Lisboa,

sexta-feira, junho 30, 2006

tremeu o carinho


Tremeu o carinho
gemeu a ternura
girou o amor

O tempo doutros tempos
já não tem a mesma cor
Pintalgou-se e acinzentou-se
estreitou caminhos
fez becos e atalhos
construíu duas estradas
paralelas e apertadas

A terra continua a girar
faz o Sol rodar no céu
e faz da noite um novo dia

E há estrelas que brilham
e há nuvens brancas brincando
há luz nos olhos que passam
e melodias que vão soando
Para que seja a vida mais vida
para que a vida seja do mar
para que o mar surja na fonte
e a fonte seja pra dar

Ainda que trema o carinho
gemendo ainda a ternura
possa continuar o amor
por um tempo que sempre dura

(Amaral Nascimento)

quarta-feira, junho 28, 2006

ainda que

A vida usa as suas armas e dá asas à ilusão.
A felicidade não é uma coisa que se pretenda e se agarre!

É felicidade cada momento que encanta.
É felicidade a dor feita experiência de alcance sublime.
É felicidade cada riso que empolga, cada instante que explode alegria.

Para ti que sois muitos:
Não deixes que a solidão cale a voz do teu interior;
Não deixes que a ternura se apague;
Propaga o carinho com a força do momento
e cria o momento seguinte do amor!

Faz isso! Faz pulsar uma flor ao luar!
Desnuda a vida da confusão e goza o brilho da tua estrada!
Olha a tua frente, agarra o agora,


ainda que,
ali sozinho,
me vejas a mim,
parado,
desiludido,
no meio dum caminho...

(Amaral Nascimento)


terça-feira, junho 27, 2006

estrelas cadentes

Carinho
Ternura
Amor

três estrelas perseguidas
no carrocel dum sonho
ambicionado
perseguido
desejado
sofrido

as estrelas cadentes
ainda voltam a cintilar?
...

(Amaral Nascimento)


domingo, junho 25, 2006

saborear a vida


Só quem sabe apreciar a beleza da chuva, do vento e da neve, e não apenas do sol, é livre de saborear a plenitude da vida.
As nossas emoções são como o tempo, que muda constantemente - ora escuro ora luminoso, por vezes desabrido e intenso, outras vezes doce e sereno. Tentar resistir ou controlar o que sentimos é como tentar resistir ao tempo...


(Shakti Gawain in O caminho da transformação)

sábado, junho 24, 2006

empatia



O termo empatia foi utilizado pela primeira vez por Titchener (E.B.Titchener), um psicólogo da década de 20 e o termo deriva do grego "empátheia", que significa “entrar no sentimento”. Mas o uso que Titchener fazia do termo era diferente. A sua ideia era de que a empatia vinha de uma imitação física que se fazia da angústia de outra pessoa para poder saber o que ela sentia.

Hoje, após muitos estudos e pesquisas, damos à empatia um novo sentido. A empatia é definida como a habilidade de “ler” espontaneamente as emoções de outras pessoas. Vejamos um exemplo: Duas mães, uma negra e outra oriental, são instruídas a sentarem-se num corredor, uma à frente da outra, com os seus bebés de 1, 5 anos de idade, em pé, ao lado delas. A mãe negra é chamada e é convidada a sair e a deixar o seu bebé sozinho. Logo que se apercebe da ausência da mãe, o bebé negro começa a chorar copiosamente. Imediatamente, o bebé oriental também começa a chorar e imediatamente agarra a sua mãe pela mão e leva-a até ao bebé negro. Isto é empatia: a estimulação de uma emoção num observador (o bebé oriental) que é uma resposta semelhante àquela vivida pelo estimulador (o bebé negro).
Muitos trabalhos na área de psicologia têm demonstrado que a empatia é inapta pois os bebés são solidários diante da angústia de outrem, mesmo antes de adquirirem percepção da sua individualidade. Isto talvez nos possa ajudar a explicar o aparecimento das doenças mentais que resultam sempre da interacção da criança com pais desequilibrados.

