Lisboa,

quinta-feira, junho 30, 2005

olá, amigo!

Continua teu o 31, ou o último, que também é teu!

quarta-feira, junho 29, 2005

ego e eu

"O orgulho pode ser um obstáculo no caminho do perdão. O orgulho é uma manifestação do ego. O ego é um "eu" falso e transitório. Tu não és o teu corpo. Tu não és o teu cérebro. Tu não és o teu ego. Tu és maior que todos eles. Necessitas do teu ego para sobreviver no mundo tridimensional, mas apenas daquela parte que processa a informação. O resto - orgulho, arrogância, desconfiança, medo - é pior do que inútil. O resto do ego separa-te da sabedoria, alegria e Deus. Tens que transcender o teu ego e encontrar o teu verdadeiro "eu". O verdadeiro "eu" é a parte permanente, a mais profunda de ti mesmo. É sensato, pleno de amor, seguro e alegre.

O intelecto é importante no mundo tridimensional, mas a intuição é-o ainda mais.
Inverteste a realidade e a ilusão. A realidade é o reconhecimento da tua imortalidade, divindade e eternidade. A ilusão é o teu mundo transitório tridimensional. Esta inversão está a prejudicar-te. Anseias pela ilusão da segurança em vez da segurança da sabedoria e amor. Anseias por ser aceite quando, na realidade, nunca podes ser rejeitado. O ego cria a ilusão e esconde a verdade. O ego deve ser eliminado para que então a verdade possa ser vista.

O passado deve ser lembrado e depois esquecido. Deixa-o ir.
Os pensamentos criam a ilusão da separação e da diferença. O ego perpetua essa essa ilusão, e esta ilusão gera medo, ansiedade e um sofrimento tremendo. Medo, ansiedade e sofrimento geram por sua vez raiva e violência. Como pode existir paz no mundo quando estas emoções caóticas predominam? Simplesmente liberta-te. Volta à origem do problema. Estás de volta a pensamentos, antigos pensamentos. Pára de pensar. Em vez disso, utiliza a tua sabedoria intuitiva para viver de novo o amor. Medita. Vê que tudo está interligado e interdependente. Vâ a unidade, não as diferenças. Vê o teu verdadeiro "eu". Vê Deus."

(Brian L Weiss in "Só o amor é real")

terça-feira, junho 28, 2005

Escuta!


Escuta! Escuta!
Vai em frente e pede!
E depois aguarda até escutares a resposta!
As palavras na próxima canção que ouvires
O próximo artigo que leres
O próximo filme que fores ver
A próxima pessoa que encontrares
O próximo sussurro
O próximo rio
O próximo oceano

Eu falarei contigo!
Basta escutares!

Vi aqui!
E aconselho-te a ires ver também!

segunda-feira, junho 27, 2005

cícero





"É realmente uma sólida prova de que o homem sabe muitas das coisas antes de nascer, o facto de que, quando criança, absorve tão rápida e facilmente inúmeros conceitos, o que mostra que não está a aprendê-los pela primeira vez, mas a recordá-los e a evocá-los."

domingo, junho 26, 2005

o sexo antes do casamento

O que há de errado com o sexo antes do casamento? Foi um problema no passado, mas já entrámos no século XXI ou não? Era um problema do passado, porque o sexo podia levar à gravidez, ao nascimento de crianças, e surgia o problema de quem iria tomar conta dessas crianças. Quem iria então casar com aquela rapariga que tinha um filho? Existiam então complicações e dificuldades. Não há necessidade de as criar - elas só existem na cabeça.
De facto, muitas dificuldades matrimoniais surgem porque o sexo pré-nupcial é negado.

Existem tribos aborígenes que são muito mais humanas, naturais, e em que o sexo antes do casamento é apoiado pela sociedade, encorajado, porque esse é o tempo de aprender. Aos catorze anos, a rapariga é sexualmente madura; aos dezoito anos, o rapaz é sexualmente maduro. E a idade para tal está a diminuir - à medida que as sociedades humanas se tornam mais científicas, mais tecnológicas, a alimentação é suficiente e a saúde salvaguardada, essa idade vai diminuindo.

O sexo antes do casamento é um dos aspectos mais importantes para ser decidido pela sociedade humana.
A rapariga nunca mais estará tão viva, sexualmente, do que quando tinha catorze anos, e o rapaz nunca estará mais desperto sexualmente do que quando tinha dezoito anos. Quando a natureza está no seu apogeu, você impede-os. Quando o rapaz chega aos trinta anos, é-lhe permitido que se case. A sua sexualidade já está em decadência. Na sua energia vital, ele já está em declínio, está a perder interesse. Biologicamente, ele está atrasado cerca de catorze a desasseis anos - ele perdeu o combóio há muito.
Por isso surgem tantos problemas maritais e tantos conselheiros matrimoniais prosperam, porque ambos os parceiros passaram a sua hora de apogeu e essa hora de apogeu era o momento em que podiam conhecer o que era o orgasmo.

