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domingo, julho 08, 2012

a partícula de Deus

A Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (CERN) anunciou esta quarta-feira que descobriu uma partícula nova que pode ser o bosão de Higgs, conhecido como «partícula de Deus», porque confere ordem e massa ao universo.
Os físicos têm tentado encontrar provas da existência do bosão de Higgs há quase 50 anos e, nos últimos dias, poderão ter finalmente encontrado a partícula, anunciaram os cientistas, explicando que a nova partícula tem características de massa e comportamento previstas para o bosão de Higgs.
O bosão de Higgs combina duas forças da natureza e mostra que são, de facto, aspetos diferentes de uma mesma força maior, sendo que esta partícula é a responsável pela existência de massa nas partículas elementares.
Os resultados das pesquisas, que não são conclusivos porque os cientistas preferem manter a prudência, são hoje explicados numa conferência de imprensa.
«Este é um resultado preliminar, mas pensamos que é muito forte e muito sólido», disse no CERN em Genebra Joe Incandela, porta-voz de uma das equipas que andam à procura do bosão de Higgs.

(TVI24 - 04/07/2012)




O Grande Colisor de Hádrons (português brasileiro) ou Grande Colisionador de Hadrões (português europeu) (em inglês: Large Hadron Collider - LHC) do CERN, é o maior acelerador de partículas e o de maior energia existente do mundo. Seu principal objetivo é obter dados sobre colisões de feixes de partículas, tanto de prótons a uma energia de 7 TeV (1,12 microjoules) por partícula, ou núcleos de chumbo a energia de 574 TeV (92,0 microjoules) por núcleo. O laboratório localiza-se em um túnel de 27 km de circunferência, bem como a 175 metros abaixo do nível do solo na fronteira franco-suíça, próximo a Genebra, Suíça.[1]

* É a maior máquina do mundo

A circunferência exacta do LHC é de 26 659 m e contém 9 300 ímã (magnetos). Além de ser o maior acelerador de partículas do mundo, unicamente uma oitava parte do seu sistema de criogenia já seria o maior 'frigorífico' do mundo!

É o mais frio

Todos os magnetos são pré-refrigerados a -193,20C (80 K) utilizando 10 080 t de azoto líquido, antes de ser cheio com 60 t de hélio líquido que os levam a -271,3ºC (1,9 K), quase o zero absoluto.
 
* É o circuito mais rápido do mundo

À sua velocidade máxima o trilião de protões lançados a 99,99 % da velocidade da luz, vão efectuar 11 245 vezes a volta do acelerador por segundo. Dois feixes de protões viajando cada uma energia máxima de 3,5 TeV, permitem assim a colisões frontais a 4 TeV, o que dará lugar a cerca de 600 milhões de colisões por segundo.

É o espaço mais vazio do sistema solar

Para evitar colisões com as moléculas de gás presente no acelerador, os feixes viajam num cavidade tão vazio como o espaço interplanetário, ao que se chama o 'ultravazio'. A pressão interna do LHC é de 10-13 atm, o que é seis vezes inferior à pressão existente na Lua.

São os pontos mais quentes da galáxia no anel mais frio do universo

O LHC é a máquina das temperaturas extremas. Quando dois feixes de protões entram em colisão, geram num espaço minúsculo, temperaturas mais de 100 000 vezes superiores às existentes no centro do Sol.

Por outro lado, o sistema de distribuição criogénica mantém-no quase no zero absoluto.

São os maiores e os mais sofisticados detectores

Para seleccionar e registrar os dados, no sentido de informação, dos acontecimentos (eventos) mais interessantes entre os milhões de colisões, os físicos e engenheiros construíram aparelhos gigantescos que medem os traços das partículas com uma precisão do mícron. Detectores como ATLAS e CMS estão equipados com sistemas electrónicos de lançamento de acções que medem o tempo de passagem de uma partícula a 1 x 10-12 do segundo. Estes sistemas também registam a posição das partículas ao 1 x 10-6 do metro. Tal rapidez e precisão é necessária para se poder ter a certeza que um acontecimento registrado nas diferentes 'camadas' do detector é sem dúvida o mesmo.
* É o mais potente supercomputador

A aquisição de dados de cada uma das grandes experiências do LHC poderiam encher 100 000 DVD de dupla camada de uma capacidade unitária de 8.5 GB por ano. A fim de permitir a cerca de 7 000 físicos do mundo inteiro a participar à análise desses dados durante os próximos quinze anos, a duração prevista do LHC, dezenas de milhares de computadores dispersos pelo mundo serão utilizados no quadro de uma rede informática descentralizada e chamada a 'Grelha'.

(Wikipédia)


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