Lisboa,

sábado, abril 30, 2005

olá amigo!

será possível?



Eu sei que aquilo que estou a ver é a realidade que a minha mente criou.
Vou imaginar que esta realidade é uma ilusão.
Agora, vou tentar posicionar-me fora desta ilusão, como se fosse um observador.
Então, o meu Eu interior está a dizer-me:
"O que estás a ver, não existe! Estás fora, estás a observar do lado de cá, sentado numa cadeira, os actores que representam a peça onde tu intervéns."

Quando isto for possível fazer-se com simplicidade,
alguma coisa vai mudar nas atitudes e nos comportamentos?...

(foto tirada daqui:)

sexta-feira, abril 29, 2005

dia mundial da dança


dia 29 de Abril, dia mundial da dança
"Quem dança é mais feliz!"

de novo a WaterAid


O site da "aquaplastics" alcançou com sucesso 1,5 milhões de cliques, antes de terminar o prazo de 22 de Junho de 2005! Isto significa que um total de 150.000 euros será doado à WaterAid pela indústria europeia de plásticos para conseguir água potável e saneamento, para o povo da Etiópia.

Dado que o objectivo foi alcançado 60 dias mais cedo, a indústria europeia de plásticos concordou em doar 50.000 euros adicionais, se mais meio milhão de cliques for alcançado até ao dia 22 de junho 2005.

Podes ajudar a concretizar mais este objectivo, clicando
aqui uma vez por dia - só vais demorar uns segundos e não custará rigorosamente nada!

equilíbrio

No mundo em que estamos inseridos, é difícil fugirmos às normas e às regras da sociedade.
A nossa luta pessoal está sempre condicionada por factores externos. Para não perdermos o emprego, sujeitamo-nos a decisões arbitrárias e injustas; para conseguirmos uma carreira profissional louvável, temos que obedecer a certos requisitos e tomarmos caminhos já trilhados ou desbravados; para mantermos uma situação matrimonial segura, não podemos esquecer valores e preconceitos endurecidos por gerações passadas; para mantermos os nossos filhos contentes e felizes, não podemos deixar de nos integrar nas novas modernices; para podermos garantir uma velhice aceitável temos que fazer contas à vida e decidir com realismo.
Até amar incondicionalmente implica pôr de lado todas as condições!

Se finalizasse aqui, estava "tudo" dito! Afinal, a vida só pode ser vivida obedecendo a determinadas condições.
Mas não está "tudo" dito!
As condições que vimos são condições que o ser humano impôs a si mesmo! São condições materiais, condições morais, condições sociais. Condições que o mundo físico criou para sobreviver a formas que vai fazendo despontar, diferentes, desiguais.
O ser humano adapta-se ao meio. Estimula o ego. Conquista as coisas do mundo. Modifica as suas condições. Integra-se na dinâmica que desenvolve e altera o que parece subdesenvolvido.

O que falta a este ser humano é o equilíbrio.
Falta-lhe a fórmula para se rever, ele próprio, no emaranhado material que lhe faz cerco, desde a sua nascença.
Ao ser humano falta-lhe a lucidez para não esquecer que é um ser espiritual, falta-lhe a preparação para uma conduta comum com Deus e a vida, falta-lhe a crença de que a vida física é um instrumento para vivenciar, falta-lhe a sabedoria para saber quem é.
Aqui reside o equilíbrio.
A vida material e a vida espiritual são ambas necessárias. Saber equilibrar estas duas vidas terá que ser o desafio principal para uma conduta mais consentânea com a sua razão de estar aqui.


(Foto retirada do: http://www.studio-lb.de)

quinta-feira, abril 28, 2005

corrente literária

Como não poderia recusar o convite da Susana , aqui vai:

1. Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
Lembro-me do filme de François Truffaut e do tema que não me deixou indiferente. Uma vida sem livros era difícil de imaginar, muito menos de aceitar. Claro que esse futuro fantasmagórico é completamente utópico. Mas, respondendo à pergunta, gostaria de ser um manual que, mesmo às escondidas, todos pudessem ter à mão para os fazer lembrar quem são; e se a tecnologia o permitisse fazia-o acompanhar duma imagem, tipo holograma, que complementasse o conteúdo .

2. Já alguma vez ficaste apanhadinha(o) por uma personagem de ficção?
Quando puto, era doido em criar imaginações desse espécie. Os super heróis fascinaram os meus 9 , 11 anos, e o ego a formar-se ou a simples imaginação da criança que era, levavam-me a "sonhar" que poderia ser o super-defensor dos fracos... e captar a admiração das moçoilas...

3. Qual foi o último livro que compraste?
Os últimos creio terem sido a derradeira obra da Isabel Allende para oferecer e "O Código Da Vinci" para a minha estante.

4. Que livros estás a ler?
Tenho a mania de ler mais do que um livro ao mesmo tempo. Neste momento acabei "Deus, esta voz interior em mim", de Graça Alexandre e estou a terminar "O Self Original" de Thomas Moore, conjuntamente com "Três semanas com o meu irmão" de Nicholas e Micah Sparks. Nos intervalos, tenho mesmo que ir relembrando passagens de Eckhart Tolle, Neale Walsch e Deepak Chopra.