Numa sociedade humana melhor, o sexo antes do casamento deve ser encarado como em algumas tribos aborígenes. A razão é simples. Primeiro: a natureza preparou-o para algo, você não deve negar o seu direito natural. Se a sociedade não está preparada para que você se case, então esse é um problema da sociedade, não seu. A sociedade deverá encontrar uma forma de resolver este problema. Os aborígenes encontraram o caminho. É muito raro uma rapariga ficar grávida. Se uma rapariga engravida, o rapaz e a rapariga casam-se. Não há vergonha, não há nenhum escândalo, não há qualquer condenação. Pelo contrário, os idosos abençoam o jovem casal porque provaram ser ambos vigorosos; a natureza é poderosa neles, a sua biologia está mais desperta do que noutros. Mas isto raramente acontece.
O que acontece é que cada rapaz e cada rapariga se vai treinando. Nas sociedades aborígenes que visitei, existe uma regra em que, após os catorze anos da rapariga e os dezoito anos do rapaz, eles não estão autorizados a dormir nas suas casas. Eles têm um quarto comum no meio da aldeia onde todas as raparigas e todos os rapazes dormem. Assim não há necessidade de se esconderem atrás dos carros ou nas garagens. Isto é feio - isto é a sociedade a forçar as pessoas a agir como ladrões, dissimulados, mentirosos. E as suas primeiras experiências amorosas devem ter acontecido em circunstâncias tão desagradáveis - escondendo-se, com medo, culpa, considerando que é uma tentação do demónio. Eles não podem desfrutá-la quando são capazes de a gozar ao máximo e aproveitá-la no seu apogeu.

O que eu estou a dizer é que se eles o tivessem experimentado no seu apogeu, o seu domínio sobre eles teria sido perdido. Então não teriam passado toda a sua vida a olhar para revistas como a Playboy, não haveria necessidade disso. E eles não andariam a sonhar com sexo e a ter fantasias sexuais. Não andariam a ler novelas de terceira categoria e a ver filmes de Hollywood. Tudo isto acontece, porque lhes foi negado o seu património.
Na sociedade aborígene, eles vivem juntos durante a noite. Só lhes é imposta uma regra: "Não estejas com uma rapariga mais de três dias, porque ela não é tua propriedade, tu não és propriedade dela. Tens de ficar familiarizado com todas as raparigas e ela tem de ficar familiarizada com todos os rapazes, antes de escolherem um parceiro para a vida."
De facto, isto parece absolutamente são. Antes de escolher um parceiro para a vida, é-lhe dada a possibilidade de se familiarizar com todas as mulheres disponíveis, todos os homens disponíveis. Você pode ver por todo o mundo que nem os casamentos arranjados foram bem-sucedidos, nem aquilo a que se denomina casamentos de amor. Ambos falharam, e o motivo básico em ambos os casos é a inexperiência do casal; não foi dada ao casal liberdade suficiente para encontrar a pessoa certa.
Nestas tribos não há divórcios porque, claro, uma vez que você olhou para todas as mulheres, esteve com todas as mulheres da tribo e pôde escolher uma, então o que é que pode mudar? Você escolheu baseando-se na sua experiência, e portanto nessas sociedades não há necessidade, não há motivo para divórcio.
Se você quiser ter cuidado, tenha cuidado com o sexo no casamento, porque é aí que o problema reside. O sexo antes do casamento não é um problema, particularmente agora com tantos métodos anticoncepcionais disponíveis.

(Osho in Amor, Liberdade e Solidão)

sábado, junho 25, 2005

rochas?

Dizem que a imagem não é o que aparenta...

sexta-feira, junho 24, 2005

energia a partir do mar



"A Póvoa de Varzim vai receber o primeiro sistema internacional de produção de energia renovável a partir das ondas, que consiste numa plataforma integrada num mega-projecto que deverá animar o mercado das energias renováveis em Portugal. Num futuro próximo, a energia das ondas poderá representar a maior fonte de energia renovável da Terra. Não será de estranhar que a União Europeia exija, que até 2010, vinte e dois por cento do consumo energético da Comunidade seja proveniente de fontes de energia renováveis, como o sol, o vento e as ondas. O mais recente desafio tecnológico no que à produção de electricidade diz respeito coloca-se ao nível do aproveitamento da força do mar e Portugal vai ser o primeiro país ao nível mundial a implementar uma plataforma comercial de aproveitamento das ondas do mar para gerar energia. Para além do projecto na Ilha do Pico, também a Póvoa de Varzim contará com um mega-empreendimento resultante da parceria firmada entre uma empresa escocesa e uma das principais produtoras energéticas no segmento das mini-híbridas. O complexo inclui a contrução em linha de tubos cilíndricos, que deverão fornecer electricidade a 1.500 casas a partir do ano de 2006. De acordo com a "New Scientist", a chamada Ocean Power Delivery (OPD) Pelamis P750 será construída a cerca de três quilómetros a norte da costa da Póvoa de Varzim, sendo que Portugal deverá ter mais duas instalações de energia a partir das ondas do mar, uma possivelmente em Aveiro, com capacidade para gerar 2.25 megawatts. A OPD da Póvoa é uma unidade metálica, composta por três geradores de energia cilíndricos semi-submersos. A energia produzida por estes geradores será, posteriormente, canalizada para cabos existentes no mar, que a "reencaminham" para a central energética."

("Diário digital" de 23 Junho 2005)

quinta-feira, junho 23, 2005

um minuto

Cada minuto é uma decisão.
Cada minuto é uma oportunidade.
Cada minuto é um momento único.
A escolha é sua.

Um minuto de liberdade.
Um minuto de paciência.
Um minuto de luxo.
Um minuto de triunfo.
Um minuto de amor.
Um minuto de solidão.
Um minuto de determinação.
Um minuto de juventude.
Um minuto de férias.
Um minuto de paixão.
Um minuto de ternura.
Um minuto de luta.
Um minuto de glória.
Um minuto de lembranças.

O que vai fazer com o seu próximo minuto?
Outro minuto que não voltará...
Porque a vida é agora.

O que farei com o meu próximo minuto?
Eu ainda não sei...
Mas preciso fazer algo antes dele passar...
O Futuro é daqui a um minuto.
Pense Nisso.

