
caíu do alto dos céus
a chegada dum adeus
num olhar que a sombra viu

(Amaral Nascimento)

2 Comentários:

At setembro 17, 2009 8:00 da manhã, Blogger Paula Raposo diz...

É bem bonito o teu poema, Amaral! Muitos beijos.

 
At setembro 17, 2009 4:15 da tarde, Blogger Chill on Kaos diz...

Se eu tivesse a luz que tens
Se tivesse um grão da tua coragem
Se eu vivesse a tua sabedoria
Não tinha medo de ser quem sou
Não negava a evidencia perante mim
Não amava em segredo
Arriscava o impulso
Iluminava-me na sombra fria
Sombra que me faço
Para tapar o raio de felicidade que me banha
De que fujo
Sem saber, sem vontade
Com vontade de ficar
E conquistar a conquista de te amar...

 

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