5. Que livros (5) levarias para uma ilha deserta?
Essa ideia da ilha deserta é um bocado engraçada. Sempre pensei (sempre, não é verdade!) que era capaz de ser feliz numa ilha deserta, comunhando o amor duma mulher (aquela coisa de um amor e uma cabana...). E acreditei nisso! Julgo que acredito ainda! Se tivesse possibilidade de escolher livros para levar, não hesitaria em fazer-me acompanhar por alguns que iluminassem o meu lado espiritual, que comungassem com a minha verdade. Era muito fácil escolher cinco títulos, de entre autores que se identificassem com a minha maneira de ser e de estar neste mundo. Que é como quem diz: que me ajudassem a criar o meu conceito de Deus e da vida, pondo de lado os ensinamentos que avós, pais, professores e padres me incutiram durante anos!... Porque lá, na ilha, teria certamente muitas outras coisas com que me entreter...

6. A quem vais passar este testemunho (três pessoas) e porquê?
Não sei se me irei repetir com alguém mais, por isso escolho quatro:
À
trintapermanente , de "Do mal o menos", que me ajuda a compreender um pouco de mim;
À
Elsa dos "Delirios2004", uma das primeiras que comentei;
Ao
Pedro das "Azenhas do Mar" que, da sua janela, vê muito mais do que muitos de nós todos juntos;
À
Blue , dos "Sentidos Ocultos", que gostaria ver empoleirada num monte de sorrisos.

terça-feira, abril 26, 2005

maria lúcia




"Parabéns pela irmã que tens!" - disseram-me há bocado. Não é novidade nenhuma. Sei bem a irmã que tenho! É a Maria Lúcia que o Armindo deixou viúva, e é uma mulher enorme! O Armindo sabia disso, eu sei disso e ambos estamos orgulhosos. Ele, aonde quer que esteja, eu ainda aqui nesta vida! Os parabéns são SÓ para ela, por Aquilo Que Ela É.

segunda-feira, abril 25, 2005

Traz outro amigo também

Amigo
Maior que o pensamento
Por essa estrada amigo vem
Não percas tempo que o vento
É meu amigo também

Em terras
Em todas as fronteiras
Seja benvindo quem vier por bem
Se alguém houver que não queira
Trá-lo contigo também

Aqueles
Aqueles que ficaram
(Em toda a parte todo o mundo tem)
Em sonhos me visitaram
Traz outro amigo também


(Zeca Afonso)

domingo, abril 24, 2005

hoquei em patins

sábado, abril 23, 2005

gatinho sofre...


Quem o fez, divertiu-se!
Mas o gatito parece que não gostou muito da brincadeira...

sexta-feira, abril 22, 2005

Web Gallery of Art

A Galeria de Arte da Web apresenta mais de 2800 reproduções digitais de pintores europeus e esculturas criadas entre os anos 1200 e 1700. Uma parte considerável dos retratos está comentada e contém as biografias dos artistas mais significativos. Um motor de busca permite encontrar pinturas de acordo com os requisitos da colecção. As excursões guiadas tornam mais fácil a visita à Galeria e permitem compreender o relacionamento artístico e histórico entre as diferentes obras e os artistas incluídos na colecção.
Vale a pena dar uma olhada!


quinta-feira, abril 21, 2005

verdades

A minha verdade é tão boa e tão má como qualquer outra. Não passa da minha verdade.
Gosto dela por não ser imutável. Ela permite-me discordar dum texto que li mas, igualmente, dá-me ensejo de o encarar doutra forma, dias mais tarde.
A minha verdade relança-me a todo o instante. Dá-me aconchego mas desperta-me também.
A minha verdade não me atrapalha. Recolhe o que entende e o que a satisfaz, e oferece-me o resultado como um manjar divino.
A minha verdade não é a tua, mas pode ver a tua, em toda a sua grandeza. Partilha, consome, assume, distingue.
A minha verdade cria irmãs, filhas, esposas. Dá e recebe.
Quando se aquieta no que é vazio, deixa o corpo pesado como chumbo.
Como se nunca estivesse e em tempo algum, alguma vez, pudesse ter sido...

quarta-feira, abril 20, 2005

WaterAid

Mais um bilião de pessoas, um sexto da população mundial, não tem acesso a água potável.
A "WaterAid" e a indústria europeia de matérias plásticas associaram-se para tentar remediar um pouco este problema.
Por cada clique efectuado
neste site , a indústria europeia de plásticos dará 10 cêntimos à WaterAid, para projectos de água potável e saneamento para a população da Etiópia.
O objectivo é conseguirem-se 1,5 milhões de cliques antes de 22 de Junho, o que vai corresponder a um donativo de 150.000 Euros.
No momento em que escrevo isto, o site regista um número: 1.298.724
Podemos visitá-lo uma vez por dia, tomar-nos-á poucos segundos e não gastaremos um centavo!

imagine

De um blog para outro blog, da Malásia para Portugal, mesmo sem John Lennon, a sua música, a sua poesia - da mesma forma, ainda assim, imaginemos:

Imagine, for a moment,
that peace befell the land
that all of humankind reached out
and held each other's hand.

Imagine, for an instant,
the touch of skin to skin
proved so powerful a feeling
every nation felt like kin.