(encontrei na Net, mas já não sei onde!...)

quarta-feira, junho 22, 2005

simbologia



Encontrei este símbolo quando, por qualquer razão, deparei com o site brasileiro "SomosTodosUm". Curioso, procurei o seu significado, e li assim:
"O logo do vidanova nasceu de intuições e meditações ao longo dos últimos anos. Trata-se de vários símbolos bem conhecidos, que foram agrupados em disposição harmoniosa e de fácil entendimento.
Para a perfeita compreensão desse teste precisamos ter em mente que o triângulo equilátero dourado representa a Trindade, a Vontade Divina, o Corpo - Mente - Espírito. Segundo o Dr. Edward Bach (Criador da Terapia Floral) a Compaixão - Simplicidade - Humildade.
No interior do triângulo podemos ver o mundo (ou o Universo), representado pelo símbolo dourado do infinito.
A linha branca na vertical representa o tempo (o eterno agora), o movimento da luz que percorre o caminho do masculino, do feminino e a linha do tempo na sua subida em direcção ao ponto mais alto, à iluminação que, finalmente atingida, espalha sobre o Todo a luz do Amor, da Verdade e da Sabedoria.

Qual não foi a nossa surpresa quando percebemos que os 3 lados do triângulo também podem representar os 3 pilares que compõem as bases da personalidade humana.
Percebemos que, a cada lado corresponde uma cor básica (característica e especifica), de acordo com a cor predominante dos respectivos Chacras (os centros energéticos do nosso corpo).

(Muito mais está no site: SomosTodosUm

terça-feira, junho 21, 2005

acontece

Acontece muitas vezes. Pegamos num livro, num texto, numa poesia encontrada algures na Net. Lemos num ápice, a nossa vista a saltar pelas frases, as palavras a ficarem para trás, o entendimento a não acompanhar a sofreguidão da leitura.
O que nos ficou, obriga-nos a uma segunda leitura. Agora, a ideia parece muito mais clara. Parece-nos familiar. Parece-nos nossa. Poderia perfeitamente ter sido da nossa autoria.

Acontece muitas vezes. Num livro, num jornal ou revista, num filme ou numa peça de teatro. Sem qualquer esforço, a nossa mente absorve o que lê e o que vê. E tudo o que fôr importante para nós, tudo o que nos pode interessar, para hoje ou para mais tarde, vai ficando, sem que nos apercebamos, num cantinho qualquer, onde o espaço não falta.
Se estamos distraídos, não lhes damos qualquer importância. Se, pelo contrário, ficamos alerta, é como se uma voz muito subtil nos esteja a aconselhar, num sussuro, num murmúrio envolvente que passa suave...

segunda-feira, junho 20, 2005

Pax Júlia de Beja


Teatro Pax Julia de Beja reabre 15 anos depois

Sérgio Godinho, Vitorino, Filipa Pais, Janita Salomé e Rão Kyao apresentam hoje à noite "Músicas de Sol e Lua" na reabertura do emblemático Teatro Municipal Pax Julia, em Beja, fechado há quase 15 anos.

Os cantores vão interpretar temas clássicos das suas carreiras e outros que são marcos da música portuguesa, num espectáculo apresentado pela primeira vez a 11 de Julho de 1999, em Bona, no Festival da Lusofonia.

Esta é a primeira oferta de um mês recheado de eventos nas áreas da música, do teatro e da dança que marca a reabertura de uma das maiores salas de espectáculos do Sul do país, depois de longas obras de remodelação.

José Filipe Murteira, director artístico do Pax Julia, explicou à agência Lusa que "o teatro reabre com um programa experimental intenso, durante um mês, retomando a programação regular em Setembro".

"Carmen", o clássico de George Bizet pela companhia Ballet Flamenco de Madrid, um ciclo de experimentação de artes cénicas e a projecção de "Mar Adentro", filme do espanhol Alejandro Amenábar, galardoado este ano com o Óscar de melhor filme estrangeiro, são outras ofertas do programa.

Para o público conhecer a programação do Pax Julia, o teatro criou um serviço SMS que informa, semanalmente, os interessados sobre os espectáculos agendados.

Equipado com um auditório com capacidade para 650 lugares, e uma sala estúdio para 143 espectadores, o remodelado teatro irá funcionar por temporadas, de Setembro a Julho, com uma "oferta diversificada que pretende explorar as várias artes do espectáculo", adiantou José Filipe Murteira.

Fechado desde 1990, o Pax Julia foi adquirido cinco anos depois pela Câmara Municipal de Beja à Lusomundo por 560 mil euros, num investimento comparticipado por fundos da União Europeia, através do Programa Operacional Regional do Alentejo (PORA).

As obras de remodelação do teatro começaram em 2001, com a primeira fase a ser financiada através de um contrato programa, de um milhão de euros, entre a Câmara Municipal e o Ministério da Cultura, no âmbito de um programa nacional de remodelação de 21 teatros e cine-teatros.

A segunda fase de recuperação do edifício foi financiada pelo Programa Operacional Regional do Alentejo, no valor de 1,3 milhões de euros, e a aquisição de equipamento técnico foi feita através do Programa Operacional da Cultura por 1,9 milhões de euros.

("portugal diário" - 17 Junho 2005)

