Lisboa,

quinta-feira, maio 24, 2012

tempos


Uma coisa parece óbvia. A certeza absoluta não existe entre nós e a nossa "certeza" tem sempre uma sombra de dúvida a envolvê-la, por mais seguros que possamos estar.
Nem sempre a minha certeza sobre o tempo parece absoluta.
Nem sempre tenho tempo para pensar que este tempo me engana.
Nem sempre este engano se compadece com a certeza que desejaria ter sobre se este tempo é mesmo alguma coisa com fundamento absoluto.
Uma coisa parece óbvia. Uma ínfima milésima de tempo pode conter uma eternidade. Num mísero segundo desta vida "podem acontecer" milhões de acontecimentos fora dela. 
Por experiência própria sei que um desmaio de poucos segundos pode proporcionar a "vivência" de situações imensas.
Por experiência própria sei que durante um simples desmaio posso "reviver" uma vida inteira.
Por experiência própria sei que durante um desmaio de alguns segundos o tempo tem uma duração interminável, que parece eterna, quando "algo" doloroso se vivencia.
Desconfio do  meu cérebro. Daquilo que ele pode criar que não seja do meu agrado. Daquilo que está para além da minha capacidade de dominar. Daquilo que eu não possa anular, alterar ou esquecer.
Por tudo isto, já me aconteceu, tempos atrás, ter medo de adormecer à noite. Trauma que ultrapassei.
Por tudo isto, ainda acontece ter um certo receio de desmaiar, um dia...
  

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