Imagine, for a second,
love possessed the honest soul
of each citizen on the planet
and the world was truly whole.

Imagine, for a heartbeat,
how quickly hatred would dissolve
and compassion rise up gallantly
with blazing-strong resolve.

Imagine, in your lifetime,
this chain of hope began
and the link at its inception
was your firm, extended hand.

Imagine......

terça-feira, abril 19, 2005

cocegazitas

Palavras de ternura fazem-nos sempre umas "cocegazitas" no nosso estado de ser e, nessas alturas, parece que a energia que nos envolve começa "aos saltinhos", numa espécie de reboliço, como que a querer explodir.

o princípio


Este fim de semana, tive a oportunidade de encontrar um amigo que enfrenta os seus momentos mais difíceis, face à grave doença que repentinamente se abateu sobre ele.
Por ter sido sempre um homem dinâmico, saudável, decidido, foi-lhe complicado aceitar um mal que ele pensava só atacar outras pessoas. Quando se viu paralisado e dependente, não quiz acreditar que AQUILO estivesse a acontecer-lhe!
Pois, a verdade é que o Henrique tem mesmo um tumor no cérebro, foi operado uma vez e não sabe como as coisas vão evoluir. Desabafou e concordou. Agora, já encara a vida de uma outra forma. Já se sente uma pessoa dependente dos outros. Já se apercebe que precisa de ajuda. Já estende a mão para se pôr em pé. Já sente necessidade de amor. Já entende a "força de vontade", a "força de espírito", a "fé", a "confiança", o "querer", "Deus"!...
Só não lhe falei da morte! Nem devia! Apenas lhe falei da "força", da "vida", da "certeza"!
Porque toda a gente tem medo da morte! Ainda que o neguem ou evitem abordar o assunto.
Foi sempre assim! E assim vai continuar. Por isso, falemos, sem receio, da morte:
"A morte nunca é um fim, é sempre um princípio. A morte é uma porta que se abre, não uma porta que se fecha.
Quando compreenderes que a vida é eterna, compreenderás que a morte é uma ilusão tua, que te mantém muito preocupado com o teu corpo, contribuindo para que acredites que és o teu corpo. Mas tu não és o teu corpo, e portanto a destruição do corpo não te diz respeito.
Tu não és a ilusão, és o seu Criador .
Tu estás neste mundo, mas não és dele.
Utiliza pois a tua ilusão de morte. Utiliza-a!Permite que seja a chave que te abre para mais vida.
Vê a flor a morrer e vê-la-às com tristeza. Mas vê a flor como parte de uma árvore inteira que está a mudar, e que em breve dará fruto, e verás a verdadeira beleza da flor. Quando perceberes que o desabrochar e a queda da flor são sinal de que a árvore está prestes a dar fruto, então compreenderás a vida.
Lembra-te sempre que não és a flor, nem sequer és o fruto. Tu és a árvore. E as tuas raizes são fundas, enraizadas em Mim."

("CCD3" de Neale Walsch)

domingo, abril 17, 2005

domingo sem sol

O dia está cinzento, nesta manhã de domingo. Muitas nuvens impedem que o Sol se mostre, embora a chuva não seja previsível.
Mesmo assim, tenho de ir ver o mar.
Lá em baixo, deixando que o areal se estenda ao longo da costa, numa extensão invejável, as águas espumam calmas, não oferecendo aos surfistas quaisquer condições para brincadeiras. Por isso, não se vê nenhum.
Está frio, o vento está norte e desagradável.
Vou voltar para ler um pouco e à tarde regresso de novo!


sábado, abril 16, 2005

sábado sem Net

Tinha um post pronto para publicar, mas aonde pretendia utilizar a Net estava sem servidor.
Resultado: impossível ir ao blog, em todo o dia de sábado!

sexta-feira, abril 15, 2005

sociedade primitiva

" O primeiro sinal de uma sociedade primitiva é pensar que é avançada."

quinta-feira, abril 14, 2005

formas mais pequenas

"Um homem põe um cigarro na boca e prepara-se para o acender. Já fez isto antes, milhares de vezes. A acção é mecânica. É automática. Mas nesse dia, nesse momento, acontece qualquer coisa. Talvez ele tenha lido este livro. Talvez tenha ouvido este diálogo. Não interessa. Neste momento, ele está para além do pensamento. Move-se por impulso. O impulso divino que está dentro dele decidiu servir a Própria Vida antes de servir o Pequeno Eu. Sem pensar, o homem pousa o cigarro por acender. Larga os fósforos. Tem subitamente a certeza de que não voltará a fumar. Esta clareza surgiu-lhe sem pensar. É simplesmente um saber. A sua longa luta com o tabaco terminou."

"Uma mulher levanta-se a meio da noite. Ouviu chorar o seu bebé. Está exausta. Teve um dia longo, está prestes a tornar-se mais longo ainda. Mas ela não está a pensar nisso agora. Não está a pensar em nada. Move-se com ligeireza, amorosamente, com o coração todo aberto. É uma mãe, e não há nada semelhante no universo. É um ser a agir por impulso divino. Ela É o divino, expressando-Se impulsivamente. Sorri ao bebé que tem ao colo, e o seu sorriso não foi criado na sua mente. Vem directamente do céu."