domingo, junho 19, 2005

você é um ser sexual

A partir de uma certa idade, o sexo torna-se importante - não que você o torne importante, não é algo que você faça acontecer; acontece. Aos catorze anos, ou algures por aí perto, subitamente a energia é inundada de sexo. Acontece como se as comportas se abrissem para si. Fontes de energia subtis, que ainda não se encontravam abertas, abriram-se, e toda a sua energia torna-se sexual, colorida com sexo. Você pensa em sexo, você canta o sexo, você caminha com sexo - tudo se torna sexual. Cada acto é colorido. Isto acontece: você não fez nada para que isso acontecesse. É natural.
A transcendência também é natural. Se o sexo é vivido totalmente, sem condenações, sem qualquer ideia de se livrar dele, então aos quarenta e dois anos - tal como aos catorze, o sexo aflorou e toda a energia se tornou sexual -, ou próximo dessa idade, essas comportas fecham-se novamente. E isso também é tão natural como o sexo tornar-se vivo; começa a desaparecer.
O sexo é transcendido sem qualquer esforço da sua parte. Se você faz algum esforço, isso será repressivo, porque não tem nada a ver consigo. Está em construção no seu corpo, na sua biologia. Vocês nasceram como seres sexuais; não há nada de mal nisso. Essa é a única via para se nascer. O ser humano é um ser sexual. Quando você foi concebido, a sua mãe e o seu pai não estavam a rezar, não estavam a ouvir o sermão de um padre. Não estavam na igreja, estavam a fazer amor. Mesmo pensar que a sua mãe e o seu pai estavam a fazer amor quando você foi concebido parece ser difícil. Eles estavam a fazer amor; as suas energias sexuais encontravam-se e fundiam-se entre si. Então você foi concebido; num acto sexual profundo, você foi concebido. A primeira célula era uma célula sexual, e fora dessa célula surgiram outras células. Mas cada célula permanece basicamente sexual. Todo o seu corpo é sexual, feito de células sexuais. Agora são milhões.
Lembre-se: você existe como um ser sexual. Quando aceitar este facto, o conflito que foi criado há séculos dissolve-se. Quando o aceitar profundamente, sem ideias preconcebidas, e quando se encarar o sexo como uma coisa simples e natural, você viverá nele.

O sexo é belo. O sexo em si é natural, é um fenómeno rítmico. Acontece quando a criança está pronta a ser concebida, e é bom que aconteça - de outro modo a vida não existiria. A vida existe através do sexo, o sexo é o meio. Se você compreende a vida, se você ama a vida, saberá que o sexo é sagrado, santo. Então você vive-o, deleita-se nele, e tão naturalmente quanto veio desaparece por seu próprio acordo. Por volta dos quarenta e dois anos, ou próximo dessa idade, o sexo começa a desaparecer tão naturalmente como quando surgira em si. Mas não acontece desse modo.
Deve ter ficado surpreendido quando eu digo por volta dos quarenta e dois anos. Você conhece gente com setenta e oitenta anos e que no entanto ainda não foram ultrapassados. Você conhece "velhos sujos". Eles são vítimas da sociedade. Porque eles não podem ser naturais, é uma ressaca - porque eles foram reprimidos quando deveriam apreciar o sexo e satisfazer-se. Nesses momentos de prazer, eles não estavam totalmente neles. Eles não eram orgásmicos, eles eram indiferentes.

(Osho in Amor, Liberdade e Solidão)

sábado, junho 18, 2005

11 caras

Dizem que nesta imagem estão escondidas 11 caras!... Será?...

sexta-feira, junho 17, 2005

a última nesga

Da minha janela ainda ia vendo uma nesga de céu e uns prédios lá longe, onde o horizonte se combinava com nuvens que passavam, mais ou menos depressa, ou se quedavam minutos e horas, ensaiando formas complexas, inexplicáveis, estranhas, algumas da côr mais cinzenta que a paleta imaginou.
Hoje, vejo mais uma torre de betão a elevar-se, insensível, enorme, a juntar-se às outras cinco que, em poucos meses, desfiguraram completamente o panorama agradável que descortinava da minha janela.
A pouco e pouco, vamos ficando emparedados.
A pouco e pouco, o céu vai-se transformando em qualquer coisa que passaremos a ir visitar aos fins de semana, fora das cidades ou nalgum museu especial.
Os senhores das autarquias vão validando projectos que rendem milhares e milhões, completamente alheios às necessidades de zonas verdes, permitindo que 12, 14 andares de betão se ergam defronte uns dos outros, como se fosse a coisa mais natural deste mundo.
É assim nesta Alfragide. Os "donos" da cidade da Amadora parecem gostar de brincar às "casinhas"... grandes, altas, rentáveis...
Para que os bolsos se encham...


quinta-feira, junho 16, 2005

o mundo dos sonhos

Com efeito, tudo o que o cérebro faz é receber sinais contínuos sobre o estado do corpo em termos de equilíbrio químico, temperatura, consumo de oxigénio, juntamente com uma corrente crepitante de impulsos nervosos. Este grande conjunto de dados não tratados tem início como erupções químicas com cargas eléctricas acopladas. Estes impulsos percorrem uma rede intrincada de células nervosas, e, assim que o sinal chega ao cérebro, tal como um corredor de um dos extremos do Império levando uma mensagem até Roma, o cortex agrupa os dados não tratados em conjugações mais complexas de impulsos eléctricos e químicos.
O córtex não nos informa deste infinito processamento de dados, que é tudo o que está a ocorrer dentro da matéria cinzenta. Em vez disso, o córtex fala-nos do mundo - permite-nos a percepção de imagens, sons, sabores, cheiros e texturas - de toda a criação. O cérebro pregou-nos uma grande partida, um notável número de ilusionismo, porque não existe uma ligação directa entre os dados não processados do corpo e a nossa sensação subjectiva de um mundo exterior.
Tanto quanto sabemos, todo o mundo exterior poderia ser um sonho. Quando estou na cama, a sonhar, vejo um mundo de acontecimentos tão vívido como o mundo que existe quando estou acordado (para a maior parte de nós, os restantes quatro sentidos estão espalhados desigualmente ao longo dos nossos sonhos, mas algumas pessoas quando sonham podem tocar, saborear, ouvir e cheirar com tanta precisão como quando estão acordadas). Mas quando abro os meus olhos, pela manhã, sei que todos esses acontecimentos vividos se produziram dentro da minha cabeça. Nunca cometeria o erro de cair nessa partida porque já parto do princípio de que os sonhos não são reais.
Então, o meu cérebro dedica um aparelho a produzir o mundo dos sonhos e outro ao mundo da vigília? Não, não dedica. Em termos de função cerebral, o mecanismo dos sonhos não se desliga quando acordo. O mesmo córtex visual, na parte traseira do meu crânio, permite-me ver um objecto - uma árvore, um rosto, o céu - independentemente de estar a vê-lo na memória, num sonho, numa fotografia ou à minha frente. As localizações da actividade das células cerebrais mudam ligeiramente de uma para outra e é por isso que posso estabelecer a diferença entre um sonho, uma fotografia e o objecto real, mas está a ocorrer constantemente o mesmo processo fundamental. Estou a fabricar uma árvore, um rosto ou o céu a partir do que, na verdade, é um emaranhado aleatório de nervos compridos e finos que soltam impulsos químicos e correntes eléctricas no meu cérebro ou por todo o meu corpo. Por mais que tente, nunca encontrarei um único padrão de produtos químicos e correntes com a forma de uma árvore, de um rosto ou com qualquer outra forma. Existe apenas uma tempestade de actividade electroquímica.
Este problema embaraçoso - o facto de não existir maneira de provar a existência de um mundo exterior - mina toda a base do materialismo. Assim, chegamos ao segundo segredo espiritual: Não estamos no mundo; o mundo está dentro de nós.