Os bebés reagem a perturbações sentidas por aqueles que cuidam deles, como se tais perturbações estivessem ocorrendo com eles próprios. É só por volta de um ano que os bebés começam a perceber que as perturbações que o outro sente, pertencem ao outro mas, ainda assim, ficam confusos sobre como agir. Os bebés também têm tendências a imitar a angústia de outros bebés, provavelmente para saber o que eles estão sentindo. É só por volta dos dois anos que o bebé percebe, com mais clareza, que o sentimento das outras pessoas é diferente do deles e param de imitar o outro.

A empatia não depende só da habilidade que o indivíduo tem para identificar emoções de outra pessoa mas, também, da capacidade da pessoa em colocar-se no lugar do outro e experimentar uma resposta emocional apropriada. A empatia pode ser um acto ligado a uma pessoa, a um grupo e a uma cultura. Caso não disponha de capacidade empática, o sujeito pode agir de forma completamente discordante com o ambiente e os sentimentos que o cercam. Um exemplo disso é ter um ataque de risos diante de uma situação trágica.

Geralmente a empatia é uma capacidade que nasce connosco e é reforçada na convivência familiar. Muitas vezes, ao falarmos de empatia, pensamos em algo que transcende a realidade e nos coloca num limiar entre o real e o místico. Puro engano. As emoções das pessoas distribuem-se entre palavras, gestos e outras formas. A empatia é a nossa capacidade de interpretar padrões não verbais de comunicação como por exemplo, o tom de voz, gestos corporais e especialmente movimentos faciais. Poderíamos dizer que a palavra expressa o aspecto racional da nossa mente, enquanto que o aspecto emocional é expresso pelos componentes não verbais que acompanham a fala.

A empatia relaciona-se a objectos externos e, principalmente vivos e àquilo que provoca neles ou é provocado por eles. Não há nenhuma empatia na ausência de um elemento vivo. É isso que diferencia a empatia da intersubjectividade que, segundo os pesquisadores, é aplicada intuitivamente tanto para o que é vivo quanto para o que é inanimado, por exemplo, um quadro pode impressionar qualquer pessoa de forma inusitada. A empatia é aplicada somente ao que está vivo (animais, humanos, até mesmo plantas). A empatia não coloca o empático em contacto só com as emoções do outro mas também com o estado físico e outros parâmetros da existência dele (dor, fome, sede, sufocação, prazer sexual, etc.).

(Mário Quilici)

quinta-feira, junho 22, 2006

bach


Se desejas tanto a liberdade e a felicidade,
porque não vês que trazes ambas dentro de ti?
Diz que são tuas e tê-las-ás.

Age como se fossem tuas e sê-lo-ão.



Não importa se fizemos isto ou aquilo,
o que importa é que temos infinitas possibilidades de escolha.

Cada uma dessas escolhas traz-nos experiências que nos dão a ver que
não somos criaturas tão pequenas como parecemos.

Somos expressões interdimensionais da vida,
espelhos do espírito.


(Richard Bach)

quarta-feira, junho 21, 2006

dia mundial do Yoga


Yoga é uma palavra que vem do sânscrito “yug” que significa união. Sânscrito é uma língua antiga da Índia. O objectivo do yoga é, portanto, a união dos vários níveis da pessoa: físico, mental, emocional e espiritual. Numa prática de yoga fazem-se exercícios de: - controle da bio-energia (pránayámas), - contracções de plexos e glândulas (Bandhas), - posturas psicofísicas (ásanas), - relaxamento (yoganidra), e - exercícios de concentração (Dharana). Na prática trabalham-se posturas e desenvolve-se a consciência corporal, uma respiração consciente, assim como uma atenção nas sensações e emoções originadas por essas mesmas posturas, que nos ajudam a desenvolver a atenção, energia, força, flexibilidade, concentração e equilíbrio, a nível físico, mental, emocional e espiritual. Seguindo estas directrizes, a mente é indissociável dos movimentos do corpo tralhando-se a concentração, concentração esta que se atinge com prática. Sendo o Yoga um processo de auto-educação, induzindo do educando as respostas para as suas questões, é uma técnica para autoconhecimento e subsequente auto-desenvolvimento. O yoga é indicado para todo o tipo de pessoas, de todas as idades, com uma característica comum: serem jovens de espírito, abertos a novas sensações e que desejem conhecer-se melhor. Por exemplo: - às crianças leva-as a direcionarem a sua energia e atenção ajudando ao seu crescimento e desenvolvimento como pessoa, - às grávidas ajuda-as a desenvolver a consciência do seu corpo e do bebé em crescimento, desenvolvendo a capacidade de relaxar e respirar conscientemente ajudando assim a enfrentar o parto e a maternidade, - aos “menos jovens”, por ser uma técnica, é adaptável ao ritmo de cada um permitindo assim recuperar flexibilidade, força, mobilidade a nível físico, mental, emocional, espiritual.

