Lisboa,

segunda-feira, agosto 13, 2012

a caminhada

Quando nos afligem os maus momentos é nossa tendência referir que faz tudo parte da nossa caminhada por esta vida.
A caminhada é o acto de caminhar,tão do jeito de urgir encontrar definições para todos os termos do vocabulário.
Sem caminhos não há cassesminhada possível. Caminhos, esses, nós temos às centenas, diante dos nossos impulsos, à mercê dos nossos anseios, abertos às nossas necessidades, aos nossos desejos, até aos nossos mais inesperados e loucos devaneios.
Quando, a um outro nível de consciência, "escolhemos" incarnar neste mundo físico, a missão que viemos cumprir veio acompanhada já de inúmeros caminhos, de muitas "personagens" que, mais tarde ou mais cedo, irão "aparecer" nesses muitos caminhos que são as opções tomadas em toda uma vida.
Por vezes, perguntamos porque razão nos relacionamos com A, tão diferente de nós ou que tanto nos maltrata, porque razão abandonamos um amigo, porque razão há pessoas que "entram" na nossa vida de formas tão inesperadas, tão improváveis, tão esquisitas à nossa compreensão.
Ao nível da alma, nada do que nos acontece é estranho. Ela "sabe" que tudo não passa do enredo duma peça que foi "imaginada" para que os diversos acontecimentos nos permitam experienciar as múltiplas facetas da vida. Uma alma evoluída acumulou informação, enriqueceu a sua pureza, conhece-se mais como sublime criadora.
Quando "sai" de Deus, qualquer alma tem o propósito divino de "ser Deus", de Se recriar, de disfrutar da Sua Criação. Quando "sai" de Deus, qualquer alma não deixa de ser Deus, apenas Se transforma em observadora daquilo que É, com o poder de vivenciar e experienciar as inúmeras e infinitas facetas da Criação.
Quando "sai" de Deus, qualquer alma não Se separa da Fonte, apenas se individualiza para Se observar e recriar. O mundo material e o mundo sensorial apenas são "aspectos" dum Deus que, um dia, Se quiz conhecer.
E outros mundos existirão para além destes, cada um com a sua função específica, mundos que os nossos sentidos não apreendem porque a vibração das suas energias é demasiado elevada para que possam ser detectados.Só quando "lembramos" e compreendemos tudo isto, é que nos regozijamnos com as múltiplas alegrias e tristezas por que passamos, com a multiplicidade de emoções que vivemos, com a tal quantidade de pessoas que passam pela nossa vida.
Por vezes encontramos alguém que apenas nos dirige uma palavra. E ficamos a pensar porquê...
Mais tarde encontramos outro alguém que interfere na nossa vida e nos persegue dezenas de anos.
Outras pessoas, outros familiares, outros amigos partilham connosco milhares de momentos, todos diferentes, todos carregados de sensações, de sentimentos.
Não será por acaso que tudo isto acontece.


Todas estas pessoas são almas que se dispuseram a "entrar no jogo", para que a nossa evolução possa progredir, para que a evolução delas mesmas atinja também outro patamar. Afinal, todos somos uma parte de Deus a evoluir na escala da Criação Divina.

1 Comentários:

At agosto 15, 2012 8:54 da tarde, Blogger Cláudia diz...

é precisamente assim que eu sinto, e acredito que seja.Um jogo cheio de reviravoltas, aventuras e caminhos incompreensivelmente escolhidos para a personalidade ou o ego.Extremamente difícil ser-se Deus num mundo de imperfeição, ser-se limitado quando somos absolutamente ilimitados.E é graças a todas estas complexidades, paradoxos e mistérios, que eu continuarei a querer saber tudo o que me for possível acerca de ambos. O ego e a alma.O mortal e o imortal... Acho fascinante! Obrigada por partilhares a tua sabedoria connosco. Grande abraço!

 

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