(Deepak Chopra in O livro dos segredos)

quarta-feira, junho 15, 2005

Comer é divino

Comer bem é uma arte, não é só empanturrar-se. É uma grande arte saborear a comida, cheirar a comida, tocar nos alimentos, mastigá-los, digerir a comida, e digerir é divinal. É divino; é uma dádiva de Deus.
Os Hindus dizem "Anam Brahma", a comida é divina. Assim você come com um profundo respeito e enquanto se alimenta esquece tudo, porque é uma prece. É uma prece existencial. Você está a comer Deus, e Deus irá fornecer-lhe alimento. É uma dádiva ser aceite com amor profundo e gratidão. E não empanturre o seu corpo, porque empanturrar o seu corpo é ser anticorpo. É o outro pólo. Há pessoas que estão obcecadas pelo jejum e há pessoas que estão obcecadas por empanturrar-se. Ambas estão erradas, porque em qualquer das formas o corpo perde equilíbrio.
Um verdadeiro amante do corpo come só até ao ponto em que o corpo se sente bem, equilibrado, tranquilo; quando o corpo sente que não pende nem para a esquerda nem para a direita, mas se encontra no meio. É uma arte compreender a linguagem do corpo, compreender a linguagem do seu estômago, compreender o que é necessário, dar-lhe só o que é necessário e fornecê-lo de uma forma artística, de uma forma estética.

Os animais comem, o homem come. Qual a diferença? O homem transforma o acto de comer numa grande experiência estética. Qual o motivo por que se há-de ter uma bela mesa de jantar? Qual o motivo por que se hão-de ter velas acesas? Qual a razão para queimar incenso? Qual o motivo para convidar amigos? É para o transformar em arte, não só para empanturrar-se. Mas estes são sinais exteriores da arte; os sinais interiores são compreender a linguagem do seu corpo, ouvi-lo, ser sensível às suas necessidades. E então você come, e durante todo o dia não se lembrará da comida. Só quando o corpo tiver fome novamente, essa lembrança voltará. O que é natural.
(Osho in Amor, Liberdade e Solidão)

terça-feira, junho 14, 2005

existe o inferno?

Há muito que procurava uma resposta! Mas aquelas que se me têm deparado esbarram naquilo a que eu chamo a "desarmonia com a verdade interior". A aceitação natural não se verifica.
Subitamente, quando menos esperava, folheava eu o Livro 3 das CCD, e dei comigo a ler o seguinte:


"Tudo aquilo em que pensam é o que criam e experienciam... O lapso de "tempo" entre o pensamento e a criação - que pode ser de dias, semanas, meses ou mesmo anos - cria a ilusão de que as coisas te estão a acontecer a ti, e não por tua causa. Isso é uma ilusão... Esse esquecimento está "integrado no sistema". Faz parte do processo. Porque não podes criar Quem Tu És enquanto não esqueceres Quem Tu És. Portanto a ilusão que cria o esquecimento é um efeito criado de propósito."

"Quando morres, não deixas de criar... Assim, no momento da tua morte o que acontece é... que continuas a viver.
Na vida física pode haver um lapso de tempo entre o pensamento e a experiência. No domínio do espírito não existe esse lapso; os resultados são instantâneos.
"

Quando eu me concentro, tenciono e decido ser qualquer coisa, isso torna-se a minha realidade. Esta realidade manifesta-se porque foi essa a minha intenção, criada portanto pelo meu pensamento.

"Alguns de vocês têm expectativas, mesmo sem o saberem. Toda a vida pensaram no que acontece depois da morte e, quando "morrem" esses pensamentos tornam-se manifestos, e realizam (tornam real) subitamente aquilo em que tinham pensado. E são os vossos pensamentos mais fortes, os mais fervorosos que, como sempre na vida, irão prevalecer."

Isto coloca-nos então a seguinte questão: "Se as pessoas acreditarem durante toda a vida que o inferno é um lugar que certamente existe, que Deus virá julgar "os vivos e os mortos", que separará "o trigo do joio" e as "cabras das ovelhas", e que irão seguramente "para o Inferno", então irão para o Inferno?!... O fogo do Inferno e a condenação podem existir e existem para quem acredita neles..."

"Tens razão em apontar que vocês podem criar qualquer sub-realidade à vossa escolha - incluindo a experiência do Inferno, tal como o descrevem. A maior parte do que vocês experienciam não existe, mas mesmo assim vocês experienciam-no."