(Universidade de Aveiro)

O Dia Mundial do Yoga é candidato a primeiro Feriado Mundial, no Solstício do Verão, Junho, 21, e a primeiro dia onde não haja derramamento de sangue em todo o Mundo.

Durante este Dia Mundial, o Departamento de Solidariedade Social da ALYO agraciou a Organização Médicos do Mundo de Portugal pelo seu magnífico trabalho humanitário.

A Associação Lusa de Yoga – que é dirigida pelo Mestre Jorge Veiga e Castro – tem uma Excelência e competência mundial, formando Especialistas em Seres Humanos no Curso Superior de Yoga, o mais completo da actualidade, nos seus três níveis: Instrutores de Yoga em 7 anos (3000 horas de aulas efectivas); Professores de Yoga em 11 anos; e Mestres de Yoga em 15 anos, possuindo desta forma um Corpo Docente altamente qualificado e especializado.

Manifesto Universal do Dia Mundial do Yoga

Dia do Sol, do planeta Terra, da vida, da inteligência, da humanidade e da paz mundial

O Dia Mundial do Yoga, projectado pela primeira vez no Mundo pela Associação Lusa de Yoga, em 2001 – início do Milénio, é um Dia em prol da prática global do Yoga: pelo completo Desenvolvimento Humano, aumentando a Consciência da relação Corpo / mão – Energia – Emoções Positivas – Mente – e Além da Mente, “Overmind”; pela saúde integral e profiláctica, e pela longevidade funcional.

É o Dia do Sol, o maior Dia do Ano (Hemisfério Norte), Dia da Luz e do Conhecimento anti obscurantista a Ela associado, é o Dia do Planeta Terra, da Vida que Ela sustenta, e da Inteligência que à Vida deve presidir; é o Dia da Humanidade e da Fraternidade Humana.

É um Dia pela Consciência Global Planetária, pela Ecologia, pelo Ecumenismo Filosófico, pela Inteligência, pelo fim do derramamento de sangue e da agressão, pela Paz Mundial, pela Fraternidade Humana, pela Igualdade Inter Étnica, pela honra, dignidade e igualdade da Mulher, pela protecção à Criança, pelo fim da fome, pelo esbatimento das desigualdades mundiais, pela Liberdade, pelos oprimidos, pelo fim dos ditadores, pelo fim da corrupção, pela Justiça, pela Educação e pela Investigação, pela Arte, e pelo respeito pelos animais; é um Dia pela Consciência Cósmica.

O Dia Mundial do Yoga pretende ser o primeiro dia onde durante 24 horas não haja derramamento de sangue, em cada País, Continente, e em todo o Mundo.

O Dia Mundial do Yoga é candidato a primeiro Feriado Mundial – no Solstício do Verão, Junho, 21.



Yoga é reconhecido como uma prática ao alcance de todos, independentemente da idade, no entanto, cremos que é na infância que esta se deve iniciar para podermos aproveitar as potencialidades inerentes à própria criança.
Na sociedade actual as crianças encontram-se sujeitas a uma estimulação excessiva própria da vida moderna, horários demasiado preenchidos, pressão e competição escolar, factores que contribuem para aumentar a ansiedade, dispersão, falta de atenção e concentração.
As crianças nascem com capacidades tanto psíquicas como corporais extraordinárias, têm uma enorme flexibilidade, apresentam um óptimo sentido auditivo e visual, uma energia considerável e o dom precioso da sua ilimitada imaginação.
As possibilidades tornam-se infinitas mas podem constituir problemas quando a energia se dispersa, o que nos alerta para o facto de orientar as crianças não as deixando ao acaso.