"Isto é servir A VIDA PELA Vida através de tudo NA Vida - antes e antecipadamente a qualquer pensamento sobre isso. Isto é servir mesmo antes de pensar em servir. É o tipo de coisa que se faz quando se está com a cabeça ausente. Não é preciso parar para pensar nisso. Parte-se de um lugar completamente diferente.
Isto é PRÉ-servir, e só através deste nível de serviço será a Própria Vida preservada na sua forma actual sobre a Terra.
E isto é a Nova Espiritualidade."
("O Deus de Amanhã" de Neale Walsch)


quarta-feira, abril 13, 2005

faz tanto tempo!...


Faz tanto tempo!...
E quanta coisa acontece neste "tempo", tempo ilusório, tempo terreno, tempo que Deus criou para que a ilusão pudesse existir...
Tudo na vida é perfeito, até o tempo desta vida, para uns tão curto, para outros tão sofrido de suportar...
No trabalho ou em férias, com muita ou pouca saúde, com mais ou menos dinheiro, curte este tempo, curte-o cheio, fá-lo transbordar de alegria!
Escolhe coisas boas, escolhe o pleno, o mais sublime! Escolhe aquilo que te proporcione o maior dos bens para ti próprio! Entrega-te à vida! Vive!
Só assim poderás acumular experiência ao conhecimento e encurtar mais rapidamente a distância que te separa do cimo da escadaria.

terça-feira, abril 12, 2005

coincidências?

O "stress" dos dias de hoje, os pensamentos e preocupações atabalhoados nas nossas cabeças, não nos deixam "ver" as mensagens que nos chegam a todo o instante.
As pessoas acham que foi o acaso, que foi uma coincidência, mas as coincidências e os acasos não existem; verdadeiramente são "oportunidades" que escancaram portas para novas opções.
Por detrás dum encontro fortuito, está uma "mensagem".
Por detrás do sorriso dum desconhecido, está uma "descoberta".
Por detrás dum telefonema inesperado está "algo novo" a acontecer.


Coïncidence


Est-ce une coïncidence,
un signe, un truc dans l’air du temps,
Ou est-ce une porte qui s’ouvre,
une conséquence de nos actes,
Un message à décrypter, un défi à la pensée,
Une simultanéité, un heureux hasard, un cadeau?

Comme avec tout ce qui m’arrive,
j’étais tenté par la dérive
Ce vent qui me portait que je laissais guider ma vie
Prendre son destin en main, est-ce illusoire ou pt’êt bien
Un pouvoir qui donne espoir au genre humain

Sommes nous récompensés de la maîtrise de nos pensées
Du fait la synchronicité dans la noosphère des idées
Peut-on choisir en avance
en connaissant les conséquences
Le libre arbitre n’est une chance
que s’il s’exerce en pleine conscience

Car si tout est coïncidence,
le hasard n’a pas d’importance
Tout semble arriver toujours à point nommé à moins
Que tout soit déjà écrit et que nous vivions nos vies
Comme des scénarii choisis par Dieu sait qui


Poema : Benoit Cholet
Música : Benoit Cholet e Matthieu Aschehoug

segunda-feira, abril 11, 2005

necessidades

"Muitos seres humanos requerem também qualquer coisa que envolva uma certa clareza sobre o significado da vida. Esta necessidade consiste num anseio de conhecer uma origem e um destino, de onde viemos e para onde vamos, e de esclarecer a finalidade que a nossa vida pode ter para além da existência imediata.
Nem todos os seres humanos têm tais necessidades. Aquilo que um ser humano precisa para viver feliz varia consideravelmente com a personalidade e circunstâncias socioculturais, já para não falar com a idade e com o tamanho da conta bancária. A juventude dá-nos pouco tempo para apreciar as limitações da condição humana, e a riqueza muitas dessas limitações.
Podemos dizer que o tal anseio é um traço profundo da mente humana. Este traço está enraizado no desenho do cérebro humano e no genoma que permite o desenvolvimento desse cérebro.
Ter uma experiência espiritual consiste em ter a experiência de sentimentos de alegria, geralmente serena. O centro de gravidade dos sentimentos a que chamamos espirituais situa-se numa encruzilhada de experiências. A beleza é uma delas, enquanto a outra é a antecipação de acções conduzidas numa "atitude de paz" e com "uma preponderância de amor."

(António Damásio in "Ao encontro de Espinosa")

domingo, abril 10, 2005

projectar a luz



Domingo de céu limpo e Sol convidativo. Um Sol que convida os tristes e os pesarosos, um Sol que agrada aos alegres da vida. Um Sol que devia ser para todos, também para os que enchem hospitais, para os que deambulam por ruas e por corredores das próprias casas.
Não é possível contá-los nem tirá-los da solidão. Estão escondidos da vida e escondidos de si.

Também, hoje, não sou um dos alegres da vida. Sei que é o céu e as coisas dos homens que me trazem o reflexo do Sol que está lá em cima. Sei que posso fazer-me alegria, quando retirar o espinho que me impede essa alegria. Sei que é só querer e só depende de mim!
Esta passagem de "Construir o homem" é dedicado a todos aqueles que não disfrutam da alegria que possuem, por esta ou aquela razão.