O filme "Para além do horizonte" (What Dreams May Come) tentou transmitir que nós vamos experienciar, depois da morte, exactamente aquilo que esperamos e escolhemos experimentar.

"Isso vai prevalecer enquanto te mantiveres na tua realidade criada. Mas não criarás essa realidade para sempre. Alguns de vós não a experienciarão durante mais do que aquilo que chamam um "nanosegundo"."

Mas será que isso é bom? Não me vai trazer sofrimento? Não me vai "deixar perdido"? O que posso então fazer, para evitar tudo isto? Como devo proceder, o que devo utilizar para que isso possa ser ultrapassado?

"O teu conhecimento e entendimento. Tal como nesta vida, o momento seguinte é criado de acordo com novos entendimentos que adquiriste do teu momento anterior, assim também, no que chamas a outra vida, criarás um novo momento a partir do que vieres a saber e a conpreender do antigo.
Os resultados na outra vida são instantâneos e não conseguirás perder a ligação entre os pensamentos sobre uma coisa e a experiência que esses pensamentos criam.
Perceberás que estás a criar a tua própria realidade.
A alma reage, re-cria a sugestão mais poderosa da mente, produzindo-a na sua experiência.
Há almas que permanecem nessa experiência durante algum tempo, tornando-a muito real... outras almas adaptam-se rapidamente, vêem a experiência pelo que ela é, começam a ter novos pensamentos e passam imediatamente para novas experiências.
"

"Mas se optares por deixar de criar a tua realidade individual e começares a compreender e a experienciar a realidade unificada mais lata, terás imediata oportunidade de o fazer.
Aqueles que "morrem" nesse estado de escolha, de desejo, de disponibilidade e de conhecimento, passam imediatamente à experiência da Unidade. Outros só passam para essa experiência se, como e quando o desejarem.
"

Mesmo para além da morte, o livre arbítrio que temos hoje prolongar-se-à na outra vida. Quer dizer que eu vou experienciar aquilo que eu poder imaginar. Se quiser experienciar-me como uma determinada alma, num determinado lugar ou "tempo", posso fazê-lo. Mas se quiser também experienciar-me em mais de um lugar ao mesmo tempo, também posso fazê-lo. Como tudo está a acontecer ao mesmo tempo e no mesmo lugar, eu posso estar sempre em todos eles.

(Extractos de "Conversas com Deus 3" de Neale Walsch)

segunda-feira, junho 13, 2005

13 de Junho

Dia 13 de Junho é dia de Santo António! Dia de festa em Lisboa, onde a tradição manda que se efectuem os desfiles das marchas pela Avenida da Liberdade. O santo casamenteiro abençoa igualmente um conjunto de casais que decidem "dar o nó", nesta quadra, evento que o extinto jornal "Diário Popular" começou a organizar no longínquo ano de 1958.

Este ano, Portugal vê perder 3 grandes nomes da sociedade portuguesa que foram figuras determinantes na vida nacional.

Vasco Gonçalves tinha 83 anos e foi primeiro ministro de Portugal nos anos conturbados de 1974 e 75. Apoiado por uns, atacado por outros, Vasco Gonçalves foi acusado de defender ideais próximos do Partido Comunista, enquanto chefe do governo, e, perante o rumo que estava a impôr ao Portugal saído do 25 de Abril, o Conselho da Revolução demitiu-o em Dezembro de 75.



Álvaro Cunhal nascera em Coimbra no ano de 1913. Tinha, portanto, 91 anos, e era membro do Partido Comunista Português desde 1931. Ministro de 4 governos provisórios, saídos da revolução de Abril, Álvaro Cunhal encontrava-se doente há alguns anos, deixara o cargo de secretário geral do partido e de participar na vida política portuguesa.



José Fontinhas(Eugénio de Andrade) era da Beira Baixa, nascido em 19 de Janeiro de 1923 numa pequena aldeia chamada Póvoa de Atalaia. Em 1939 publicou o seu primeiro poema, "Narciso" e, pouco tempo depois, passou a assinar com o nome que o vai tornar um dos maiores vultos da poesia portuguesa e o poeta português mais divulgado no mundo (a par de Fernando Pessoa).



Nada podeis contra o amor,
Contra a cor da folhagem,
contra a carícia da espuma,
contra a luz, nada podeis.

Podeis dar-nos a morte,
a mais vil, isso podeis
- e é tão pouco!

(Eugénio de Andrade)

domingo, junho 12, 2005

Nada fazer sobre um problema


Se você souber que um problema existe
e nada fizer,
então,
você torna-se parte desse problema.

Arcebispo Desmond Tutu (1931) - Prémio Nóbel da Paz (1984)

sábado, junho 11, 2005

acorrentado à música

Mais uma cadeia, desta vez muito curta e... com música


Tamanho total dos arquivos de música no computador:
2,5 Gb



Último disco que comprei:
"Come away with me" da Norah Jones



Canção que estou a escutar agora:
Não estava, mas liguei o meu WinAmp e ele fez soar o "Caravan Of Love" de Johnny Logan



5 canções que costumo ouvir frequentemente ou que têm algum significado para mim:

You Win Again - Bee Gees
Me Mata La Soledad -Donato & Estefano
Where I'm headed - Lene Marlin
Grito - Polo Norte
One Night - The Corrs



"Una ragazza" fez-me o convite e aceitei.

sexta-feira, junho 10, 2005

Não aceites aquilo que ouviste



Não aceites aquilo que ouviste de relatos passados,
não aceites a tradição,
não aceites um ensinamento porque foi encontrado nos livros,
nem porque está de acordo com a tua opinião,
nem porque é um provérbio do teu professor.
Sê a tua própria lâmpada.

