Lisboa,

quarta-feira, fevereiro 28, 2007

o silêncio


"Houve alguém que disse:"O silêncio é a linguagem de Deus, e tudo o resto não passa de uma má tradução." O silêncio é, na realidade, sinónimo de espaço. Tomar consciência do silêncio sempre que o encontramos na nossa vida liga-nos à dimensão informal e intemporal que existe dentro de nós, que está para além do pensamento, para além do ego. Pode ser o silêncio impregnado no mundo da Narureza, o silêncio do nosso quarto nas primeiras horas da manhã ou os intervalos de silêncio entre sons. O silêncio não tem forma, por isso não nos podemos tornar conscientes dele através do pensamento. O pensamento é forma. Estar consciente do silêncio significa estar em silêncio. Estar em silêncio é estar consciente, sem o pensamento. Nunca somos mais essencialmente e profundamente nós próprios do que quando estamos em silêncio. Quando estamos em silêncio, somos quem éramos antes de assumirmos temporariamente esta forma física e mental a que chamamos pessoa. Somos igualmente quem queremos quando a nossa forma desaparecer. Quando estamos em silêncio, somos quem somos para além da nossa existência temporal: consciência, sem condicionamentos, informe, eterna."

(Eckhart Tolle in Um novo mundo)

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

solidão


"Não confunda solidão com isolamento. Isolamento é certamente doentio; solidão é a saúde perfeita.

O seu primeiro e mais primário passo para encontrar o significado e o significante da vida é entrar na sua própria solidão.

É o seu templo; é onde habita o seu Deus, e você não consegue encontrar esse templo noutro lugar."

(Osho in "Amor, Liberdade e Solidão)

sábado, fevereiro 24, 2007

perdoem

Recebi há dias a notícia da morte de três pessoas, conhecidas de há muitos anos!

Por outro motivo, para mim, estes últimos dias têm sido profundamente tristes!

Durante uma conversa, respondi: "Sinto-me cansado!"
evitando dizer: "Perdi a alegria de viver!"

Perdoem!

Eu sei que a Alegria SOU EU!
Dentro de Mim tenho a Força!


Mas há momentos que só o momento consegue explicar!

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

diz-me que sou


Deus da Vida
diz-me que sou
diz-me que em cada momento
eu sou qualquer coisa

que estou a ser qualquer coisa
que sou aquilo que sinto
que sou os meus sentimentos
que sou o sentir
que sou a escolha

de estar presente
de estar desperto
de estar consciente

de ser apenas
de ser

(Amaral Nascimento)

terça-feira, fevereiro 20, 2007

é carnaval

As tristezas prendem-nos, quase sempre, o gosto de sorrir. Há, no entanto, e quase sempre, uma palavra amiga, uma mão, o olhar de um familar que nos "suplica" e nos recorda que também ele existe! É Carnaval?... Vamos sorrir um pouco! E como é Carnaval, nada parece mal!... É só carregar no PLAY e ouvir esta música altamente sexy!

E agora, à laia de compensação, aqui vai um pequenino jogo. Vocês são o quadrado vermelho que têm de segurar com o rato e evitar os glutões azuis e as paredes laterais. Se tiverem pachorra para experimentar mais do que uma vez, e eu duvido que hajam muitos que o façam, quantos segundos aguentaram no máximo? Quantos?... Eu cheguei aos 10,719... e não vejo como passar daqui. Deve ser do "rato"!

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

assim neste dia



Nas mágoas que um dia fui
resta a lembrança de alguém
resta aquela chama fria
duma saúde que se apaga
e uma voz que se esvazia

quando naquele hospital
ti vi prostrado e sozinho
olhar fechado e tranquilo
soube que era o caminho
o teu caminho que ia
sem volta com um destino
tal como a vida previa

E tu mãe
quanto medo de morrer
quantas palavras anseios
esgares tristes e cruzados
sempre à espera do nada
nos teus olhos assustados

Oh Deus
porque me desafias a mente
porquê tão forte o teu poder
porque te ris na minha cara
porquê tão torto viver

Ouço nas vagas do mar
os Teus gritos
a Tua voz
nas pegadas que vou deixando
desenho as torres do mundo
deste doutro e os que vão passando

Procuro os Teus braços algures
uma mão pra me agarrar
procuro a voz uma só voz
encontro o mar só o mar

Já sou só eu
já se me faltam virtudes
falta-me a cor colorida
vinda de dentro dos céus
mais não é que a fraqueza
uma fraqueza do olhar
como a riqueza vivida
noutra maneira de estar

Vejo sons ouço sabores
a uma distância igual
p'la rouca caverna dentro
encontro figuras e sombras
sombras de mim e de Ti
sombra que um dia morreu
foi na Luz que então ouvi
Entra filho aqui Sou Eu