"No sótão e na cave do nosso espírito, na nossa memória e no nosso coração, acumulam-se no meio das riquezas egoisticamente guardadas, e que inutilizadas se deterioram, muitos fragmentos de vida, recalcados e enterrados, porque mal geridos e mal aceites. São encontros falhados, amores abortados, perdões recusados, provações e sofrimentos suportados e não aceites, etc... etc... Mundo inquieto que se infesta, destilando uma multidão de sentimentos negativos: queixas, remorsos, melancolia; desencorajamentos, desvalorização e desgosto de si próprio; ciúme, inveja, desejos depravados; violências sufocadas, etc...

É preciso projectar a luz. É preciso libertar-nos. É preciso restituir essa vida estragada à grande corrente de vida, seiva que nos faz florir e dar o nosso fruto. Mas como? Muitos, infelizmente, não utilizam os seus meios.

É por isso que é preciso, de tempos a tempos, deter-te um pouco. Fazer silêncio. Retardar as imagens que desfilam na tua memória. Escutar as tuas vozes interiores para tomares consciência de toda essa vida que te habita.

(Michel Quoist in "Construir o homem")

sábado, abril 09, 2005

julia cameron


A arte de Julia Margaret Cameron
1815 - 1879

Mais aqui  com Harrison Fischer e James Tissot

sexta-feira, abril 08, 2005

vídeo cruel

Hoje decidi escrever sobre um assunto que tem sido tema em muitos blogs - as peles dos animais como adornos no vestuário das mulheres e dos homens.
Quando olho em volta e procuro uma pequenina explicação para o que vejo, desde o ínfimo pó da terra ao universo de proporções inimagináveis, concluo que o cérebro pouco me pode ajudar nessa tarefa. Posso até concluir que até o fio do pó tem a sua vibração própria.
Clara Alexandre, no seu livro "Deus, esta voz interior em mim" refere a dada altura: "Na prática, acredito que, para hoje estar aqui a escrever este livro, tive anteriormente de ser uma pedra, água, terra, pássaro, formiga, rato..."
A concepção de grandes autores, desde Deepak Chopra até Eckhart Tolle, sobre Deus e a vida, equipara-se bastante, quando concluem que a natureza e o homem estão íntimamente ligados.
O homem não está separado de Deus, conforme as religiões organizadas nos têm transmitido desde há milénios, mas o homem é UM com Deus e com tudo o que o rodeia.
Isto, para chegar onde?
Para concluir que, quando olho um animal, estou a contemplar uma expressão divina, isto é, Deus está a expressar-Se naquele animal.
Uma outra curiosidade está descrita no livro "CCD3" de Neale Walsch: "Os animais têm alma? - Qualquer pessoa que tenha olhado bem um animal nos olhos conhece a resposta."
Para quem acredita na reencarnação, a evolução humana caminha no sentido ascendente da sua escala, até experienciar a Unidade Total com Deus.


O vídeo que me foi dado a conhecer em blogs amigos mostra como é cruel o comportamento do homem, quando interesses e determinadas crenças minimizam a sua sensibilidade.

Matar um animal para alimentação não é o mesmo que arrancar-lhe a pele para a transformar em adornos.

Prender à cintura uma série de explosivos e fazê-los explodir num autocarro cheio de gente, não é o mesmo que morrer por uma causa no campo de batalha.

Se a "morte" não existe e a vida vai continuar sempre, faça o que fizer o ser humano nesta vida terrena, não deveríamos estar preocupados com o que vemos no vídeo.

Mas o que eu vi no vídeo, não me deixa indiferente, é de uma violência horrorosa e são actos aterradores que estão longe de dignificar a raça a que pertencemos.

Aquilo que eu vi no vídeo é uma barbárie, e por isso eu denuncio-o aqui!


O vídeo ESTEVE AQUI

quinta-feira, abril 07, 2005

os sonhos que nós temos


Tantos sonhos que todos tivémos! Quantos não nos lembramos! Quantos recordamos ainda! E quantos vamos rapidamente levar ao papel para ficarem gravados! Quantos esquisitos! Quantos belos e alegres! Quantos pesados e assustadores!
Este é dos poucos que me apressei a escrever. Seria bom que todos os nossos sonhos nunca fossem esquecidos ou nos apressássemos a ir passá-los para um bloco.
Quantos livros agora não teríamos? E quantos problemas pessoais já não estariam resolvidos?...


