Lisboa,

sábado, junho 19, 2010

silêncio



Já não sei
se sou lembrado
se a neblina
me esconde
ou então
se acordado
o teu sorriso
responde

Já não sei
se é verdade
se o espelho
já me trama
ou então
se a eternidade
perde a estrela
que me chama

Tão longe e tão perto
mora o silêncio de ti
vira desejo que esgana
um sonho que nunca engana
quem é alegre e que ri

O final de cada história
ficará sempre guardado
naquilo que faz sentido
no sentir desiludido
e num poema traçado

Já não sei
se estás aí
ou se o sonho
te levou
ou então
se já morri
no amor
que já não sou

Cai a chuva
de mansinho
cai a noite
sem luar
o silêncio
do caminho
vem sereno
a flutuar


(Amaral Nascimento)

5 Comentários:

At junho 19, 2010 10:14 da tarde, Blogger Unknown diz...

Olá doce Amaral...
Rs,sempre te chamarei assim.

O teu poema é, soberbo...

Cai a chuva
de mansinho
cai a noite
sem luar
o silêncio
do caminho
vem sereno
a flutuar

Esta fase final, fez-me cocegas nos dedos...permites?

E pra lá do silêncio
Fica o simples murmurar
Nas frases silenciosas
Que...não deixei de escutar.

Nunca duvides do que sentes!!!
Beijinhos com carinho doce amigo!

 
At junho 22, 2010 12:55 da manhã, Blogger por uma lágrima diz...

Levitei com o encanto deste poema

 
At junho 24, 2010 10:38 da tarde, Blogger Manuela B. diz...

Adorei ....e acabei de lê-lo em voz alta ao meu companheiro de vida...
de tudo...

É um poema lindo demais...

BJO E UM SORRISO AMIGO

 
At junho 27, 2010 5:21 da tarde, Blogger Paula Raposo diz...

Tão lindo, Amaral! Tinha saudades de te ler...
Beijos.

 
At julho 18, 2010 11:18 da tarde, Blogger sem naufragar diz...

são brincadeiras que fazes que entendo, que gosto, que me tiram os pés do chão.
adoro esta parte "Tão longe e tão perto
mora o silêncio de ti
vira desejo que esgana
um sonho que nunca engana
quem é alegre e que ri"
Desejo que esgana, é forte!
O silêncio cala os desejos, mas permite-nos vivê-los.

 

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