Lisboa,

domingo, maio 22, 2011

lágrima




Peguei os teus lábios e desenhei a flor do teu corpo...
Pétalas suaves, tão macias que se colaram no céu da boca,
e transmitiram o sabor de mel açucarado nas covas do teu rosto...
Aquela lágrima, meu Deus!...
Surgiu em surdina, do oceano cheio dos teus olhos,
do azul penetrante carregado da seiva do amor sonhado...
Bebi a tua lágrima como néctar precioso
e supliquei por mais...
desfazendo aos poucos cada murmúrio de mim,
morrendo e renascendo mil vidas,
contadas em soluços de amor desfeito...
Quando por fim deslizei suave
para dentro desse olhar,
senti o calor tépido dum oceano
cheinho de paz e,
no sossego do azul,
adormeci no seu regaço,
segurando apaixonado
aquela lágrima da vida
que eu sabia ser minha...

(Amaral Nascimento)

1 Comentários:

At maio 23, 2011 1:15 da manhã, Blogger Unknown diz...

Doce Amaral, esse teu amor...é lindo demais!
Sabes, tal inspiração é divina.
Falas com magia nas palavras, com um encantamento, que nos faz sorrir.
Beijinhos amigo, fica bem.

 

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