Lisboa,

terça-feira, julho 31, 2012

o eu de mim


Todos nós "encaixamos" em muita coisa que nos parece familiar e também "sentimos" que "a nossa verdade" não se ajusta a outras coisas que lemos.
Há formas de meditação que nos confundem; nenhuma confunde a linguagem que a minha alma conhece: os sentimentos.
O meu Eu corpóreo habita num mundo físico a três dimensões, mas o meu Eu superior tem o conhecimento natural de que é transitória esta esperiência, e quando chegar o seu momento, unir-se-à ao Todo a que pertence.
Talvez não no imediato, talvez que outras incarnações estejam previstas, talvez que em outras dimensões esteja outra vivência prestes a suceder, talvez que o conhecimento mais amplo permita vislumbrar outras maneiras de "ser", dentro da Criação que não pára de Se experienciar nas Suas mais diversas formas.
O mundo à nossa volta e Deus (como Tudo O Que Existe) "coexistem", porque, simplesmente, são "tudo o que há". O mundo físico, onde habitamos, os nossos corpos físicos que o habitam, NÃO ESTÃO DESLIGADOS de nada! Ninguém está separado de ninguém! Aquilo que dou a outrem recebo em troca. A experiência que proporciono a outra pessoas, vou experimentá-la um dia!
A morte é vida em evolução. Morre-se para se continuar a viver. Nesta ou em outros níveis de consciência. As nossas células sabem isso. O nosso Eu sempre o soube. Nada desaparece com a "morte". O Eu de mim que é imortal irá evoluir biliões de vezes nas mais diferentes formas. Ninguém "está fora de casa", porque a "casa" é só uma. Poderei sempre "mudar-me" de uma sala para a outra. Nada é permanente. Tudo muda a cada instante, considerando que tudo está acontecendo "ao mesmo tempo"…
Ser transcendente é próprio do ser humano. É o seu desafio mais grandioso. É na transcendência que ele vai buscar a capacidade de procurar, a cada instante do agora, criar uma versão de si mesmo cada vez mais grandiosa e sublime.
Tudo o que é de natureza superior, aparentemente separado do mundo sensível, desafia a mente humana. Como diz Brian Weiss: "Nós somos eternos. As nossas almas nunca morrerão. Assim, devíamos começar a agir como se soubéssemos que a imortalidade é a nossa benção. Ou, de forma mais simples, devíamos preparar-nos para a imortalidade - aqui, agora, hoje e amanhã e todos os dias do resto das nossas vidas."


2 Comentários:

At agosto 10, 2012 8:43 da tarde, Blogger MM - Lisboa diz...

Olá, AN
Que texto.. concordo com cada palavra que aqui escreveste!
Gostaria muito de conseguir abstrair-me do meu eu físico e pensar e agir como alma eterna, sabendo tirar partido, a cada instante, do que necessito para a minha evolução.

Beijinho, MM

 
At agosto 28, 2012 8:45 da tarde, Blogger Cláudia diz...

Grande discernimento o teu.Eu também concordo com a tua visão, partilho de muitas das tuas certezas, e seguramente que me guio apenas pelo que sinto, mesmo que nem sempre os entenda imediatamente.Sonho com um futuro em que as nossas crianças tenham disciplinas espirituais.Em que aprendam a meditar, e sobretudo que a prendam a "morrer", antes que morram.O amor é o sentimento que mais dói, exactamente porque implica sempre uma perda.Mais cedo, ou mais tarde.Mas se aprendermos todos o que é a morte, não mais teremos medo da vida.No entanto, o corpo físico deve ser cuidado, apreciado e valorizado, enquanto aqui estivermos, pois é ele que abriga o anjo que trazemos dentro,é graças a ele que a nossa luz tem a oportunidade de brilhar por cá.O que muda tudo, é compreendermos quem realmente somos, e deixar o sentir, comando da alma,liderar o fazer...

 

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