Lisboa,

quinta-feira, junho 02, 2011

grilo atrevido



desceste da Vida
com asas dum anjo
pousaste luzindo
tal qual um arcanjo

se não um arcanjo
um corpo alado
uma boca gostosa
um sopro salgado

tirei a camisa
tiraste o vestido
crepitou a chama
em cada gemido

em cada recanto
em cada arrepio
à espera dum toque
ritmado no cio

voraz escaldante
ao rubro o calor
vergado o desejo
com trago a licor

sem tréguas à vista
sem fim pela frente
um corpo enrolado
num beijo bem quente

dei tudo por ti
sugado a teus pés
bem dentro de ti
descobri como és

quando acordei
um grilo cantava
até a fantasia
lhe assobiava

(Amaral Nascimento)


1 Comentários:

At junho 02, 2011 7:35 da manhã, Blogger MM - Lisboa diz...

Que sonho.. especial!
jinhos especiais

 

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