(http://www.yoga-samkhya.org)


CENTRO DO YOGA DE BENFICA

SwáSthya, o Yôga Antigo
A Yóga é uma coisa e
O Yôga é outra bem diferente
Saiba porquê.


A Universidade de Yôga é um ambiente sadio, um dos poucos redutos em que você pode ter a certeza de que o seu filho não vai travar contacto com drogas. Ela trabalha com o Yôga Antigo, que não admite misticismo, não trabalha com terapia e é dedicada à formação profissional, estritamente técnica. Isso confere à Uni-Yôga uma confortável posição de seriedade, muito rara em comparação com outras vertentes.

segunda-feira, junho 19, 2006

a baleia agradecida

A Jonice, do outro lado do Atlântico, quiz partilhar esta aventura com os seus amigos portugueses.
É uma história simples, humana e, como sempre, é também uma mensagem para retermos e reflectirmos.
Publicou-a o "San Francisco Chronicle" no dia 14 de Dezembro do ano passado, e logo teve quem a comentasse.
Resumidamente, podemos contá-la desta maneira:


Uma baleia acabou por ficar presa num esquema de armadilhas montadas para capturar caranguejos. Acabou muitíssimo emaranhada entre cordas, cabos e afins. A sua luta para manter-se flutuando estava perto de ser inglória, posto que ela estava toda embrulhada da cauda à boca. Um pescador viu-a e mandou uma mensagem por rádio para uma organização de defesa ambiental que alí chegando decidiram mergulhar para tentar desamarrá-la.
Um risco enorme!!!
Uma abanada da cauda poderia matar os seus salvadores. Mas enfim, deu tudo certo e, horas depois, o grupo conseguiu libertar a baleia. Já fora de perigo, a baleia teve gestos carinhosos para com aquelas pessoas, nadando à volta deles, aos círculos, expressando a sua gratidão. Alguns disseram que foi uma das melhores experiências que alguma vez tiveram. Moskito, o homem que cortou as cordas que lhe cobriam os olhos diz que ela olhou-o fixamente o tempo todo, e que "foi um momento épico na sua vida".
Depois desta experiência inacreditável, Moskito diz que nunca mais será o mesmo.



sexta-feira, junho 16, 2006

o código da vinci


Fui daqueles que comprei e li o livro de Dan Brown, logo que foi editado em língua portuguesa.
Como já conhecia o desenlace, o livro surpreendeu-me agradavelmente pela maneira como a história é contada e pelo suspense que transpõe de capítulo para capítulo.
Naturalmente, já vi o filme e, atendendo ao propósito do realizador seguir o livro passo-a-passo, não vi goradas as expectativas que levava comigo.

Mas, o que me levou a abordar este tema foram as notícias que li no "Portugal Digital" e, essas sim, não surpreenderam:


O ministro da Cultura egípcio, Faruk Hosni, ordenou que o livro «O Código Da Vinci» seja retirado das livrarias e proibiu a exibição nas salas de cinema da película nele baseada, noticiaram hoje os «media» locais.

O primeiro-ministro paquistanês, Shaukat Aziz, proibiu a distribuição do filme «O Código Da Vinci» nesta república islâmica, informou hoje fonte oficial.

Dois vereadores italianos convocaram para hoje, em Ceccano, próximo de Roma, uma manifestação para queimar o livro «Código da Vinci» mas, para além de reunirem poucos manifestantes, foram atacados com tomates, noticia a Lusa.


Na Bielorrússia, foi hoje anunciada a suspensão da projecção do filme, baseado no livro de Dan Brown, devido à «reacção negativa dos fiéis», segundo a agência Interfax.


A igreja católica oficial chinesa apelou hoje aos seus seguidores que boicotem o filme «O Código Da Vinci», que consideram imoral e ofensivo para a fé, noticiou a agência de notícias governamental da China. O anúncio foi feito pela Associação Patriótica e Católica chinesa, que não tem ligação com o Vaticano.


A União dos Cidadãos Eslavos convocou para hoje um protesto contra a estreia do filme em Moscovo. «O objectivo é atrair a atenção da comunidade ortodoxa para os ataques e insultos contra Jesus Cristo», assinalou o grupo num comunicado divulgado pelas agências de notícias russas.


