A Net é, realmente, um labirinto de ideias.
Comecei a procurar a Net há já alguns anos atrás, e quando criei este blogue, em 2005, ele começou por ser um "caderno" de lugares comuns que nada dizia para além de alguns factos soltos, sem sumo no seu interior.
Pouco depois, apercebi-me e dei-me conta que estava a "escarafunchar" na vida real e a compará-la com outras vidas, com outros estilos e, também, com ideias que podiam fazer sentido e podiam "interessar" a mais alguém, que não eu só...
E apercebi-me igualmente que estava a expôr-me, como indivíduo e, mais tarde, a expôr os meus próprios sentimentos.
Expôr tudo isto não me perturbou, porque sempre defendi os ideais em que acreditava.
Mas expôr os meus momentos mais perturbados, mais carentes e mais frágeis tem-me trazido muitas mágoas, também.
Apesar de acreditar nas pessoas, julgo saber que, neste mundo virtual, a sinceridade e o respeito pelo próximo não são os atributos mais frequentes.
Os exemplos que tenho tido o previlégio de conhecer, apenas me dão a força para os aceitar e entender que estão a "jogar o seu jogo", distantes daquilo que nos dão a ler para comentar!
Porque a Net é o que é, também aquilo que escrevo e estas muitas centenas de textos e poesia que aqui tenho, estão sujeitos ao mesmo critério de julgamento... e porque sou mais um, também eu posso estar a "mentir", oferecendo gato por lebre.
Mas vou continuar até um dia! Expondo o que entender que devo expôr, sem qualquer receio, porque nada devo a ninguém! Transmitindo aquilo em que acredito, nem que seja para uma só pessoa que nem uma palavra decida deixar. Partilhando versos e prosa, bocados da vida, tal como eu a entendo e me dá prazer partilhá-la.
Há pessoas boas e outras menos boas. Há pessoas sinceras, assim como as há mais remetidas àquilo que apenas as envaidece.
E porque este mundo e o outro se completam, porque, porventura, ambos são tão virtuais e ilusórios que servem para "entreter", vamos filtrando o trigo do joio nas nossas eiras e vamos dando o que temos e fazendo o que sabemos.
Afinal, todos temos uma vida "lá fora"! Aqui, apenas pretendemos SER qualquer coisa mais, DAR qualquer coisa mais, RECEBER qualquer coisa mais - coisas que a nossa consciência saberá discernir e a nossa verdade interior saberá acolher.