Buddha (5637-4837 B.C) - Filósofo indiano e fundador do Budismo

quinta-feira, junho 09, 2005

de volta


Depois deixei o meu corpo. Estava no tecto. Não havia luz branca, mas olhei para baixo e vi o meu corpo estendido na cama, imóvel, enquanto toda a gente - havia 15 ou 20 pessoas, os médicos, as EEM, as enfermeiras - estava de volta de mim. O ruído e a comoção diminuíram lentamente como se alguém tivesse baixado o volume. Olhei para mim deitado e imóvel e vi todos numa azáfama com aparelhos medidores de tensão, estetoscópios e agulhas.
Houve pânico porque tinham declarado uma emergência. Decidiram administrar-me uma dose massiva de epinefrina. O meu coração saltou e o meu pulso subiu para níveis impressionantemente altos, talvez 175. Depois, com um solavanco, descera do tecto e de novo para o meu corpo. Senti o coração acelerado, a face enrubescer e o meu corpo a vibrar como se o meu pulso estivesse em todo o lado.
A tensão arterial começou a subir e o meu espírito aclarou. Via as coisas novamente da minha perpectiva normal, de dentro do meu corpo. Os sons eram incrivelmente altos e tudo estava num caos. A epinefrina tinha-me ressuscitado. Estava de volta.

(Christopher Reeve in "Apesar de tudo, Eu")

quarta-feira, junho 08, 2005

até pode distrair

Hoje é um daqueles dias em que só me apetece dar uma voltinha, ler um bocadinho, divagar e devagar...
É isso! Nem este post vai sair desta frase!...

... até pode distrair...

terça-feira, junho 07, 2005

um site prós Nova Aurora


Os "Nova Aurora" é um grupo de música popular, nascido há mais de 20 anos em Aljustrel, no Baixo Alentejo.
A sua popularidade tem-se mantido à custa das actuações ao vivo, por diversas partes do país e estrangeiro, e algumas aparições na televisão e na rádio local.
Mas não têm um "site" na Net e gostariam de ter.
A feitura dum "site" fica dispendioso, manutenção e alojamento, também.
Mas então, não há nada a fazer?...
Claro que há! Eu próprio vou fazer uma "páginazinha", com o pouco que sei, arranja-se um servidor baratucho e resolve-se o problema!
...
Têm sido uns dias cansativos, mas a "coisa" está a tomar forma!
Amanhã, já temos os "Nova Aurora" na Net   nesta morada !
E não se gastou muito: 13 euros do domínio, mais 60 do alojamento, é o que vão dispender por ano!
Viva os "Nova Aurora"!

segunda-feira, junho 06, 2005

a vida é...



A vida é uma oportunidade, aproveita-a.
A vida é beleza, admira-a.
A vida é beatificação, saboreia-a.
A vida é sonho, torna-o realidade.
A vida é um desafio, enfrenta-o.
A vida é um dever, cumpre-o.
A vida é um jogo, joga-o.
A vida é preciosa, cuida-a.
A vida é riqueza, conserva-a.
A vida é amor, goza-a.
A vida é um mistério, desvela-o.
A vida é promessa, cumpre-a.
A vida é tristeza, supera-a.
A vida é um hino, canta-o.
A vida é um combate, aceita-o.
A vida é tragédia, domina-a.
A vida é aventura, afronta-a.
A vida é felicidade, merece-a.
A vida é a VIDA, defende-a.

( Madre Teresa de Calcutá)

domingo, junho 05, 2005

poeira

Do alto da nuvem contemplo a poeira.
É fina, é seca, é vaidade e presunção.
Poeira levantada, baloiçada, compassada.
Poeira deserta, poeira acamada.
Poeira nos olhos das gentes.
Gentes que mandam, comandam, que são e não são.
Poeira sorriso, poeira da dôr.
Poeira dos céus, compasso de amor.
Poeira que é nome, que és tu, que sou eu!
Poeira que enxerga, que vale o que vale.
Poeira eterna, que é parte do Ser.
Poeira dos tempos, poeira distante.
Poeira da vida,
poeira que morre, que não e que sim,
poeira de Deus,
De ti e de mim!


(Amaral Nascimento)

sábado, junho 04, 2005

a água estava fria

Já me pesam as pernas. Ontem corri um bocado e já me doíam os pés, os músculos, os ossos todos.
Estou a precisar de exercício!
A água estava fria pra burro, mas lá me consegui meter e aguentar uns minutos. Passada uma hora, o Sol já a tinha aquecido e as nossas temperaturas aproximaram-se.
O calor forte dá-me cabo da mona; não me posso esquecer do boné!
Gosto do Inverno, mas deixa-me trôpego. Não posso viver sem os dois, está visto. Já agora, das quatro... Elas vêm umas a seguir às outras...

sexta-feira, junho 03, 2005

vamos tomar uma bica?



A "bica" vinha quente, dentro da chávena quente.
No seu respingar trémulo, a espuma começou por esvair o seu entusiasmo inicial e quedou-se pelo rebordo da porcelana, encostando-se surda e serenamente.
Antes que toda se despersasse, deitei-lhe por cima o açúcar. A colher sacudiu-o, e o ondular, meio espuma, meio café, deu voltas, revirou-se, sempre no mesmo sentido, na mesma alegria.
Detive o gesto, olhei-a nos olhos, e vi-te sorrires-me. O café e a chávena. Ambos quietos, no reflexo de mim. O borbulhar amornou, esperou por mim e entregou-se. O café. Olhei-te com força e não eras café. Lá pequenino, no fundo, bem fundo, estava eu!

