Foi a primeira artista portuguesa a actuar sozinha na prestigiada sala de espectáculos londrina.
A fadista Mariza conseguiu encher quarta-feira à noite (dia 22), o Royal Albert Hall, a mais prestigiada sala de espectáculos de Londres, num concerto que a artista considerou «um espectáculo único».
Em declarações à Lusa no final do concerto, Mariza confessou estar «muito feliz por ter tido esta oportunidade de juntar no mesmo palco artistas como o Carlos do Carmo, o Tito Paris, o Jaques Morelenbaum e o Rui Veloso».
A ideia, explicou, «era fazer o triângulo da lusofonia em palco, com sons de África, do Brasil e também os nossos, de Portugal».
A presença destes convidados especiais fez com que o concerto tivesse vários momentos de improviso, que a cantora admite serem «muito pouco habituais», mas que julga terem dado «um valor muito especial ao público inglês». «No final acabou por correr tudo muito bem (...) Tenho consciência que é muito difícil que uma oportunidade destas se volte a repetir, isto foi um espectáculo único e por isso estou feliz que tenha acontecido neste local tão especial», acrescentou.
Mariza já tinha revelado que dar um concerto no Royal Albert Hall, onde nunca um artista português tinha actuado sozinho, «era um sonho antigo, que agora fica concretizado da melhor maneira».
«Lembro-me de passar à frente deste fabuloso local e pensar que um dia gostava de vir aqui ver um concerto. Nunca pensei que viria aqui dar um concerto», confessou a artista à plateia.
Como já tinha acontecido nos concertos que deu em outras salas de Londres, nos últimos dois anos, os aplausos voltaram a acompanhar toda a actuação da fadista, mesmo, em algumas vezes quando as músicas ainda não tinham chegado ao fim.
(portugaldiário)
O Royal Albert Hall é uma sala de espectáculos em South Kensington, Londres com capacidade para cerca de 8000 pessoas. Foi inaugurada a 29 de Março de 1871 pela rainha Vitória, em memória do seu falecido consorte Alberto de Saxe-Coburgo-Gotha.
O edifício, caracterizado por uma abóbada de vidro, foi desenhado pelo Capitão Francis Fowke e o Coronel H.Y. Darracott Scott, que optaram pelo uso do tijolo em terra-cota. Esta preferência arquitectónica é característica da época vitoriana e está presente, por exemplo, no Museu de História Natural de Londres.
O diâmetro exterior maior tem 272 pés, enquanto o diâmetro interior atinge os 219 pés.
Desde então o Royal Albert Hall tem sido utilizado para eventos culturais e desportivos.