(Amaral Nascimento)

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

tu és

Hoje é o dia dos namorados! Não é o meu dia! Não tenho com quem namorar! Tenho o coração pequenino, partido aos bocados! Não estou a queixar-me! Estou a olhar à minha volta e a constatar que perdi! Apostei tudo no amor da minha vida... e, infelizmente, perdi a aposta! Olhando para trás, terei de entender que este seria o final mais lógico e provável. Já mo tinham dito! Só eu acreditei que seria possível! Só eu acreditei que podia ter esse direito! Como uma criança, até acreditei no amor e numa cabana! Não estou contra a Vida! Ainda que, com o coração vazio e dorido, aceito a realidade e a sua crueza! Aceito a tristeza que me invade! Aceito que a caminhada que tinha pela frente teria, forçosamente, de passar por "aqui"! Hoje é o dia dos namorados. Vou olhar para eles com carinho, com ternura, com a ternura e o carinho que conheço como o bem-estar interior mais doce e entusiasmante. Agradeço a Deus ter-me proporcionado, a espaços, conhecer a experiência do que é amar de verdade!



Tu és

um paraíso na terra
um sonho que a vida encerra

és uma vida que inspira
a mesma vida que expira

és movimento para dentro
tocando a alma no centro

és movimento para fora
sentir o ar ir embora

és uma expressão de amor
gesto eterno e indolor

és tu de novo a nascer
depois dum dia morrer

és o sonho da ilusão
luz vista na escuridão

és a vida a experimentar
paraíso de terra e mar

és consciência a crescer
espírito que está a ser

és sorriso e uma alegria
virás a Mim nesse dia


(Amaral Nascimento)
(imagem: www.nudeartgallery.de)

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

duas de há dois anos...

Estas duas foram publicadas há dois anos atrás.


1-
Numa discoteca africana:
- A minina dança?
A mulatinha levanta-se:
- Não, vô mijá.
- Vai mijá mas vorta?
- Não, vô mijá embora!

2-
Duas formiguinhas japonesas viviam numa rua estreitinha de Tóquio, e um dia encontraram-se:
- Como te chamas? - pergunta a primeira.
- Fu! - responde a outra.
- Fu? Fu o quê?
- Fu Miga... e tu?
- Ota!
- Ota? Ota o quê?
- Ota Fu Miga!

domingo, fevereiro 11, 2007

alegria e tristeza


Apenas duas palavras.
A alegria é a primária. Diz-se que é o amor a expressar-se em toda a sua plenitude. Porque é o fluxo de energia que faz bem à alma. Provoca um "estado" de alma feliz. É energia positiva que expande e engrandece.

A tristeza é a outra das duas palavras. Também é um fluxo de energia, da mesma energia, mas a um nível diferente. A sua vibração é outra. A sua intensidade é outra. Contrai em vez de expandir. Limita em vez de libertar.
Alegria e tristeza.

A mesma energia a ser expressada de formas diferentes. Dois sentimentos a co-existirem na alma. Só um deles faz parte da essência. É a alegria. É o sentimento autêntico, puro. Por natureza, a alma é alegre. Mas é a mente que define o grau em que ela se expressa. É a mente que dispõe da energia e a dirige. Ou faz alegria ou faz tristeza.

A mesma energia, dois sentimentos, dois "estados de ser", duas formas de expressão.
De novo, a escolha. Sempre a escolha. Triste ou alegre é, sempre, e definitivamente, uma opção.

sábado, fevereiro 10, 2007

amanhã há referendo

Nada acontece por acaso e nada está a acontecer contra a vontade de Deus. Porque Deus é o Criador, é o acto de criar e é a obra criada. Porque Deus é um Processo interminável, dentro de Si próprio. Porque Deus é o Todo e nada existe fora Dele e tudo o que acontece é manifestado em Si.

A manifestação individual que és Tu tomou forma e espírito, dentro do corpo e do espírito do Criador. Quando tu pensas e decides e penetras numa realidade criada no espaço contextual do Universo, não estás sozinho nessa "aventura". A interligação com outras pessoas e a afectação do meio ambiente permitiram que o acto se concretizasse num "acordo" mútuo que Deus consolidou.

Existe apenas Deus! Nenhuma parte individualizada está fora de Deus ou sequer separada Dele. Tudo o que acontece sucede numa harmonia complexa, estranha e incompreensível para a mente humana.