No passeio não havia mais ninguém. Era uma estrada movimentada, onde os carros iam e vinham a grande velocidade. Eu estava no lado direito e o movimento era grande em toda a minha esquerda.
De repente, um motociclista passou a grande velocidade, virou à esquerda e arrepiou-me. Num segundo, um carro apareceu da direita, travou com ruído, mas não evitou o impacto. Tudo se passou em curtos momentos. A moto embateu no carro e o homem foi projectado contra umá árvore, caindo no chão, inanimado. Fez-se um silêncio de morte e tudo emudeceu, pessoas e veículos, num ambiente subitamente carregado pelo trágico e pelo inesperado.
Voltei-me para a rua de onde o motociclista tinha surgido, e o meu pensamento desprendeu-se regressando, repentinamente, repleto e expontâneo.
Com todos os seus pormenores, com toda a nitidez, com a maior lentidão do mundo, a cena atrás contemplada apareceu de novo à minha frente, como um truque de cinema.
A poucos centímetros, a moto passou por mim, devagar, devagarinho, deixando ver um homem novo, guiando seguro e tranquilo. O meu olhar acompanhou-o na mesma lentidão, fixou toda a profundidade dos pormenores, sustentados num espaço onde tudo era mais claro e as cores eram mais coloridas. Se estendesse o braço "agarraria" certamente um bocado daquela cena, que decorria vagarosa ante os meus sentidos.
Mas a moto continuou o seu trajecto, entrou no perímetro dum carro vindo da direita e ensaiou uma espécie de dança, surdamente animada e controlada.
Depois, a dança mudou de forma: o carro ficou quieto, a moto rodopiou na medida em que, inconscientemente, "me deu mais jeito", e o homem ergueu-se no espaço vazio, obrigando-me a segui-lo com o olhar.
Uma árvore apareceu por detrás, as costas do homem foram na sua direcção e estamparam-se contra o tronco, momentaneamente e a meia-altura. Um estremecimento percorreu o corpo do homem, como um choque eléctrico, e eu "vi" que a vida deixava aquele corpo.


Acordei do sonho, num turpor amargo e distante. O silêncio compôs a realidade e a consciência. A luz do dia ainda estava longe.
Soltei o pensamento e ele pareceu dizer-me que o tempo, aquela suposta dimensão ainda não dominada pelo tempo, estivera na minha mão, controlada ao pormenor e ao segundo.

quarta-feira, abril 06, 2005

a descoberta da natureza



A "descoberta da natureza" é um elemento essencial do desenvolvimento do homem.
Não se trata apenas de conhecer, mas de apreciar e de saber contemplar a natureza. Muitos homens, porque não tiveram ocasião de o fazer ou porque ninguém lhes ensinou, não sabem admirar uma flor, um pôr do Sol, o canto de uma ave... São como um ser vivo, que tem um sentido atrofiado e que já não deixa circular por ele a vida.

("Construir o homem" de Michel Quoist)

terça-feira, abril 05, 2005

gestos de amor

Quem conhece a Caparica sabe que, se subir o areal das dunas, junto à paragem 7, e chegar junto à praia, avista o primeiro pontão que protege aquela zona da vila (agora cidade).
O dia hoje estava de Sol, com nuvens brancas e espaçadas que não ocultavam um calor de Primavera apetitoso.
A maré iria começar a descer dali a pouco tempo e a água espraiava-se até à Fonte da Telha. Para o outro lado, até ao primeiro pontão e depois até ao restaurante O Barbas, onde as obras de protecção costeira tinham começado não há muito.
Contei umas dezenas de surfistas que, daquele ponto, pareciam gaivotas pousadas na água do mar.
Indiferentes, ele e ela trocavam beijos repenicados, rindo distraidamente. Ele sentara-se de frente para ela, ela sentara-se sobre as pernas dele, agarrando-lhe os ombros. Tinha os cabelos curtos, encaracolados e olhos de amêndoa pequenos e risonhos. Ele entregara-se à brincadeira dela, sem responder, sorrindo às suas "bicadas", abraçando-a na cintura, com o braço disponível. Os risos dela, os beijos sonoros, as palmadas na face e, mais além, as ondas a começarem a recuar e os restos do lixo a ficarem depositados, fixando o limite que a água alcançara na areia.
O Sol continuava quente e os meus passos deixavam as suas marcas. As gaivotas estavam longe naquele momento, porque não vislumbrei nenhuma. Até ao pontão, paralelamente à linha férrea, as pedras seguram a areia que já foi uma longa duna
desgastada pelo mar, e deixa desnudado o caminho até ao parque de campismo almadense.
Ele está de tronco nu, de calças de ganga, cabelos desgrenhados, deitado de costas e ela, a seu lado, colocando-lhe uma perna por cima, puxara-lhe a cabeça, apoiando-a no braço esquerdo. Tinha uma t-shirt de cores claras, uma calças apertadas, e a cabeça descoberta deixava-lhe o cabelo comprido livre sobre as costas. À volta, nada se passava que os incomodasse. À volta, pouco existia que os preocupasse. À volta do seu nicho de amor, apenas os ruídos longínquos, a aragem macia, o quente do Sol a enlear-lhes os gestos. Ele agarrava-lhe a cintura fina, os ombros, as pernas. Ela beijava-o carinhosamente, sem despegar a boca da boca dele.
Um casal idoso cruzou-se comigo. Só ela molhava os pés de vez em quando. Ele calçava uns ténis baixos e já gastos. A maré continuava a descer vagarosamente. Subi o rochedo para o lado do passeio. Mais surfistas coloriam de negro as ondas que começavam a formar-se metros atrás. Uns conseguiam subir às pranchas e rodopiavam à sua frente, até desaparecerem entre a espuma; outros limitavam-se a deixar-se levar, deitados em pranchas mais pequenas, mais baratas.
Indiferente, um casalinho olhava o mar. Haviam escolhido um lugar entre o muro de pedras que delimitava a praia, até perder de vista. Olhavam os surfistas e as ondas. Ela, um pouco à frente, escostara-se a ele, como se procurasse segurança. A sua mão agarrava a dele, a cabeça encostada ao seu peito, ambos fixando o horizonte, os lábios em murmúrios imperceptíveis.
Um bando de gaivotas apareceu de súbito e sobrevoou o rebentamento das ondas. Outro bando, para os lados da Fonte da Telha, pousara na areia que a água acabara de deixar a descoberto. Para lá do Barbas, as máquinas escavadoras e uma grua depositava pesadas pedras no pontão já gasto, engrossando-o e continuando-o pelo mar dentro. Um passeio mais largo vai reaparecer em breve.
Entretanto, a maré baixara muito e o areal reaparecera à vista com maior extensão.
Quando voltei, reparei que os casalinhos que notara antes, se mantinham nos mesmos lugares. Mas não só. Afinal, não eram casos isolados. O amor estava no ar, nesta terça-feira, 5.
É bonito ver o amor à solta. Sem preconceitos e com a naturalidade que lhe é própria.
O amor anda no ar.
Neste pequeno passeio ele esteve presente.
Gestos de amor, coisas do amor.

