inteligência e criação
Claro que a pergunta fundamental do homem, se os problemas sociais o permitirem, terá de ser "Quem sou Eu? O que faço Aqui?".
A sua inteligência já não se satisfaz com a compreensão do "Big Bang" ou a descodificação do código genético humano. Uma célula viva exposta à luz acabaria por murchar e o seu ADN desapareceria em pouco tempo. Os genes dum homem e duma mulher combinam-se para formar um ser que está longe de ser uma réplica. Uma mulher que engravida "limita-se a assistir" a um facto que a natureza passa a controlar. A inexistência duma prova científica para um universo consciente não nega a minha própria consciência.
Sem uma inteligência "por detrás" de tudo isto, é difícil imaginar harmonia e equilíbrio.
As leis da Natureza continuarão a funcionar quer queiramos ou não! O suporte da vida manter-se-à inalterável e insensível ao crédito ou descrédito do ser humano.
O criador existe porque a Humanidade existe? Porque não hei-de ser sensível à hipótese do Criador ter concebido a Sua Criação para Seu proveito e com o Seu propósito? Porque não hei-de aceitar que eu, tu e todos, possamos ser manifestações físicas e espirituais do mesmo Deus? Se entender que nada existe fora de Deus, então, tudo e todos seremos Deus a expressar-Se.
A paranóia dos sentidos não passa duma forma de Me expressar no mundo físico! Só eles me poderão permitir a percepção da relatividade onde me movimento. Dentro do "todo" existe o que É e nada mais! O que os meus sentidos apreendem não são formas que se vão acamar em algum espaço do cérebro ou noutro lado qualquer. A mente engana enquanto estiver "dentro da ilusão".
O paradoxo terá que existir nas nossas cabeças. Nada existe sem o seu oposto. Nada existe fora de Deus!
Não me serve a religião que me diz que estou separado de Deus. Não existe um satanás nem o bem e o mal se andam a defrontar, em guerra aberta com o Criador. É um absurdo pensar num recém-nascido, carregado com o peso do pecado, à mercê de forças do mal, como se o bem e o mal não fossem consequências dum contexto, duma sociedade, duma orientação...
Também não vejo qualquer paradoxo no facto do criador ser simultaneamente o bem e o mal. Pois, se nada existe fora Dele!
E nada poderá acontecer que não seja da Sua vontade...
Daí a dicotomia divina...