cantinho
O teu jardim é um cantinho,
dá aconchego,
tem flores a despertar todos os dias,
tem um banquinho onde me sento a ler,
tem a frescura das palavras
que é ninho,
terno cantinho.
Lisboa,
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O teu jardim é um cantinho,
dá aconchego,
tem flores a despertar todos os dias,
tem um banquinho onde me sento a ler,
tem a frescura das palavras
que é ninho,
terno cantinho.
Quebrei as asas
e quis voar
nos ares da liberdade
foi um minuto
que fez do tempo
um altar
e criou a cor do azul
nas telas prateadas
dum sonho da cor do mar
quis voar
não tinha asas
apenas aquela visão
falei ao sol
falei ao vento
mergulhei na ilusão
lá longe no firmamento
longe da minha razão
Sem asas perdi o sonho
e a vontade de voar
sem asas revi a vida
dei asas à despedida
clamando o som do luar
subi então ao grão de areia
olhando a praia deserta
só estava eu
com a ilusão como certa
e nem a onda me fez sorrir
nem a brisa me viu partir
mas eu sabia que era a hora
o mar já tinha avisado
era tempo de m'ir embora
(Amaral Nascimento)
Quando, um dia, li pela primeira vez a afirmação "Tu não és o teu corpo!", fiz uma pausa na leitura.
Eu, que tenho um nome e tenho uma personalidade, tenho igualmente uma mente e um corpo. Disso, eu não tenho qualquer dúvida. O nome foi-me atribuído para me distinguir dos "demais", criei a minha personalidade ao longo dos anos, e tenho uma parte mental donde brotam os pensamentos. E o meu corpo, esse é fisicamente visível, tratado com cuidado e carinho, na maior parte do tempo, e reconhecido como a minha pessoa, logo que apareço a alguém.
Então, eu não sou o meu corpo?
Hoje, neste momento, já não me é difícil reconhecê-lo. Eu não sou (apenas) o meu corpo, porque "outra" coisa eu tenho que ser. Outra coisa mais profunda, muito mais desligada dos sentidos, uma coisa que "seja" para muito mais tempo do que o corpo que "está" aqui neste momento.
Eu "tenho que ser" qualquer coisa para além do corpo. Tenho que ser uma coisa que continue a ser, depois do corpo se calar. Eu tenho que ser o que sempre fui e não deixe de ser. Mais evoluído, menos evoluído - seja como fôr - "eu" só me posso imaginar como "algo" que sempre foi, como "algo" que estou a ser, como "algo" que hei-de continuar a ser.
Doutra forma, se assim não fosse, como me vou eu imaginar para além desta vida, ou como me posso imaginar, antes de aqui chegar? O que fui? Para onde vou? O que serei?
Desaparecido o corpo físico, "desapareço" eu também? A minha mente "esvai-se" e deixo de pensar? E de sentir? Quando "morrer" transformo-me em nada? Nada? O que é o nada?...
Eu não sou o meu corpo! Eu não sou a minha mente! Não sou apenas isso! Assim, faz todo o sentido!
Eu sou! Eu fui! Eu serei sempre!
Assim, fico em paz. Para além daquilo que os meus sentidos detectam, eu tenho um "eu" que não desaparece, tenho um "eu" onde os sentimentos se acumulam, tenho uma alma com uma linguagem própria - e essa vai prevalecer. Para além do corpo físico, para além dum "ego" construído ao longo dos anos - para além do universo, noutro universo, noutra dimensão ou a um outro nível de consciência - eu continuarei a ser!
(6/2/2005)
Um dia algures não importa o tempo o espaço temporal ao qual damos o nome de possível.... Um dia algures estará lá o tempo e o espaço para nos cruzarmos uma outra vez... Um dia... |
Acaba de ser publicada nos EUA a última obra de Neale Donald Walsch.
"Quando tudo muda, muda tudo" fala ao coração das pessoas que perderam o seu rumo na sequência de uma grande mudança na sua vida - e daqueles que as vão ajudar.
Morre uma pessoa muito querida. Ou termina um relacionamento romântico. Ou perdemos um trabalho que era importante na nossa carreira. Ou o seu filho saíu de casa. Ou você mudou-se para uma nova cidade. Ou repentinamente você enfrenta uma crise de saúde ou uma crise financeira ou uma crise de fé...
... seja qual for a circunstância, você está certo numa coisa: nada vai ser como dantes.
Uma profunda tristeza, até uma amarga negatividade, virá a seguir. O que fazer então? Acabar com a vida?
Esta é a resposta surpreendente do mensageiro espiritual dos nossos dias, Neale Donald Walsch, num livro que irá tocar a vida de muitas pessoas de todo o mundo, com a mesma esperança que o seu moralizante "Conversas com Deus".
Uma prática aplicação das novas perspectivas da Nova Espiritualidade, com belos instrumentos para a cura e para uma nova definição de Deus que poderia esclarecer todos os mistérios da vida.
O texto explora as formas de lidar com as muitas mudanças que estão ocorrendo agora na vida das pessoas em todo o lado. Não só mudanças no cenário financeiro mundial, mas na política, na carreira das pessoas, na definição das prioridades colectivas e individuais, nas construções sociais e comportamentais, e no relacionamento familiar e romântico. Realmente, em tudo. O livro dá-nos as ferramentas que podem ajudar em todos estes campos que giram em torno das nossas vidas - poderosas ferramentas da mente e da alma.
Em Londres foi aclamado como "o melhor CCD desde a trilogia original".
Neale Donald Walsch é autor de best-sellers internacionais sobre espiritualidade e desenvolvimento pessoal. Os seus livros já venderam mais de 7,5 milhões de cópias em todo o mundo e foram traduzidos em 37 línguas.
Walsch vive em Ashland, Oregon.
(texto retirado da Net)