A vida é a vontade de Deus, a expressar-se!
Uma vida que se vai formar no ventre duma mãe faz parte dessa vontade divina, determinada a um nível de consciência que a mente humana ainda não ousa alcançar.
O acontecimento, que é o aborto, seja ele em que altura for, não se desliga do Processo. Como qualquer outro, ele vai afectar duas ou mais pessoas, sem sair da harmonia em que está inserido.
A interrupção de uma gravidez implica uma vontade. Mas essa vontade não é isolada do Processo da Criação. Sendo uma realidade co-criada com Deus é, ao mesmo tempo, uma decisão concertada com os vários aspectos individuais da Divindade. Porque nenhuma parte de Deus tem poderes sobre qualquer outra, somente uma vontade é manifesta dentro da harmonia que é a vontade divina.

O feto que está no ventre da mãe é uma manifestação de Deus no Processo da Criação. Todo o seu crescimento e evolução está a cargo da sabedoria natural da essência divina que envolve cada ser. Nenhuma mãe controla, conscientemente, o crescimento do filho que traz na barriga. Não o faz mais bonito, nem mais alto, nem mais perfeito nos pormenores. Ele virá ao mundo como a Natureza decidir que ele venha.

Ouvi em qualquer lado que, no ano passado, os portugueses praticaram quatro mil abortos em Espanha.
A pergunta que se vai colocar é se concorda ou não com a despenalização do aborto... Parece que ninguém concorda que haja uma pena! Mas também ninguém concorda que um ser tire a vida a outro ser! Porque, sejam quais forem as justificações, é disto mesmo que se trata. Há uma vida que não vai conhecer a realidade deste mundo físico. A propaganda que encheu páginas de jornais e televisões politizou completamente o "grande acontecimento". Transformou-se numa guerra de palavras, numa confrontação de individualidades da nossa sociedade. Infelizmente! Porque se perdeu uma oportunidade soberana de informar, de esclarecer, de consciencializar. E é disto que importava falar. Importava colocar toda a gente completamente consciente de que "está a decidir qualquer coisa sobre outra vida"... Onde está a tua Consciência? Em que patamar caminha? O que é que Ela quer, neste preciso momento? O que é mais sublime para Ti, quando fores decidir sobre o destino do ser que tens no ventre? Como Te sentes ao praticá-lo? Quem És Tu? O Que Queres Ser?

Eu sou a favor da Vida! Porque a Vida não morre, em nenhuma circunstância!
Penalizar ou não penalizar - eis a pergunta. Será que "isto" é, mesmo, o mais importante?... Ou uma solução diferente poderia surgir dos gabinetes dos políticos com acções sociais e pedagógicas que dimensionassem o problema para outros caminhos?...



(image by Paul Delarouche)

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

no silêncio



No silêncio
encontraste os teus segredos

Ouviste um som doce
como um riacho sorrindo
e escutaste o murmúrio
duma canção que
vibrando
veio da alma
do fundo
longe dos ruidos agrestes
produzidos por este mundo

No silêncio
encontraste a felicidade

Encontraste as mil maneiras
de ver cantadas as flores
e ver sorridas as fontes
duma vigília que
sendo
veio da alma
do amor
experimentado duma forma
sem sofrimento nem dor


(Amaral Nascimento)
(imagem de Mercedes_Fariña)

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

a procura de Deus


Dizia Chopra que o homem evolui numa contínua procura divina. O homem procura Deus, consciente ou inconscientemente. Não de uma prova da Sua existência. Não de um sinal celeste ou de uma catástrofe planetária que O ponha a descoberto.
O homem tem "no seu cérebro os circuitos permanentemente em actividade na procura de Deus".
Deus "está presente" nos bons e maus momentos. A nova consciencialização abre as portas para a inevitabilidade de um Deus à medida do seu entendimento. E os caminhos para a Sua descoberta parecem ser os mais variados, sem que algum seja mais poderoso e crível que os demais.
Hoje em dia, o ser humano interroga-se, como nunca o fizera antes. O obscurantismo em que viveu durante séculos deu lugar a uma nova era em que a espiritualidade se transformou numa necessidade íntima e inevitável. Tudo se move a loucas velocidades. Tudo se pensa em fracções de segundo. Tudo se projecta a grandes distâncias, sem que o presente seja minimamente apreendido. A vida moderna transformou-se numa roda gigantesca movendo-se a uma velocidade gigantesca. O tempo escasseia para a introspecção.
A mudança está a ser lenta, mas parece caminhar serena e segura. Uma nova mentalidade transfomará a vida do planeta. Só acreditando que TUDO e TODOS estão a fazer parte dum processo divino ajudará a olharmos, com outros olhos, aquilo que nos rodeia.
"Se me perguntarem qual a razão por que devemos procurar Deus, a minha resposta poderá ser egoista: eu quero ser um criador. Esta é a última promessa de espiritualidade, que te pode tornar no autor da tua própria existência, o autor do destino pessoal."