Quando tiveres à tua frente a chávena com a tua "bica", e antes de começares as tarefas habituais de lhe colocar o açúcar, mexer e levá-la à boca, pára um bocado.
...
Olha para a chávena, para a espuma do café que borbulha lá dentro, e pensa bem:
O momento que estás a viver é único. Podes não voltar a ter esta oportunidade. Dá valor ao que estás a fazer. Saboreia a grandiosidade que te rodeia nesse pequeno instante que é, simplesmente, "tomar um café"!

quinta-feira, junho 02, 2005

gostar e amar

Existe uma enorme diferença entre gostar e amar. Gostar não representa nenhum compromisso, amar é compromisso. Por isso as pessoas não falam muito sobre o amor. De facto, as pessoas começaram a falar de amor em contextos que dispensavam o compromisso. Por exemplo, alguém diz: "Amo gelado." Mas como é possível amar um gelado? Você pode gostar, mas não pode amar. Ou outra pessoa diz: "Amo o meu cão, amo o meu carro, amo isto e aquilo."
De facto, as pessoas têm muito, muito medo de dizer a alguém "Amo-te".
Já ouvi dizer: Um homem namorava uma mulher já há alguns meses. E a mulher, obviamente, esperava, esperava - já faziam amor, mas o homem ainda não lhe tinha dito "Amo-te".
Veja a diferença - antigamente as pessoas costumavam "amar-se". Agora "fazem amor". Vê a diferença? Amar-se é estar esmagado pelo amor; é passivo. Fazer amor é quase profano; quase destrói a sua beleza. É activo, como se você estivesse a fazer algo; você está a manipular e a controlar. Hoje as pessoas modificaram a sua linguagem - em vez de usarem "amar-se" usam "fazer amor".
E o homem fazia amor com a mulher, mas nunca lhe dissera uma única vez "Amo-te". E a mulher esperava, esperava, esperava.
Um dia, ele telefonou-lhe e disse-lhe: "Estive a pensar e achei que devia dizer-te. Parece-me que agora chegou o momento. Tenho de te dizer: agora não me posso conter mais." E a mulher ficou arrebatada e manteve-se atenta - pois foi por isto que ela tanto esperara. E ela respondeu: "Diz! Diz!" E o homem disse: "Tenho de te dizer, agora já não posso mais conter-me: Gosto de ti."
As pessoas dizem umas às outras "Gosto de ti". Porque não dizem "Amo-te"? Porque o amor é compromisso, envolvimento, risco, responsabilidade. Gostar é momentâneo - eu posso gostar de si agora e posso não gostar amanhã; não apresenta qualquer risco. Quando diz a alguém "Amo-te", você assume um risco. Você está a dizer: "Amo-te, amar-te-ei sempre, amar-te-ei amanhã. Podes contar comigo, é uma promessa."
O amor é uma promessa, gostar não tem nada a ver com qualquer promessa. Quando diz a um homem "Gosto de ti", diz algo acerca de si , não acerca do homem. Você diz: "Eu sou assim, eu gosto de ti. Eu também gosto de gelado e gosto do meu carro. Do mesmo modo, gosto de ti." Você está a dizer algo acerca de si.
Quando diz a alguém "Eu amo-te" está a dizer algo acerca dela e não acerca de si. Você está a dizer "És encantadora". A seta aponta para o outro. E então há perigo - você está a fazer uma promessa. O amor tem uma qualidade de promessa associada, compromisso e envolvimento. E o amor tem algo de eternidade em si. Gostar é momentâneo; gostar não apresenta riscos, nem responsabilidades.

Gostar e amar são diferentes mas não existe diferença entre o amor comum e o amor espiritual. O amor é espiritual. Nunca encontrei amor comum: comum é gostar. O amor nunca é comum - não pode ser, é intrinsecamente extraordinário. Não é deste mundo.
Quando diz a uma mulher ou a um homem "Amo-te" está simplesmente a dizer "Eu não posso ser enganado pelo teu corpo, eu vi-te. O teu corpo pode envelhecer, mas eu vi o teu eu incorpóreo. Eu vi o teu âmago, o teu núcleo que é divino". Gostar é superficial. O amor penetra e alcança o verdadeiro núcleo da pessoa, toca a verdadeira alma do indivíduo.
Nenhum amor é comum. O amor não pode ser comum, de outro modo não é amor. Designar o amor como comum é não entender todo o fenómeno de amar. Esta a diferença entre gostar e amar: gostar é material, amar é espiritual.

(Osho in "Amor, Liberdade e Solidão)

quarta-feira, junho 01, 2005

dia mundial da criança


Depois da 2ª.Guerra Mundial, muitos países entraram em profunda crise económica e social. Quatro anos depois do nascimento da UNICEF, a Federação Democrática Internacional das Mulheres porpôs às Nações Unidas, em 1950, que se criasse um dia dedicado às crianças de todo o mundo.
A 1 de Junho desse ano de 1950 foi comemorado pela primeira vez o "Dia Mundial da Criança".

Com a criação deste dia, os estados-membros das Nações Unidas, reconheceram às crianças, independentemente da raça, cor, sexo, religião e origem nacional ou social, o direito a:
- afecto, amor e compreensão;
- alimentação adequada;
- cuidados médicos;
- educação gratuita;
- protecção contra todas as formas de exploração;
- crescimento num clima de Paz e Fraternidade universais.

Contudo, só nove anos depois, em 1959, é que estes direitos das crianças passaram para o papel.
A 20 de Novembro desse ano, várias dezenas de países que fazem parte da ONU aprovaram a "Declaração dos Direitos da Criança", uma lista de 10 princípios que, se forem cumpridos em todo o lado, podem fazer com que todas crianças do mundo tenham uma vida digna e feliz.

Quando a "Declaração" fez 30 anos, em 1989, a ONU também aprovou a "Convenção sobre os Direitos da Criança", um documento muito completo com um conjunto de leis para protecção dos mais pequenos (54 artigos!), que se tornou lei internacional no ano de 1990.

(Texto e foto recolhidos na Net)