segunda-feira, abril 04, 2005

A pequena Alma e o Sol

Esta história maravilhosa dá às crianças uma nova maneira de perceber o motivo por que, às vezes, acontecem coisas más, e uma nova maneira de lidar com essas coisas quando elas acontecem.
Também nos ensina que podemos considerar-nos especiais, e que podemos deixar que os outros saibam que somos especiais.
Finalmente, mostra que Deus ama todos do mesmo modo, e que mesmo as pessoas que podemos não considerar nossas amigas podem ser anjos de Deus disfarçados, enviados para nos trazerem uma dádiva – a dádiva de crescermos em tolerância e compreensão e perdão, e uma oportunidade de sermos quem realmente somos.
Esta parábola tem sido contada em cidades por todo o país, para onde sou convidado a dar palestras ou pregar em igrejas. Recriei-a como um livro para crianças com ilustrações a cores em resposta aos comentários de inúmeras pessoas que me escreveram, ou que me abordaram no fim dos meus discursos, para dizer que “dava uma história para crianças perfeita”.
Creio que esta parábola chegou directamente de Deus, e sei que qualquer criança que venha a conhecê-la será abençoada por ela. Obrigado por amarem as crianças o suficiente para lhes transmitirem esta história.

(Neale Donald Walsch - Janeiro 1998)


um bocadinho da história:
- Quero sentir como é ser a Luz! – respondeu a Pequena Alma.
- Mas tu já és a Luz – repetiu Deus, sorrindo outra vez.
- Sim, mas quero senti-lo! – gritou a Pequena Alma.
- Bem, acho que isso já era de esperar. Tu sempre foste aventureira – disse Deus com uma risada. Depois a sua expressão mudou.
- Há só uma coisa…
- O quê? – perguntou a Pequena Alma.
- Bem, não há nada para além da Luz. Porque eu não criei nada para além daquilo que tu és; por isso, não vai ser fácil experimentares-te como Quem És, porque não há nada que tu não sejas.
- Hã? – disse a Pequena Alma, que já estava um pouco confusa.
- Pensa assim: tu és como uma vela ao Sol. Estás lá, sem dúvida. Tu e mais milhões, ziliões de outras velas que constituem o Sol. E o sol não seria o Sol sem vocês.
“Não, seria um sol sem uma das suas velas… e isso não seria de todo o Sol, pois não brilharia tanto. E, no entanto, como podes conhecer-te como a Luz quando estás no meio da luz – eis a questão.”
- Bem, tu és Deus. Pensa em alguma coisa! – disse a Pequena Alma, mais animada.
Deus sorriu novamente.
- Já pensei. Já que não podes ver-te como a Luz quando estás na Luz, vamos rodear-te de escuridão – disse Deus.
- O que é a escuridão? – perguntou a Pequena Alma.
- É aquilo que tu não és – replicou Deus.
- Eu vou ter medo do escuro? – choramingou a Pequena Alma.
- Só se o escolheres. Na verdade, não há nada de que devas ter medo, a não ser que assim o decidas. Porque estamos a inventar tudo. Estamos a fingir.
- Ah – disse a Pequena Alma, sentindo-se logo melhor.

A história completa está aqui!

domingo, abril 03, 2005

novas formas

A vida não tem princípio, porque a vida não tem fim.
A vida apenas se prolonga; cria novas formas.



(texto: "CCD3" - Neale Walsch)
(foto retirada de: "www.art-photo-akt.de")

sábado, abril 02, 2005

joão paulo II

No dia 2 de Abril de 2005, às 20,37 (GMT), o papa João Paulo II
unia-se a Deus!

obviamente

Obviamente, todo o post anterior é um rol de mentiras. Julgo que só 2 verdades estarão ali.

- Não almocei a horas tardias;
- Não fui a Banco nenhum, muito menos às 8 da manhã;
- O café em frente ao Banco é pura imaginação;
- Não houve empregada nenhuma a discutir com o cliente;
- A história do segurança é absurda;
- Subir 7 andares não deve haver ninguém que faça, principalmente no emprego;
- Acesso à Net aos empregados dos Bancos, duvido que haja nalgum;
- As únicas verdades das notícias eram os medicamentos e a pílula;
- Sair do emprego, ir almoçar e não voltar a pôr lá os pés, onde é que hoje isso existe?