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

no topo da luz



No topo da luz
esmaguei a chama do além
e com um toque tremido
vibrei também
e revi a luz
como quem é
o que só tem

No topo da luz
crispei as chispas douradas
e com um tempo revolto
cantei baladas
e tomei o desejo
como quem cruza moradas

No topo da luz
subi mais ao cimo
escorreito
acrescido
toquei-lhe ao de leve
e bebi-lhe o sumo
como quem suga de um peito duro
a chuva doce, fruto maduro
pérola que brilha
corpo de luz
que foi sempre luz
e dá a luz que sempre deu
vinda da Vida, ela mais eu


(Amaral Nascimento)
(imagem extraida: www.creative-nude.net)

domingo, fevereiro 04, 2007

mudar o mundo


"Existe uma fórmula universal para vivermos livres e felizes. Há um mundo de serenidade, harmonia e abundância para além do tumulto que parece acontecer à nossa volta. Há uma outra forma de olhar e avaliar. É possível mudar o mundo que vemos, mudando o teor dos nossos pensamentos. Somos co-criadores com o Universo!"

(Isabel Ferreira)

sábado, fevereiro 03, 2007

plena mulher

É difícil ler Pablo Neruda e ficar indiferente.
Tudo parece simples, até mesmo as palavras certas para compôr um poema.
Nem que esse poema seja para pisar tabus. Ou preconceitos. Ou outros problemas da vida...



Plena mulher, maçã carnal, lua quente,
espesso aroma de algas, lodo e luz pisados,
que obscura claridade se abre entre tuas colunas?
que antiga noite o homem toca com seus sentidos?
Ai, amar é uma viagem com água e com estrelas,
com ar opresso e bruscas tempestades de farinha:
amar é um combate de relâmpagos e dois corpos
por um so mel derrotados.
Beijo a beijo percorro teu pequeno infinito,
tuas margens, teus rios, teus povoados pequenos,
e o fogo genital transformado em delícia
corre pelos tênues caminhos do sangue
até precipitar-se como um cravo noturno,
até ser e não ser senão na sombra de um raio
.


Poema: Pablo Neruda
(imagem: creative-nude.net)

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

uma breve história da nossa vida


A manifestação do mundo e o seu retorno ao não-manifesto, a sua expansão e contracção constituem dois movimentos universais que poderíamos designar por afastamento e retorno a casa. Estes dois movimentos reflectem-se por todo o Universo das mais variadas formas, por exemplo, na incessante expansão e contracção do nosso coração e na inalação e exalação da nossa respiração. Também se reflectem nos ciclos de sono e vigília. Todas as noites, sem o saber, você regressa à Fonte não-manifesta de toda a vida, ao entrar no estado de sono profundo, sem sonhos, e depois volta a despertar de manhã, em toda a sua plenitude.

Estes dois movimentos, o afastamento e o retorno, também se reflectem nos ciclos de vida de cada pessoa. Vindo do nada, por assim dizer, "você" surge repentinamente neste mundo. Ao nascimento segue-se a expansão. Não existe apenas um crescimento físico, mas também um crescimento a nível do conhecimento, das actividades, dos bens materiais, das experiências. A sua esfera de influência expande-se e a vida torna-se cada vez mais complexa. Nesta altura, a sua principal preocupação é encontrar ou dedicar-se ao seu propósito exterior. Costuma verificar-se também um crescimento correspondente ao ego, que é a identificação com todas as coisas referidas anteriormente, por isso a sua identidade baseada na forma assume contornos cada vez mais definidos. Esta é também a fase em que o propósito exterior - o crescimento - tende a ser usurpado pelo ego, que, ao contrário da Natureza, não sabe quando deve interromper a sua busca de expansão, e que tem um apetite voraz por mais.

Então, quando você começa a pensar que conseguiu atingir o seu objectivo ou que pertence aqui, o movimento de retorno inicia-se. Talvez pessoas que lhe são próximas comecem a morrer, pessoas que faziam parte do seu mundo. Depois, a sua forma física enfraquece; a sua esfera de influência diminui. Em vez de se tornar mais, você torna-se agora menos, e o ego reage a isto com uma ansiedade ou depressão crescentes. O seu mundo começa a contrair-se e você pode pensar que já não controla as coisas. Em vez de agir sobre a vida, é a vida que agora age sobre si, reduzindo lentamente o seu mundo. A consciência que se identificava com a forma está agora a viver o seu ocaso, a dissolução da forma.

É então que, um dia, também você desaparece. A sua poltrona continua a existir. Porém, em vez de você estar lá sentado, resta apenas um espaço vazio. Você voltou para o sítio de onde veio apenas há alguns anos.
A vida de cada pessoa - na realidade, cada forma de vida - representa um mundo, uma forma única da experiência que o Universo tem de si próprio. E, quando a sua forma se dissolve, há um mundo que chega ao fim - um entre inúmeros mundos.

(Eckhart Tolle in Um novo mundo)