Na Índia, um grupo de bispos católicos criticou também o filme e sugeriu que «O Código Da Vinci» só fosse visto por adultos.









Ainda bem que a revolução de Abril me permitiu não estar entre aqueles que são impedidos de escolher o que querem ler e o que lhes apetece ver.
Por estas e por outras, o filme «O Código da Vinci» fez 175 milhões de euros de receitas só durante o fim-de-semana de estreia. Por todo o mundo, a fita inspirada no livro de Dan Brown arrecadou milhões nas bilheteiras. É a segunda melhor estreia de um filme na história do cinema.

quinta-feira, junho 15, 2006

jean houston

Comungue com a beleza onde quer que a encontra. Gaste mais tempo a explorar e a comemorar os humanos gloriosos da literatura, da arte, da música, da dança, do teatro e das maravilhas simples do mundo natural. A imersão na beleza, onde quer que a encontre, faz brotar belezas internas e traz à consciência realidades novas e o frescor dum mundo novo, a evolução na acção.

Os artistas travam as correntes do universo e põem-nas nos formulários que atraem os nossos seres à consciência colectiva. A arte agudiza a percepção e também o conceito das coisas. Agita a mente, solta as suas amarras e ajuda-o a ver mais profundo no mundo que o rodeia. A apreciação activa da natureza desperta-o para a sua união com todas as coisas vivas.

Tente-o agora. Feche os seus olhos por um momento e chame à sua imaginação três encantos cheios de beleza - a cara de um bebé, os montes verdes de Ireland, David de Michelangelo . Visite um de cada vez, permitindo que o seu corpo e a sua mente se disponibilizem totalmente - permitindo a sua fusão com cada um deles. . .

Um momento de tal apreciação conduz naturalmente a um estado de profunda consciência.


Se houvesse três coisas no mundo que eu quisesse que as pessoas soubessem, adquiridas pela minha experiência, a primeira seria que este é o tempo mais rico e mais importante na história para fazer mudanças. Que aquilo que agora fizermos profundamente fará a diferença. Que todos somos a resposta-capaz. Estes são os tempos. Nós somos as pessoas. E nós temos um pequeno período de talvez dez, quinze, talvez vinte anos para fazer essa diferença, e enfrentarmos os desafios tremendos do nosso tempo.

Os Indios Americanos têm uma frase maravilhosa. Dizem: “Quando damos um passo na direcção dos Deuses, os Deuses dão dez passos na nossa direcção.” E eu penso que estamos agora conscientemente numa posição para podermos juntar a grande maioria com o Espírito, para conseguirmos o possível por este mundo.

Eu penso que nos estamos a mover num momento de factores que são absolutamente únicos na história da humanidade, dos quais o factor subjacente é impregnar de amor o mundo inteiro.

Se aproveitarmos estes tempos e estas possibilidades, teremos as oportunidades para abrirmos os nossos corações a cada um, para expandirmos as nossas mentes, para vencermos os grandes desafios, e descobrirmos que estivemos nesta terra todo este tempo para nos afirmarmos e reconhecermos.
(Dr. Jean Houston, educadora, filósofa, e directora da Fundação Para a Pesquisa da Mente)

terça-feira, junho 13, 2006

sou a ponta sou o fim


Lá no alto dos céus
no fundo dos oceanos
no alto cume do monte
no mais humilde dos tronos

vivo o cântico da vida
sou consciência do ser
sou maresia sentida
artista dum Deus de amor

sou a ponta dum princípio
sou o fim do outro extremo
sou como muitos que somos
num elo que já não temo

por sobre a sombra da luz
por entre a ânsia de ver
vejo uma sombra sem luz
vejo o desejo de ser

onde o alcance se esvai
onde falta o universo
desponta a luz que me atrai
soa o cântico dum verso

já não toco um corpo vivo
já certezas eu só tenho
sou uma luz sem limite
já só lembro donde venho

Daqui do alto dos céus
do fundo dos oceanos...


(Amaral Nascimento)

eugénio de andrade

Na madrugada do dia 13 de Junho de 2005, falecia Eugénio de Andrade, na sua casa do Porto, de onde se avistava o Douro a entrar no mar...
Um ano depois, o poeta respira connosco a sua obra, esteja ele onde estiver.


