Lisboa,

sábado, janeiro 05, 2013

quando a rua se fechou



Quando a rua se fechou
li no silêncio que vinha
uma história toda minha
uma vida que acabou.
Quando a rua se fechou
outra rua com mil ruas
cavalgando em mil luas
desfez a luz e brilhou.
Quando a rua se fechou
surgiram flores da flor
misturadas numa côr
na tela que alguém pintou.
Quando a rua se fechou
vi um céu desconhecido
e sem nenhum alarido
surgiu um deus e falou.
Falou da morte e da vida
falou de si e de mim
fez-se doce querubim
alma pra sempre nascida.
Quando a rua se fechou
abriu-se o tempo sem fim
abriu-se um som de clarim
e um amor que sempre amou


(Amaral Nascimento)


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