Lisboa,

quarta-feira, julho 04, 2012

divagando e sonhando


É verdade que, há algum tempo atrás, temia que me acontecesse um desmaio e, durante este desmaio, voltasse a "vivenciar" aquele trauma que me assustou durante alguns meses. Sendo o desmaio um tipo de perda de consciência, algo se passa durante esse curto espaço de tempo, porque a pessoa lembra episódios ou factos acontecidos, quando recupera a consciência.
Por experiência própria, sei que o recuperar dum desmaio pode ser "doloroso" e, também, que naquele momento se recordam acontecimentos parecidos a um sonho. Isto quer dizer que determinada actividade se desenvolve... mas que não passará dum desvario mental súbito e curto. O que não será sempre assim, exactamente porque, pessoalmente, já "vivenciei" um desmaio de alguns segundos que originaram "acontecimentos"  na mente, altamente dolorosos, e que "duraram" uma eternidade...

Também o sono é outro proporcionador de ausência do eu, mas este já cientificamente estudado e explicado. O certo é que, durante o período do sono profundo, o sonho parece desconectar-se da mente e é a parte mais profunda do nosso ser que "vive"  aquelas aventuras oníricas, tão dificilmente
explicáveis após o acordar. O sonho que acontece durante a fase mais profunda do sono, onde a actividade cerebral parece actuar com toda a normalidade, no chamado sono REM, esse sonho destaca-se de todos os "outros", porque parece ser ocasionado pela alma da pessoa que decide "andar" por lugares que ela bem conhece e estarão muito perto da Fonte. Já os sonhos que temos fora dessa fase de sono, terão a ver muito com a actividade mental, aquilo a que muitos entendidos chamam de "tráfego de informação"   a que o cérebro recorre para se reordenar... Há mesmo quem afirme que "é capaz" de voltar ao sonho que estava a ter, após acordar por qualquer motivo... Isto permite pensar que na fase do sono leve, os sonhos serão "desvarios" da mente, "imaginações" mentais, problemas ou desejos reprimidos que a mente desenvolve sem  as pressões sociais da rotina diária.

Quando uma pessoa é anestesiada para fins cirúrgicos, ela está numa situação de ausência de consciência controlada, sem qualquer sensação, que permite, da mesma forma, o "vivenciar" de acontecimentos ao nível mental ou espiritual.
O estado de coma é outro motivo de "ausência do eu", já que a perda de consciência é parcial ou total e a actividade cerebral fica gravemente perturbada.
Neste caso, as dúvidas ainda são mais profundas e torna-se angustiante saber se o paciente está ou não a ouvir ou sentir de alguma forma as pessoas ou o ambiente à sua volta.
No coma profundo, a alma estará já estreitamente conectada com a Fonte?... Terá abandonado definitivamente o corpo material?...

A "ausência do eu" é comum em toda a gente deste mundo.
O que me faz estar alerta é que, numa situação de ausência do eu, aquilo que nos recordamos ter "vivenciado" pode ter origem na mente ou na alma.
O que não é, de todo, a mesma coisa!...


1 Comentários:

At julho 04, 2012 3:59 da tarde, Blogger ☆Fanny☆ diz...

Mistérios... algo tão indecifrável que nos deixa em permanente dúvida.

Quanto aos sonhos, acredito que eles possam ser reminiscências de outras vidas, de outros mundos paralelos...preocupações, desejos que nos movem por dentro...

Adoro voar nos sonhos que tenho...e são muitas vezes recorrentes assim como andar a caminhar pelo arco-íris feliz e de sorriso na alma.

Um beijinho, amigo Amaral*

 

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