Respiro o teu corpo:
sabe a lua-de-água
ao amanhecer,
sabe a cal molhada,
sabe a luz mordida,
sabe a brisa nua,
ao sangue dos rios,
sabe a rosa louca,
ao cair da noite
sabe a pedra amarga,
sabe à minha boca.


O amor
é uma ave a tremer
nas mãos de uma criança.
Serve-se de palavras
por ignorar
que as manhãs mais limpas
não têm voz.


Levar-te à boca,
beber a água mais funda do teu ser
se a luz é tanta,
como se pode morrer?

segunda-feira, junho 12, 2006

o futebol


Amanheceu o dia como uma etapa que terminou.
Portugal vibra com a festa do futebol e a autoestima das pessoas ergue-se, na força e na esperança.
É bonito ver a alegria dum povo que se agita
nas ruas, nos parques, nos cafés, em casa,
sozinhos, acompanhados, em grupo,
como se uma faisca disparasse
e, em uníssono, incendiasse de cor o coração dos portugueses.

O futebol fez esquecer mágoas e paixões perdidas.
Desselou desencontros e desentendimentos.
Uniu e fez coro de multidões.

Ontem, a selecção portuguesa fez despertar um país.
Reclamem os que não gostam, esperneem os defensores de outras causas.
A verdade, porém, é que milhões vibraram, esqueceram vidas sofridas e aplaudiram alegrias e emoções, revoltas em momentos mágicos.

Revistas, jornais e televisões fizeram eco e enalteceram vozes, gritos, sensações. Desenrolaram bandeiras. Pintaram rostos de verde e vermelho. Brandiram explosões de loucura e entusiasmo. Mostraram juventude em espíritos adormecidos.

Composta de frenesim e doçura, a vida delirou com o futebol. E com a intensidade frenética de cada um dos que, entusiasticamente, não se inibiram de experienciar o que esta vida proporciona nas suas múltiplas formas.

sexta-feira, junho 09, 2006

então sim

Sei que adormeci no sofá da salinha.
Procuro acordar.
O braço não obedece, os lábios nada murmuram.
Sinto que consigo um esgar, um movimento incompreendido.
Sinto uns olhos que choram, um auxílio que não chega.
Aceito e envolvo-me no sonho.

De novo tento acordar.
De novo sem conseguir.
De novo volto a ficar
Sem chorar e sem sorrir.

Uma voz chama por mim
e então sim!...


(Amaral Nascimento)

quinta-feira, junho 08, 2006

god's will





Martina McBride


I met God's Will on a Halloween night
He was dressed as a bag of leaves
It hid the braces on his legs at first

His smile was as bright as the August sun
When he looked at me
As he struggled down the driveway, it almost
Made me hurt

Will don't walk too good
Will don't talk too good
He won't do the things that the other kids do,
In our neighborhood

I've been searchin', wonderin', thinkin'
Lost and lookin' all my life
I've been wounded, jaded, loved and hated
I've wrestled wrong and right
He was a boy without a father
And his mother's miracle
I've been readin', writin', prayin', fightin'
I guess I would be still
Yeah, that was until
I knew God's Will

Will's mom had to work two jobs
We'd watch him when she had to work late
And we'd all laugh like I hadn't laughed
Since I don't know when

Hey Jude was his favorite song
At dinner he'd ask to pray
And then he'd pray for everybody in the world but him

Before they moved to California
His mother said, they didn't think he'd live
And she said each day that I have him, well it's just
another gift
And I never got to tell her, that the boy
Showed me the truth
In crayon red, on notebook paper, he'd written
Me and God love you

I've been searchin', prayin', wounded, jaded
I guess I would be still
Yeah that was until...
I met God's Will on a Halloween night


terça-feira, junho 06, 2006

porque será?

Porque será que,
da próxima vez que aquela força me puxar
para "o outro lado",
eu sinto que
não vou oferecer resistência,
e vou deixar-me ir definitivamente?...

segunda-feira, junho 05, 2006

dia mundial do ambiente


Actualmente, o Homem encontra-se consciente dos riscos ambientais que o Planeta corre. Acordos internacionais e legislações nacionais surgem com mais frequência com o objectivo de mudar comportamentos, de modo a investir na preservação dos habitats, dos recursos e das paisagens. São múltiplos os esforços no sentido da informação, educação e sensibilização das populações para a temática ambiental e para a necessária responsabilização individual e colectiva face à protecção da Terra.

