quando nos sentimos em baixo
É próprio do ser humano, é próprio do nosso ego, quando não possui o que quer ou quando quer vangloriar-se e não sabe como nem onde…
Aquilo que se passa é um estado de ser. Acalmando os meus anseios, a minha desolação, este sentido de pequenez que, a espaços, me ilude, posso dar o passo para uma mudança.
Nem tudo são rosas por esse mundo fora. Todos fazemos parte deste mundo. Nem tudo corre lindamente com milhões de outros à nossa volta. E nós fazemos parte do todo.
Se abrir um pouco a minha janela e olhar para dentro, descubro que estou lá! Está lá o bastante para rejubilar e construir alegria e bem-estar na minha vida.
Só que a janela nem sempre está aberta ou eu nem sempre me lembro de espreitar...
O tempo corre depressa. Ou nós corremos depressa sobre um tempo que é só um. As sociedades actuais comprimem os acontecimentos e adensam as situações em fenómenos que contaminam os seus intervenientes. As notícias dos meios de comunicação deixam marcas nos nossos subconscientes. E a maioria dessas notícias são sensacionalistas, negativas e desgastantes. Acabam por participar na criação da realidade de cada um.
Alguém me dizia que não via telejornais nem lia as notícias. O seu alheamento dos acontecimentos mundanos não fazia parte da sua realidade. O "seu" mundo não contemplava os acontecimentos do Iraque e da Palestina e da Califórnia e da Turquia...
Abro de novo a minha janela e olho para dentro. Eu continuo lá!
Espreitando com atenção, vejo distintamente camadas de nuvens rejubilantes, umas sobre as outras, onde apetece espreguiçar de felicidade. Estão lá. Acenam-me com mil cores. Com um doce macio de cúmplices sorrisos. Vários sorrisos. Milhões de sorrisos, vindos da alegria-mãe.