Lisboa,

terça-feira, setembro 06, 2011

o tempo


Quanto tempo passou!...
Muito! Ou talvez nenhum!
Que o tempo nem deve "passar"... nem sequer "sair" do sítio onde está... nem mesmo se deve "mexer"...
Estará certamente paradinho... e nós a "senti-lo" passar, deixando-nos mais velhos, mais raquíticos, mais inúteis...
O tempo tem sido uma "dôr de cabeça" para os humanos. Houve quem alvitrasse poder tratar-se da 4ª.dimensão, num outro estádio da percepção humana. O mundo a três dimensões ficaria mais completo e mais eficaz se lhe acrescentássemos o tempo e vivêssemos assim num mundo a quatro dimensões...
O certo é que a percepção do tempo é muito mais acentuada nos tempos que correm.
"O tempo voa", "parece que foi ontem", "já passaram tantos anos?", "o tempo passa a correr"...
O tempo "passa", o mundo evolui e transforma-se tão rapidamente, que acabamos por nos perder em memórias e recordações constantes.
A verdade é que o nosso cérebro nos vai dando conta do desgaste do corpo e vai-nos informando das células que deixam de se renovar, daquelas que morrem definitivamente, daquelas que já são insuficientes para manter a aparência perfeita ou quase perfeita que tanto desejaríamos.
Não é o tempo que é culpado!
É, quiçá, a "incapacidade" do nosso cérebro em "entender", ainda, muito pouco sobre a perfeição do corpo humano, e de como essa perfeição deveria continuar a manter-se assim perfeita.
Diz-se que o homem de hoje está a aproveitar apenas um décimo do seu cérebro.
Talvez na percentagem que falta esteja a solução de todos os problemas existenciais: os físicos, os espirituais, os sociais, os políticos e os económicos e os financeiros e os religiosos e os comportamentais.


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