A tecnologia, com a sua força e o seu vigor crescente, está a exercer uma forte pressão sobre o ambiente, destruindo elos das cadeias dos processos biológicos e físicos que mantêm o sistema ecológico em que vive o Homem. Esta intervenção do homem, que permitiu aumentar a produção agrícola , a produção de energia, desviar cursos de água, movimentar milhões e milhões de pessoas, aumentar a produtividade, proporcionar um conforto notável, tem vindo, no entanto, a destruir o solo, o ar, a água, a contribuir para esgotamento de recursos finitos e degradação de recursos infinitos. O homem tornou-se o mais poderoso agente de transformação do planeta, comprometendo no presente o desenvolvimento das sociedades futuras. Impõe-se hoje pensar e agir considerando a existência de “limites”, obrigando a uma utilização / preservação, rumo à sustentabilidade que interessa definir e aplicar no presente. E, porque os problemas ambientais cada vez mais se assumem como globais, é fundamental a cooperação internacional, nomeadamente entre países ricos e pobres, na persecução do desenvolvimento sustentável.

... Porque só há uma Terra!!!


(Eco Escolas - pela professora Ana Jorge)



5 de Junho de 2006

Em 2006, declarado pela Assembleia-Geral das Nações Unidas, Ano Internacional dos Desertos e da Desertificação, o Dia Mundial do Ambiente – 5 de Junho – tem também como tema central: “Desertos e Desertificação”. Em Portugal, a erosão, os incêndios florestais, o despovoamento, o agravamento dos efeitos das secas e a debilidade económica do interior são expressões evidentes de desertificação e, cerca de um terço do território continental português e quase todo o Alentejo é susceptível ou muito susceptível à desertificação (clima, solo, vegetação e uso do solo).


Dia mundial do ambiente
Algarve comemora Dia Mundial do Ambiente (5 Junho)
Conferência “Ambiente e Desertificação” no Dia Mundial do Ambiente
Argélia recebe celebração oficial do Dia Mundial do Ambiente

sexta-feira, junho 02, 2006

suponha que...

Suponha:

Que Deus é a Única Coisa Que Existe e é Tudo O Que Existe,
e nem o Ser humano nem qualquer outra coisa estão separados Dele.


Que Deus é Tudo e Todo Poderoso e não precisa de nada,
e os valores morais não podem estar condicionados ao medo e a sentimentos de culpa.


Que Deus, o homem e a natureza não estão separados e são UM SÓ
e cada vez que fazemos mal a alguém ou à natureza estamos a fazer mal a nós próprios.


Que não há Céu nem Inferno, porque Deus é Tudo o Que Existe,
e não temos que estruturar as nossas vidas com o objectivo de "irmos para o céu".


Que Deus se pode expressar em cada um de nós,
e todos somos iguais, independentemente do sexo, da raça ou do credo.


Que Deus nos deu livre arbítrio e quis dar-nos a liberdade de fazermos o que fosse melhor para nós,
e não faz qualquer sentido que nos vá julgar quando "morrermos".


Que a liberdade é uma dádiva de Deus,
e toda a gente é livre de pensar o que quiser e o juramento matrimonial na igreja não faz qualquer sentido.


Que a união sexual é uma expressão gloriosa de Deus que proporciona prazer e bem estar,
e não têm cabimento tantos tabus, proibições, vergonhas e castigos.


Que o amor, para ser verdadeiro, não pode ser nem condicional nem quantificável,
e portanto o amor pode ser expresso de formas diferentes.


Que Somos Todos Um,
e ninguém sofre por vontade de Deus e o sofrimento só pode ser uma decisão subjectiva em relação à dor.


Que tudo é energia, o dinheiro é também uma forma de energia,
e, então, Deus nada tem contra o dinheiro.


Que Deus é o Criador e Imortal, o homem é uma expressão divina, criado à Sua imagem,
e a morte só pode ser uma transição para um outro nível de consciência.


suponha tudo isto...
e imagine a vida sobre o planeta....