As minhas desculpas a uns, os parabéns a outros, e aos que não se dignaram a ler, fizeram muito bem!
E pronto, dia 2 de Abril nada tem a ver com o anterior, e a vida continua!...

sexta-feira, abril 01, 2005

primeiro de Abril

Dia primeiro de Abril, convencionado "dia das mentiras". Alguns dos blogs optaram por pregar a sua peta e os meios de comunicação não vão deixar passar a oportunidade para incluirem a sua "anedotazita", para não se perder a tradição.
Eu optei por não o fazer por duas razões:
Primeira: já não tenho pachorra para pôr os neurónios a funcionar e inventar uma coisa em que alguém vá acreditar que não é verdade;
segunda: só o trabalho de ter que desmenti-la no dia seguinte, e as explicações a dar, etc.... nah!

E depois é assim: almocei há bocado, a uma hora já tardia, e a manhã não me correu como habitualmente:
Quando cheguei ao Banco, a porta de entrada dos empregados estava fechada. Era um bocado cedo (a entrada é às 8,30 e eram quase 8). Às vezes o segurança é chamado a outro andar e podia ter acontecido coisa parecida... Perguntei no café em frente, mas não adiantou nada. A empregada discutia com um cliente porque lhe tinha posto manteiga na torrada! Voltei ao Banco e estava tudo normal. A porta aberta, o segurança no sítio e a resposta imediata de que não se tinha ausentado nem um segundo. Fui a pé pelas escadas para poupar energia (veio-me à ideia a seca e a necessidade de poupança de água e energia...), mas não devia tê-lo feito, porque já não tenho corpinho para subir sete andares e, que eu tenha visto, o elevador passou por mim quatro vezes, com gente a rir e a falar como se estivessem no mercado de Benfica a um fim de semana.
Quando cheguei ao meu lugarzinho, estavam só dois colegas na sala. Como era cedo e estava com curiosidade de ver as notícias, liguei-me à Net e deambulei pelos sites. Era o que tinha imaginado. A mentirazinha, que nalguns casos, era bem "zona", andava por todo o lado. Só que nestas coisas, a gente fica sempre na dúvida. O que é que é verdade? O que é que é mentira?
Sabia que não era tudo verdade o que estava a ler mas, algumas dúvidas tive em muitas outras.
Vou pespegar aqui uns exemplos:


- José Mourinho recusou uma proposta para treinar um clube da divisão secundária do Qatar, a ganhar 250.000 euros de dois em dois meses.
- As 5 torres de 12 andares que estão construindo numa freguesia da Amadora têm que ser reduzidas a 4 andares, porque um moinho que está a 100 metros deixou de ter vento para poder funcionar.
- Dias da Cunha demitiu-se da presidência do Sporting, porque o Conselho leonino decidiu substituir a frontaria exterior do estádio por painéis em azulejo completamente brancos.
- Medicamentos contra a gripe fora do mercado.
- O IRC da banca, vai passar para 50% a partir do ano 2010.
- A pílula, que antes se pensava poder provocar o cancro da mama, parece ser um anti-cancerígeno.
- Os últimos dias de alguma chuva, para além de terem regado culturas sedentas de água, fez aumentar o nível da baragem do Alqueiva para os 70% da sua capacidade.
- Veículo movido a água salgada poderá fazer entrada no mercado português.
- José Peseiro confiante: mesmo que perca no Bessa, o Sporting irá ser campeão nacional.
- Bush recebe Sócrates e promete 10 milhões para ajudar a fazer face à seca deste ano.
- A TVI admitiu suspender "A quinta das celebridades", face ao desinteresse crescente do telespectador.
- A Santa Casa da Misericórdia torna público que os prémios do Totoloto e Totobola abaixo dos 50 euros não serão entregues aos apostadores, e passam a reverter para obras de apoio social.
- Blair admite: A invasão do Iraque foi um fracasso e as tropas estrangeiras terão que retirar o mais rapidamente possível.
- "Vertigo Tour" sai esta segunda-feira para a estrada. A banda irlandesa, que deveria actuar em Portugal no mês de Agosto, fará o seu concerto inaugural no Estádio do Dragão, no Porto.
- O Presidente do ICAM, o Instituto do Cinema Audiovisual e Multimédia, preocupado com a quebra de espectadores nas salas de cinema, anunciou a redução dos preços dos bilhetes já para o próximo mês de Maio. Um ingresso ao fim de semana não poderá ultrapassar os 2,5 euros.

Quando dei por mim, já o relógio marcava as 11 da manhã.
O director faltara e a disposição também me estava a faltar.
Peguei no casaco e desci no elevador (desta vez, concluí que afinal não iria economizar coisa nenhuma se descesse a pé). O Sol estava bem alto e bem quente. Fui pra casa, almocei e decidi não voltar pró trabalho. Afinal, 1 de Abril é só uma vez por ano.
E eu tinha que escrever este post...
Só que, para não confundirem isto com alguma peta do primeiro de Abril, vou publicá-lo só ao fim do dia. Assim comá assim, ainda o faço no dia 1...

olá amigo!