Lisboa,

quarta-feira, setembro 15, 2010

depois do adeus


Depois do adeus
soltei as palavras
e nenhuma soltou um gemido...
Ficaram quietas,
mornas e tristes,
longe do perto,
perto do longínquo infindo,
onde tudo se mistura,
onde tudo é o que foi,
onde cada abraço
é sempre o primeiro
e o último...
Depois do adeus
toquei o sorriso
duma lágrima que morria.
Definhou de dor,
pequenina e triste,
tranquila, porém,
na doce paz
da tranquilidade dos céus de amor...
Serenou o mar,
transformou-se o sol,
sorriu a lembrança
do sonho antigo...
Lá de longe,
a brisa beijou-me a boca
que, ansiosa,
pronunciava o teu nome...

(Amaral Nascimento)