Lisboa,

sábado, fevereiro 25, 2012

a felicidade


Largar é o único caminho para a felicidade. As perdas não são, pois, nenhum castigo. Na libertação não existe, para a alma, nada de bom ou de mau. Só existe liberdade ou falta de liberdade.
Este é o motivo pelo qual os seres humanos podem ser profundamente infelizes apesar de possuirem tudo o que é possível e terem todo o sucesso possível no mundo material. Talvez possuam tudo o que desejam, mas não são livres. Outros não têm quase nada e por vezes até perdem a última coisa que têm e, ainda assim, parecem ter encontrado a sua paz.
Ser rico e feliz é tão natural como ser rico e infeliz - ou pobre e feliz ou pobre e infeliz. A chave da felicidade não é ser rico ou pobre, mas livre ou não livre. Se o dinheiro retirar alguma coisa de cima de alguém, está a libertar e produz sensações de felicidade. Se o dinheiro provocar mais carga e obrigações, produz infelicidade. A felicidade mede-se sempre em função do grau de liberdade da alma.

A nossa missão: nesta fase, a nossa missão consiste em permitir constantemente mais o soltar, sem, simultaneamente, nos conformarmos. Devemos integrar o nosso conhecimento sobre o decurso da Criação no nosso dia a dia. Não devemos lutar contra as grandes forças da vida, mas devemos treinar-nos a reconhecê-las. Devemos soltar aquilo que quer necessariamente partir e devemos envolver-nos com todo o coração onde há algo de novo que pretenda surgir. Quando o novo não se mostra logo por si só, não devemos desesperar, mas devemos manter a nossa vida em andamento. Devemos criar sempre novas possibilidades para que a nossa vida nos possa trazer algo de novo.

(Ruediger Schache in O segredo de Deus)

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